*Atualizada às 11h20Um engenheiro civil de 49 anos morreu no último sábado (16) após ser alvejado com um tiro no pescoço, no setor Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia. A mulher da vítima relatou que o marido vinha sofrendo ameaças de um agiota. No entanto, segundo registro policial, um coronel da Polícia Militar (PM), de 62 anos, procurou a corregedoria da corporação e confessou a autoria do crime.Conforme relato da PM, durante patrulhamento no último sábado pela avenida Rudá, na Vila Brasília, a equipe foi acionada por populares que contaram que um homem, identificado como Erceli Miguel Pinto, havia acabado de ser alvejado por disparo de arma de fogo.Informações de testemunhas dão conta que Erceli havia discutido em frente à sua residência com um “senhor de idade, careca, desconhecido, trajando blusa e calça [sic] tectel de cor preta, o qual sacou uma arma de fogo” e disparou contra a vítima, acertando seu pescoço.O engenheiro morreu no local.Confissão do coronelInicialmente, suspeitou-se que o homicídio havia sido cometido por um agiota para quem Erceli devia a quantia de R$ 10 mil. De acordo com a mulher do engenheiro, ele vinha recebendo ameaças desde o ano passado.No entanto, na noite do mesmo sábado, um coronel reformado da PM apresentou-se espontaneamente à corregedoria, acompanhado de sua advogada, e confessou ter feito o disparo.De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Rogério Bicalho, em depoimento prestado na delegacia na manhã desta segunda-feira (18), o coronel alegou que tinha uma desavença com Erceli em relação aos serviços que o militar teria contratado para a construção de uma casa na Vila Redenção, em Goiânia, e que, de acordo com o investigado, a vítima não teria cumprido.O coronel, segundo Bicalho, disse ainda que teria encontrado com Erceli por acaso no sábado, enquanto fazia caminhada, e cobrado o serviço. Os dois teriam se desentendido, e foi quando o PM reformado sacou a arma. Porém, ele disse à polícia que atirou para cima, mas acabou acertando o engenheiro no pescoço. Após o crime, ele revelou ter jogado a arma fora.O caso segue em investigação. Como não houve flagrante, o coronel da PM não foi preso.A reportagem do POPULAR entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública de Goiás, por e-mail e mensagens de texto, e com a Polícia Militar sobre o caso e aguarda os retornos.Leia também:Chefe da segurança de Caiado critica prisão de policiais acusados de matar comerciante em TrindadeTentente-coronel da Rotam lança livro sobre a caçada a Lázaro Barbos