A cobertura da antiga estrutura do Terminal Isidória, no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia se tornou material de demolição e não tem condição para ser utilizado em novas construções. A informação é da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) da capital.A obra do terminal foi iniciada em fevereiro de 2020 e a estrutura metálica que lá existia foi retirada para reconstrução da plataforma. A estação de integração do transporte coletivo integra o BRT Norte-SulAtualmente, as peças se encontram no pátio da pedreira municipal no Setor Vale das Pombas e não têm destinação definida. A Seinfra afirma que os objetos servirão apenas para suprir pequenos reparos. “As telhas, que podem ser aproveitadas, estão armazenadas de forma correta, sobre um palet, uma sobre a outra. Elas podem ser utilizadas na cobertura de qualquer edificação, mas não há, até o momento, uma destinação para o material”, afirma a secretaria municipal.A situação de abandono do material foi denunciada pelo vereador Paulo Magalhães nesta terça-feira (19) na Câmara Municipal. Ele afirmou ao POPULAR que recebeu informações a respeito e que, depois disto, foi até o local conferir o relato, comprovando a condição.Leia também:- Proibidos, carros circulam dentro do BRT Norte-Sul, em Goiânia- Goiás tem 484 obras com recursos federais paradas- Correção de reforma do Código Tributário de Goiânia é aprovada em 1ª votaçãoO vereador afirmou para a reportagem que em setembro de 2019 realizou uma audiência com o então prefeito Iris Rezende para tratar do material. Magalhães relatou que o prefeito teria se comprometido verbalmente em ceder a estrutura para o espaço vizinho ao terminal, onde funciona a feira do Setor Pedro Ludovico aos domingos. “Vários vereadores já haviam pedido para outros locais, mas eu disse que como o terminal era no bairro, seria justo que ela fosse alocada ali”, afirmou.Em uma publicação de Magalhães, em uma das redes sociais dele, realizada à época da retirada da cobertura, ele afirma que havia conseguido o telhado para a feira do Setor Pedro Ludovico.A reportagem não conseguiu apurar o tamanho da cobertura antiga, mas estima que a mesma seja de aproximadamente 2 mil metros quadrados (m²). O cálculo levou em conta os atuais 7,9 mil m² da nova estrutura que, conforme a administração municipal, mede o triplo da anterior.Titular da Seinfra à época do início das obras no Terminal Isidória, Dolzonan da Cunha Mattos afirma que o material foi depositado na pedreira em condições de ser mantido para um futuro reaproveitamento.O ex-secretário disse ao POPULAR que a remontagem da cobertura dependeria de encontrar o projeto original da mesma.“O escopo do contrato do consórcio do BRT era pura e simplesmente desmontar (a cobertura). Colocamos na pedreira porque se deixássemos em outro lugar, poderia acontecer de haver furto”, explicou Mattos.Em nota, a Seinfra informou ainda que a estrutura provisória, situada na Alameda João Elias da Silva Caldas, foi repassada para a Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec) e que esta fará a destinação do local.