-Imagem (1.2572886)Na tarde desta sexta-feira (2), o corpo de Luana Marcelo, de 12 anos, foi enterrado no Cemitério Municipal Jardim da Saudade, em Goiânia. A estudante desapareceu há cinco dias e foi encontrada morta e enterrada na casa do ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos, que confessou ter matado a menina.O enterro contou com diversas homenagens realizada por todos os familiares, amigos e colegas de Luana. Entre elas, homenagens realizadas com flores, balões brancos e faixas na cabeça com o nome da menina.O velório foi iniciado na madrugada desta sexta e se encerrou por volta das 14h40 e durante a cerimônia, grupos de cavalaria prestaram homenagens à adolescente. No local, as pessoas que participavam se reuniram em frente a Igreja Batista Madre Germana, no Setor Madre Germana 2, para acompanhar a passagem dos cavaleiros ao som de um berrante e palmas. A Cavalaria da Polícia Militar também realizou uma ação para homenagear a adolescente.O comerciante Robson Marcelo, pai de Luana, desabafou sobre a morte da filha. Robson disse que Reidimar Silva, que confessou ter matado a menina, acabou com a vida da família. “Coração destruído. Não só o coração, os planos, minha vida pessoal, dentro de casa… Ele conseguiu destruir tudo”, lamentou.Emocionado, nesta sexta-feira (2), Robson ficou ao lado da esposa durante todo o culto em homenagem à menina. Sob forte comoção, família e amigos acompanharam o velório.“Hoje é a reta final. Vamos de entregar a nossa filha para Deus”, finalizou.Relembre o casoA menina de 12 anos desapareceu no domingo (27), após ir a uma padaria localizada a cerca de 400 metros da casa dela. Vídeos de câmeras de segurança mostram parte do percurso realizado pela menina na ida e na volta do estabelecimento.Reidimar disse à Polícia Civil que matou a adolescente enforcada e colocou fogo no corpo antes de enterrar a vítima. Ele ainda contou que utilizou parte de um freezer e de um guarda-roupa para queimar o corpo da menina.O homem ainda jogou cimento por cima da cova, o que dificultou a descoberta. Ele teria convencido a menina a entrar no carro dele dizendo que devia dinheiro aos pais dela e iria fazer o pagamento. Ao ser preso em sua residência, ele também confessou ter tentado estuprar a menina antes de matá-la e disse não haver motivação para o crime.Confirmação O exame de DNA feito pela Polícia-Técnico Científica confirmou nesta quinta-feira (1º) que o corpo enterrado no quintal da casa do suspeito Reidimar Silva é da menina Luana Marcelo Alves, de 12 anos. Ela desapareceu ao ir numa padaria perto de casa, em Goiânia. Depois que a Polícia Civil começou a investigar, Reidimar confessou que matou a menina enforcada e mostrou onde ela estava enterrada.Os pais de Luana, o comerciante Robson Marcelo Santos e a diarista Jheiny Hellen, foram ao Instituto Médico Legal (IML) no último dia 30 de novembro coletar o material genético para ser comparado com o do corpo. Quem era LuanaA menina Luana Marcelo Alves era dedicada aos estudos para realizar o sonho de ser médica, conforme revelou a avó Fátima Coelho. Luana era tão dedicada aos estudos que até brincou com o pai, na semana antes de ser assassinada, que neste ano não precisava mais ir à escola, porque já tinha sido aprovada em todas as disciplinas.O pai da menina contou que a filha era um exemplo de responsabilidade. Entre atividades da escola, vídeos de “dancinha” e brincadeiras, ela ajudava a cuidar da casa como gente grande.Criança exemplarSirlene França, diretora da Escola Municipal Jardim América, contou que, por muitos anos, acompanhou a vida de Luana Marcelo. A diretora contou que a menina era uma aluna exemplar e chegou ainda pequena na unidade, onde aprendeu a ler e escrever.“Ela vai deixar as marcas de uma criança feliz, uma criança muito bem cuidada, uma criança que queria muito vencer na vida e tinha projetos pra o futuro. Ela sonhava em crescer”, contou.Com um caderninho completo, Luana fazia todas as atividades, segundo Sirlene. Mas, além da dedicação aos estudos, a personalidade da menina foi o que encantou os servidores da escola.“Ela amava trabalhar cordel, a professora sempre a colocava nesse processo de produção e apresentações de cordel, ela sempre muito envolvida buscando crescer e aprender”, relembrou.Amiga para todas as horas A estudante Tailha Gabrielli, de 15 anos, contou que era amiga de Luana. A adolescente disse que é vizinha da família e relembrou o jeito meigo da amiga. “Uma menina incrível! Era a filha dos sonhos de qualquer pessoa. Ela sempre estava sorrindo e feliz. Em qualquer lugar que você a visse, podia estar acabando o mundo, que ela ia te fazer alegre, estaria brincando e feliz”, contou.Tailha falou que soube que Luana não tinha voltado para casa por volta de 14h, no domingo (27). Apreensiva, ela foi para a casa da família da adolescente e disse que ficou até até 2h, na esperança por notícias.A adolescente disse que “Lu”, como era chamada carinhosamente por ela, deu lições importantes da vida, mesmo sendo mais nova. “A Lu chegou e mudou toda a minha vida, sempre que eu a via correndo e brincando eu sentia paz. Eu não sei explicar, ela é a irmãzinha que nunca tive, eu sempre sonhei em ter uma irmã”, relembrou.Leia também:- Grupo de cavalaria presta homenagem a adolescente morta após ir à padaria, em Goiânia - Vizinhos dizem que estão chocados e com medo após menina ser morta: ‘Vigiar ainda mais' -Imagem (1.2572526)-Imagem (1.2572555)-Imagem (1.2572547)-Imagem (1.2572575)-Imagem (1.2572527)