O Núcleo Especializado de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado de Goiás (NUDH/DPE-GO) requisitou à Diretoria-Geral de Administração Penitenciária do Estado de Goiás (DGAP) informações sobre as circunstâncias dos três óbitos confirmados na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia, nesta terça-feira (26). O pedido foi realizado por meio do Ofício Requisitório nº 592/2022. No documento, a DPE-GO solicita informações sobre as circunstâncias das mortes dos homens, se houve registro de filmagem próximo do local do fato, identificação dos servidores que encontraram os corpos, número de registro da ocorrência e do eventual processo administrativo instaurado para apurar o ocorrido.Os defensores públicos Marco Túlio Félix Rosa e Luiz Henrique Silva Almeida visitaram a CPP nesta terça para uma inspeção, mas não puderam prosseguir devido aos trabalhos do Instituto Médico Legal (IML), que ainda eram realizados no local. Os defensores devem retornar na quarta (27).Após a divulgação das mortes, a DGAP emitiu nota informando que todas as providências cabíveis estão sendo tomadas e que as vítimas já foram encontradas sem vida em suas celas do presídio. Leia também:- Três presos são encontrados mortos dentro de celas da CPP, em Aparecida de Goiânia- OAB-GO vai vistoriar CPP após morte de três detentos em Aparecida de Goiânia- Dois dos três mortos na CPP cometeram crime juntosSegundo a diretoria, os indícios preliminares apontam que os três foram mortos supostamente por companheiros de cela e que as investigações seguem em andamento pela Polícia Civil.EntendaTrês detentos foram assassinados em celas da CPP, em Aparecida de Goiânia, na manhã desta terça-feira (26). Os detentos são Paulo Cesar Pereira dos Santos, acusado de roubo; Hyago Alves da Silva e Matheus Júnior Costa de Oliveira, ambos acusados pelo homicídio do barbeiro Clayton Junior Cestino Costa, no dia 16 de março. Os homens foram encontrados por servidores do presídio que acionaram o Samu para socorro. No entanto, os socorristas puderam apenas constatar o óbito dos presos.A Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Goiás (OAB-GO) também se manifestou sobre o caso, no qual considerou "gravíssimo" e informou que fará vistoria nas dependências da unidade prisional.