Após 22 anos, três acusados de envolvimento na morte do então prefeito de Monte Alegre de Goiás, José da Silva Almeida, o Zé da Covanca, em agosto de 1999, foram julgados e condenados na noite desta quinta-feira (11), em Goiânia. Um quarto envolvido, o vice-prefeito do município na época, Antônio Damasceno, acusado de ser o mandante do crime, não foi julgado. Ele alegou que está com Covid-19 e uma nova data deve ser marcada. José Roberto Pinheiro Macedo, o Zé de Filó, foi condenado a 7 anos em regime semiaberto; Floriano Barbo Rodrigues Neto a 14 anos de prisão em regime fechado e Luiz Carlos Medeiros, o Galego, a 15 anos também em regime fechado. Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), o crime teria como motivação questões políticas e mediante promessa de recompensa com impossibilidade de defesa da vítima. Os acusados respondem por homicídio.Antônio Damasceno, após romper com a vítima, planejou a morte. Ele se juntou a José Roberto Pinheiro Macedo, que tinha sido demitido de um cargo público, que ficou encarregado de agenciar, contratar e transportar os executores.Um terceiro acusado, Floriano Barbo, era policial civil no município e também havia sido demitido de um cargo. De acordo com a denúncia, ele emprestou seu veículo para que José Roberto levasse mantimentos aos pistoleiros.O último acusado, Luiz Carlos Medeiros, de acordo com o MP, participou do sequestro de Wellington Camargo, irmão dos cantores sertanejos Zezé di Camargo e Luciano e era conhecido como assaltante e sequestrador.Ainda de acordo com a denúncia, Luiz foi um dos três pistoleiros contratados para matar o então prefeito de Monte Alegre de Goiás.Leia também: - Após 22 anos de crime, acusados de matar prefeito de Monte Alegre vão a júri popular- Júri por morte de prefeito em Goiás há 17 anos é cancelado após tentativa de influenciar jurados