Atualizada às 21h14O menino de 8 anos que morreu em Caldas Novaseuorreu em Caldas Novas após cair de um brinquedo teve acesso a duas entradas para o toboágua do parque aquático. A chefe da Polícia Científica do Município, Kathia Mendes Magalhães, explicou ao POPULAR que, conforme as apurações iniciais, a área de ingresso à subida não estava totalmente impedida. Além disso, o início do duto azul não estava obstruído (veja quadro).Kathia afirmou à reportagem que a área de acesso à subida para os toboáguas não estava totalmente fechada, embora houvesse uma espécie de parede de madeira, aparentemente de baixa altura, no local. Ela não abrangia todo o perímetro. “São quatro toboáguas no brinquedo chamado Vulcão, três deles estavam desmontados, um deles foi onde a criança desceu”, acrescenta. Fotos tiradas pela perícia também demonstram que a estrutura de madeira não fechava toda área e que apenas um dos quatro toboáguas tinha um material resistente, nas cores amarela e preta, impedindo a descida.A vítima, Davi Lucas de Miranda, vivia com a família em Conselheiro Lafaiete (MG). Como o brinquedo, de aproximadamente 15 metros de altura, estava desmontado, ele despencou de 13,8 metros. O perito que esteve no local, informou Kathia, acredita que Davi colidiu primeiro com uma estrutura de metal e, em seguida, com uma base de madeira. Esta plataforma foi colocada ali para serviços de manutenção. A família de Davi Lucas tinha acabado de chegar ao DiRoma Splash quando tudo aconteceu. Segundo o Corpo de Bombeiros, ele foi imediatamente atendido pelos guarda-vidas do espaço, que acionaram a Unidade de Suporte Avançado (USA) do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). Com o apoio do Corpo de Bombeiros, Davi Lucas foi levado para o Pronto Atendimento Infantil (Pai), que integra o Hospital Municipal André Alla Filho. Diante do agravamento do estado de saúde do menino, o helicóptero do Corpo de Bombeiros foi acionado para transferi-lo para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, mas Davi sofreu uma parada cardíaca, sendo necessário o retorno ao hospital para estabilização. Ele morreu na unidade de saúde. Ao saber da notícia, os pais, Jaqueline Rosa e Luciano Miranda, que têm ainda outro filho de um ano, entraram em desespero. Ao G1 Minas Gerais, eles disseram que já conheciam o DiRoma Splash. Davi Lucas pediu ao pai para ir ao banheiro e, segundo Luciano, como o garoto já tinha estado no local anteriormente e sabia nadar, recebeu a permissão. O corpo de Davi Lucas foi levado para o Instituto Médico Legal de Caldas Novas e, de lá, transferido em transporte aéreo para Conselheiro Lafaiete, que fica a quase 800 km de distância da cidade turística goiana e a cerca de 100 km de Belo Horizonte. Davi foi sepultado na tarde desta segunda-feira (14) no cemitério Nossa Senhora da Conceição, em Conselheiro Lafaiete. ApuraçãoO acidente e a consequente morte de Davi Lucas São investigados pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Caldas Novas. Responsável pela apuração, o delegado Rodrigo Pereira ouviu nesta segunda-feira (14) os responsáveis pelo parque aquático. Ele disse ainda que vai aguardar o período de luto vivido pela família para entrar em contato e ouvir a versão dos pais da criança que a acompanhavam no local. Rodrigo Pereira também vai ouvir os guarda-vidas do parque aquático que prestaram os primeiros socorros e os profissionais do Samu e do Corpo de Bombeiros que atuaram no resgate e atendimento do menino. A polícia, segundo o delegado, está trabalhando para identificar possíveis testemunhas do fato. O responsável pelo parque aquático DiRoma Splash deveria ser ouvido pelo delegado nesta segunda-feira (14). A reportagem tentou contato com o delegado na tarde desta segunda-feira para confirmar a informação e obter outros detalhes do caso, mas o celular corporativo foi atendido por uma agente da Polícia Civil. Ela declarou que ele não estava na delegacia de Caldas Novas naquele momento. Peritos da Polícia Técnico-Científica estiveram no local do acidente no domingo e nesta segunda-feira (14). O laudo será divulgado dentro de dez dias. De acordo com a corporação. Um dos principais pontos a serem oficialmente esclarecidos é a situação do acesso ao brinquedo.O exame cadavérico também vai ajudar a esclarecer as causas da morte. O POPULAR apurou que ele ainda não ficou pronto e o médico o levou para concluir em casa. A vítima teria sofrido fraturas e traumatismo craniano seguido de afogamento. (Colaborou Ivânia Cavalcanti)Grupo lamenta morte de garotoEm nota, no início desta segunda-feira (14), o Grupo Di Roma, que pertence à deputada federal Magda Mofatto (PL), lamentou o fato. “A área em que ocorreu o acidente estava completamente fechada com tapume e devidamente sinalizada para reforma e melhorias”, diz o comunicado, diferente do que mostram fotos, conforme o início desta reportagem. No comunicado, o Grupo DiRoma lembra que, em 50 anos de história, nunca ocorreu uma tragédia desta magnitude em suas dependências e que está colaborando com as autoridades e oferecendo “total suporte à família nesse momento de luto”. Ainda conforme a nota, o complexo “é vistoriado com rigor pelo Corpo de Bombeiros e possui todos os alvarás e licenças emitidos pelas autoridades competentes”. A prefeitura de Caldas Novas também emitiu uma nota de pesar. No texto, a gestão municipal diz aguardar o laudo do Corpo de Bombeiros e demais autoridades.-Imagem (1.2402989)