A quantidade de solicitações de leitos para pacientes com suspeita ou confirmação de coronavírus na rede pública estadual de Goiás no dia 26 de agosto foi a mais alta no período de 24 horas desde o início da pandemia. Foram 128 pedidos de vaga de enfermaria ou de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com perfil de covid-19. As únicas vezes que o número de solicitações diárias passou de 120 foi em 25, 13 e 12 de agosto. Os dados estão em um levantamento da superintendência do Complexo Regulador Estadual em Saúde de Goiás (CRE-GO), que a reportagem do POPULAR teve acesso em primeira mão. Para o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, os números de pedidos de internação para coronavírus confirmam o previsto, que é o pico da pandemia na última semana de julho e estabilização dos números, o chamado platô, no mês de agosto. O dia com mais mortes por covid-19 em Goiás, considerando as que foram notificadas até agosto, foi 26 de julho, com 55 óbitos no período de 24 horas.“Há equilíbrio no sistema de saúde e não tem faltado assistência, mas é um equilíbrio com um platô alto. Por isso não dá para voltar aula presencial ainda, pois quebraria este equilíbrio e poderia ter desassistência e colapso do sistema privado e público”, avalia o secretário.Alexandrino lembra que na última semana de julho houve uma demanda alta por leitos de UTI e defende que o aumento de solicitação de internação no final de agosto é por vagas de enfermaria. “Temos estimulado internação em enfermaria mais precoce para receber atendimento e fisioterapia respiratória, e evitar complicar e necessitar de UTI.”Reportagem do POPULAR do dia 31 de julho revelou que quase metade das mortes por coronavírus em Goiás ocorreram fora da UTI, em leitos clínicos, em casa ou na ambulância. Já matéria do dia 18 de julho mostrou que 6 a cada 10 pedidos de UTI para covid-19 foram negados entre os dias 5 e 11 de julho.