-Imagem (Image_1.1804899)O cantor José Lima Sobrinho, o sertanejo Chitãozinho que faz dupla com seu irmão, Xororó, afirmou, a respeito da degradação ambiental realizada na Fazenda Galopeira, sua propriedade no município de Mozarlândia, na bacia do Rio Araguaia, que determinou que todas as providências fossem tomadas assim que soube do fato. O caso ocorreu em uma fiscalização da então Secretaria de Estado de Meio e Recursos Hídricos (Semarh), hoje Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), em 2014 e se tornou ação civil do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).Em fevereiro deste ano, a juíza Marianna de Queiroz Gomes, da Comarca de Mozarlândia, deferiu parcialmente uma liminar em favor da ação proposta pelo MP-GO, em que confirma a existência de desmatamento ilegal na fazenda Galopeira. A decisão exige ainda que seja feito um Plano de Recuperação da Área Degradada (PRAD) em 60 dias após a citação e que o mesmo seja executado em dois anos. No entanto, a magistrada negou o pedido do promotor para conceder indisponibilidade de bens do cantor e a suspensão do Cadastro Ambiental Rural (CAR) da propriedade.Assim mesmo, na semana passada, o governador Ronaldo Caiado (DEM) nomeou Chitãozinho como “Embaixador do Araguaia”, em uma ação que faz parte do projeto “Juntos pelo Araguaia”, que é feito em parceria com o estado do Mato Grosso. Segundo nota da assessoria de imprensa do cantor, ele tomou providências assim que tomou consciência dos fatos para que “fossem adotadas todas as providências necessárias para reparar o dano, tendo apresentado aos órgãos competentes toda documentação comprobatória da regularização ambiental de sua propriedade rural”.Em resposta ao POPULAR, a Semad esclareceu que Chitãozinho foi escolhido como embaixador por sua representatividade e popularidade. “Ele é um ícone da cultura sertaneja e do homem do campo, da memória goiana, especialmente na região do Araguaia”, informa. Sobre o caso, a secretaria afirma que o mesmo está sendo tratado “nos pertinentes processos administrativos e judiciais, cabendo informar, que se trata de uma supressão de vegetação, com a devida autorização, entretanto, executada de forma divergente a autorização em uma pequena área”.De acordo com a decisão judicial, ocorreu na Fazenda Galopeira a degradação de vegetação nativa sem a autorização do órgão ambiental competente em uma área de 15 hectares, além de uma supressão irregular da vegetação em área de 43 hectares na reserva legal. Para a titular da Semad, Andréa Vulcanis, “é preciso mudar o discurso em relação ao meio ambiente. Não será a partir de multas e embargos que alcançaremos resultados. E, sim, com perspectiva de estabelecer um pacto na Bacia do Rio Araguaia com todos os povos e produtores desta região em um objetivo comum: Revitalizar a Bacia do Rio Araguaia para todos nós”.