-Imagem (1.2502855)A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (2) um homem de 39 anos acusado de ataques racistas e homofóbicos na Biblioteca Mário de Andrade, na República, região central de São Paulo.A prisão de Wilho da Silva Brito foi confirmada pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB) no Twitter."A Polícia Civil prendeu o racista Wilho da Silva Brito, que agrediu os usuários e funcionários da Biblioteca Mário de Andrade", disse Garcia. "Denunciem todo e qualquer ato de racismo. Racistas não podem ficar impunes".Em vídeo que circula nas redes sociais, Wilho discute com funcionários da biblioteca e faz uma série de afirmações racistas e homofóbicas. Ele estava com os livros "Minha Luta", de Adolf Hitler, e "Uma breve história do tempo", de Stephen Hawking.Eu não gosto de negros, a cultura deles é uma bosta. Se prestassem, eles não eram discriminados pela sociedade", afirmou o homem.Wilho disse, de acordo com o vídeo, que estava na biblioteca estudando para melhorar o país, que chamou de lixo. "E vocês vêm com papo de macaco, de favela. Não sou obrigado a usar droga, ficar chupando rola nas porta (sic) do banheiro público, igual muitos faz (sic) aqui", disse, ainda em direção às funcionárias.O homem repetiu falas racistas ao frequentador do espaço que filmou suas agressões verbais. "Quem gosta de macaco é o zoológico", afirmou, ao sentar em uma das cadeiras da biblioteca. Outros frequentadores protestaram contra as falas racistas.Segundo a Prefeitura de São Paulo, responsável pela biblioteca, ele já havia causado outros problemas no local. Na tarde desta terça, foi levado para a 77ª Delegacia de Polícia, no bairro Campos Elíseos, também na região central da capital.De acordo com informações do UOL, o acusado foi preso em flagrante por injúria racial e pelo crime de racismo. Ele ficará à disposição da Justiça e deve passar por uma audiência de custódia. A Justiça vai definir se responderá ao crime em liberdade ou se ficará preso preventivamente.Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Cultura repudiou as falas e as atitudes "nazistas, homofóbicas e racistas". Segundo a nota, "o espaço é marcado pelo respeito às diferenças de gênero, raça, orientação sexual e pela celebração da diversidade".Ainda de acordo com a prefeitura, as equipes da biblioteca e de outros equipamentos culturais da cidade têm passado por treinamentos para lidar com atitudes racistas, transfóbicas e misóginas. Há também um trabalho de conscientização dos funcionários."A Prefeitura esclarece que as pastas da Cultura e de Direitos Humanos e Cidadania estão em diálogo para tratar do caso", finaliza a nota.Leia também:- Goiás registra maior aumento do País em crimes contra população LGBTQIA+- Condenado por matar garota de programa em Anápolis tem sentença mantida pela Justiça- Homem é condenado a 51 anos de prisão por matar 2 pessoas após discussão no trânsito, em Aparecida