O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Estado de Goiás manifestou repúdio à troca do comando do do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás. Salma Saddi Warres de Paiva foi exonerada no último dia 18 de setembro. A historiadora era responsável pela superintendência desde sua criação, em 2009. No lugar dela foi nomeado o advogado Allyson Ribeiro e Silva Cabral. Na manifestação encaminhada à imprensa, o CAU/GO criticou o que chamou de "distribuição aleatória de cargos em geral" e, em especial, a troca do comando do Iphan, o que para o conselho, "prejudica a política de preservação do patrimônio histórico em Goiás e no país", afirmando que o novo responsável pelo Iphan "não tem experiência no setor." Para o CAU, o cargo deveria ser preferencialmente ocupado por profissionais habilitados, como arquitetos, historiadores, arqueólogos e outros. “O conhecimento sobre o passado, propiciado pela preservação do patrimônio, é fundamental para a evolução da sociedade”, afirma a coordenadora da Comissão de Política Urbana e Ambiental do CAU/GO, Maria Ester de Souza.O posicionamento do conselho segue entendimento parecido do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e da Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA).As entidades emitiram nota conjunta no último domingo (22) em repúdio ao que chamam de "ataques do governo federal ao Iphan, com a substituição de seus superintendentes estaduais por agentes públicos sem formação e sem experiência para compreenderem o Patrimônio Cultural brasileiro e a riqueza da cultura popular do nosso país, como ocorreu com as recentes nomeações dos Superintendentes do Iphan nos Estados de Goiás e Paraná e no Distrito Federal."