A revitalização da Praça do Trabalhador, iniciada em junho de 2019 e com previsão de entrega na época para o fim daquele ano, está parada desde fevereiro deste ano e ainda não há uma estimativa de retorno. A empresa responsável pelo serviço, Construtora Ventuno, pediu distrato do contrato em janeiro e o acordo ainda está sendo feito com a Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh). A intenção é que a reforma seja finalizada, agora, pela Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg).De acordo com a companhia, a Seplanh, que é a gestora do contrato, está em negociação com a Comurg para a concluir as obras de requalificação da Praça do Trabalhador. O coordenador executivo da Unidade Executora do Puama, vinculado à Seplanh, Flávio Máximo, que é também responsável pela obra, explica que será preciso mais 90 dias para a conclusão do espaço assim que o acordo com a empresa for firmado, o que ainda não há previsão.Máximo relata que já foi feita uma revisão do cálculo para o trabalho, um novo orçamento e os documentos foram encaminhados para a companhia avaliar e assinar o acordo, que será feito com dispensa de licitação por se tratar de uma empresa de economia mista. A previsão é que o Paço Municipal ainda invista cerca de R$ 2,5 milhões para finalizar a revitalização da Praça do Trabalhador, cujo projeto é de construção de um espaço para o estabelecimento de um estacionamento durante a semana e a liberação para abrigar a Feira Hippie aos finais de semana, além da Feira da Madrugada nos dias e horários devidos.Porém, a nova gestão municipal, iniciada em 2021 e com a obra já em andamento, ainda não definiu se vai seguir com o planejado. Ainda no ano passado, foi formado um grupo com servidores da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec), feirantes e empresários da região da Rua 44 e do Terminal Rodoviário de Goiânia que discutiria o modelo de uso do espaço e até mesmo a disposição das barracas durante as feiras. A paralisação das obras, em contrapartida, parou também a continuidade das discussões e ainda não se sabe o que vai ser feito, de fato, com a nova Praça do Trabalhador e nem mesmo quando será ocupada.SemestreSegundo Máximo, a previsão é que a situação seja resolvida ainda neste semestre, quanto ao acordo para o reinício das obras. Presidente da Associação dos Feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva, comenta que a situação está insustentável. “Até hoje está tudo parado, não tem nada. Esta semana apareceu um pessoal lá para avaliar o solo, mas só queriam ver o tipo de instalação para a cobertura das barracas da feira, não foi nada de obra não. A gente quer e precisa é da obra pronta, não tem mais condições”, diz.Segundo ele, a associação participou de reunião na Seplanh para ser informada em relação à continuidade da revitalização da Praça do Trabalhador, em que soube da tentativa de convênio com a Comurg. A solução agrada aos feirantes por se tratar de uma opção, em tese, mais rápida, já que não será necessário um novo processo licitatório, mas Silva afirma que deve ter novo encontro na próxima semana e a intenção é saber a razão da demora para fazer o acordo e, então recomeçar a obra.O presidente da associação afirma que o espaço tem de ser entregue até setembro deste ano para que os feirantes possam ocupar em outubro e não atrapalhar as vendas de fim de ano. “Já estamos todo esse tempo sendo prejudicados. Hoje as barracas são colocadas de um jeito desigual, umas em locais melhores e outras piores. Tem de terminar a praça logo para que a gente possa mudar e todo mundo tenha condições de trabalhar.” Ele completa que as reuniões da Sedec também estão paradas e que as obras devem ser retomadas para que as discussões em relação à ocupação do espaço possam voltar e o assunto ser resolvido.Viadutos devem ser entregues em maioDaqui a um mês, os motoristas da capital já poderão trafegar nos viadutos Lauro Belchior, que cruza a BR-153 entre os setores Leste Universitário e Jardim Novo Mundo, e Complexo Viário Luiz José Costa, entre a Avenida Jamel Cecílio e a Marginal Botafogo. A previsão feita pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra) é de entregar as duas obras em maio, assim como o viaduto entre a Perimetral Norte e a Avenida Goiás Norte, que faz parte do