Depois de seis meses paralisada, a construção do Hospital do Servidor Público de Goiás Fernando Cunha Júnior, em Goiânia, será retomada nesta semana. O termo autorizando o reinício das obras será assinado às 10 horas de amanhã pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), durante solenidade de balanço do primeiro semestre de gestão do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos do Estado (Ipasgo). A previsão atual é de sete meses para que o projeto seja concluído.O hospital para usuários do Ipasgo, que chegou a ser parcialmente inaugurado na gestão anterior, está com aproximadamente 20% do projeto pendente de finalização, que representa custos estimados de quase R$ 9 milhões, segundo o presidente do instituto, Silvio Fernandes. O valor total do contrato, que passou por sete aditivos de valores, é de R$ 84,405 milhões. Em 17 de dezembro de 2014, o montante global era R$ 67,125 milhões.Ao todo, 17 aditivos foram celebrados ao longo da execução do projeto, até a sua paralisação, em dezembro. Destes, dez em relação a prazos. A ordem de serviço para construção do hospital assinada em janeiro de 2015 previa a construção em 15 meses. Houve na sequência uma série de alterações, a última, previa 47 meses.Silvio informa que assinarão agora um aditivo de tempo para finalizar a obra, já que o último estava no limite para ser retomado ou se encerrar. Caso fosse encerrado, demandaria nova licitação, consequentemente, com possível alongamento de prazo e impacto financeiro. Além disso, o presidente do instituto diz ser importante seguir o contrato com a mesma construtora que o iniciou “para cobrar a exatidão do projeto”. Durante o período de obras, o presidente do Ipasgo diz que o atendimento ambulatorial que desde o ano passado começou a ser realizado no local não será interrompido. As consultas são realizadas de segunda a sexta-feira, em horário comercial.Construído no Parque Acalanto, o hospital ocupará 24,5 mil metros quadrados de área,de acordo com o projeto. Os 211 leitos, segundo Silvio, estão prontos, mas o presidente informa que há muitas áreas ainda incompletas, como centro cirúrgico, lavanderia, farmácia, havendo inclusive áreas ainda no chão batido.Equipamentos A retomada das obras do Hospital do Servidor era uma reivindicação do Fórum em Defesa dos Servidores e Serviços Públicos de Goiás, que realizou uma visita técnica no local no dia 3 de maio deste ano. A vistoria, que foi acompanhada pelo POPULAR, constatou na época que, além dos 20% inacabados da parte estrutural, ainda faltavam diversos equipamentos como máquinas para exame de imagem de ressonância e tomografia; equipamentos para exames laboratoriais; mobiliários; equipamentos médico-hospitalares e equipamentos para cozinha e lavanderia.O presidente confirma a inexistência de equipamentos. Para colocar tudo em funcionamento, ele estima que sejam demandados R$ 80 milhões - para equipar, fazer contratação inicial de servidores e comprar insumos. “Vamos buscar entendimento para ver como vamos tocar esse hospital”, afirma.Segundo ele, não existiu um plano de trabalho para a unidade de saúde. “Vamos ter que fazer o contrário, do hospital pronto ver como operacionalizar. Todas as possibilidades estão abertas. Prioridade agora é terminar ele”, afirma Silvio. O presidente diz acreditar que esses sete meses para o término da obra serão suficientes para chegarem a uma definição nesse sentido.Os quase R$ 9 milhões que estão previstos para essa fase final da obra Silvio diz que virão de recursos próprios do Ipasgo, parte das economias que têm sido realizadas pelo instituto e o restante de fluxo direto do caixa - entrada e saída.“Cortamos quase R$ 40 milhões dentro da despesa administrativa”, informa Silvio, sobre a projeção de economia no ano com ações como cortes de terceirizados, insumos e revisão de contratos.