corredor exclusivo de ônibus BRT Norte-Sul. Neste caso, porém, a obra só vai permitir a passagem dos veículos do transporte coletivo.Sobre o viaduto Lauro Belchior, a Seinfra aponta que o “início das obras viárias de acesso começarão na próxima semana com o encabeçamento, pavimentação, calçada e sinalização horizontal e vertical”. Já no Complexo Viário ainda restam a conclusão do pavimento da Marginal Botafogo no sentido Sul/Norte, um trecho de piso tátil e a sinalização viária. Com a finalização será possível cruzar a cidade entre o Setor Norte Ferroviário e o Pedro Ludovico, saindo da Goiás Norte e chegando à Segunda Radial ou vice-versa.Já em relação ao viaduto do BRT Norte-Sul, a obra está em fase final de pavimentação para ser entregue no próximo mês. Porém, todo o trecho II do corredor, que é entre os terminais Recanto do Bosque e Isidória, só deverá ficar pronto em setembro deste ano, dois meses após a previsão feita no fim do ano passado. Na semana passada, o trecho da Praça Cívica próximo ao Coreto da Avenida Goiás foi interditado para a execução do pavimento rígido ligando o anel interno da praça até a Avenida Goiás e implantação de meios-fios, com a liberação para o tráfego de veículos está prevista para maio.“Ainda na Praça Cívica, as estações de embarque e desembarque devem ser concluídas em julho de 2022, e na Avenida Goiás, até setembro de 2022”, informa a Seinfra. Além disso, para a conclusão do trecho, ainda resta a finalização do Terminal Perimetral, que está em fase de acabamento das obras civis e implantação de sinalização viária, e ainda os terminais Isidória e Rodoviária, que tem as obras finalizadas, mas seguem com os ajustes da Secretaria Municipal de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sictec). Com relação ao trecho I, localizado entre os terminais Isidória e Cruzeiro, já na Avenida Rio Verde, em Aparecida de Goiânia, a empresa vencedora da licitação em 2020 desistiu da obra com apenas 8% dos trabalhos realizados, no fim do ano passado. “A rescisão do contrato está em fase final de análise”, confirma a Seinfra. “Após revisão dos projetos e atualização do orçamento da obra, será realizada uma nova licitação, com previsão de contratação da empresa para setembro de 2022.”Reconstrução asfáltica vai terminar só em 2023O projeto de reconstrução asfáltica de 630 quilômetros das vias de Goiânia, iniciado ainda em meados de 2020, só será finalizado no ano que vem, completando cerca de 3 anos de obras. Na época em que os serviços começaram, em vias do Setor Campinas, a previsão da então administração municipal era que todas as ruas escolhidas no projeto ficassem com asfalto novo ainda naquele ano. A previsão passou para o fim de 2021 no ano passado, chegou a ser neste primeiro semestre, mas agora a estimativa é que todo o serviço termine só em março de 2023.Desde novembro do ano passado os trabalhos foram paralisados, sob o argumento da impossibilidade da continuidade no período chuvoso. Até por isso, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), confirma que a retomada se deu neste mês de abril, pelas ruas C-13, C-14 e C-15, no Setor Sudoeste. A Seinfra aponta que restam 23% dos serviços, mas ainda assim demoraria cerca de um ano para a sua realização, tempo maior do que a previsão inicial para o cumprimento de todo o projeto.Em março deste ano, reportagem do POPULAR mostrou que as vias reconstruídas em 2020 por este projeto já apresentavam desgastes e buracos, problemas que deveriam aparecer apenas após, pelo menos, 10 anos, segundo especialistas ouvidos à época. Uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU) feita em 2021 encontrou irregularidades no serviço desde o planejamento até a execução, sem que o Paço Municipal tomasse qualquer providência para solucionar os problemas. Em resposta a esta auditoria, a Prefeitura informou que solicitou o reforço do serviço.Como o contrato ainda está em vigor, os problemas no serviço ainda são de responsabilidade das empreiteiras contratadas, que devem ainda dar garantia por mais 5 anos. Esse tempo é válido a partir da entrega da obra, com a finalização dos serviços, quando então é verificado se tudo foi realizado de acordo com o projeto e o planejamento da parte contratante, no caso, a própria Prefeitura. -Imagem (1.2442415)