-Imagem (1.1819663)Um laudo feito pela Defesa Civil apontou que a empresa de reciclagem EcoVR, em Aparecida de Goiânia, que ficou destruída após um incêndio, não havia a estrutura adequada para o trabalho realizado no local. O delegado Diogo Luiz Barreira Gomes contou que a empresa pode ser responsabilizada pelo ocorrido. “Havia falta de equipamentos, pessoal treinado e falta de equipamento de segurança do trabalho. Além disso, a empilhadeira estava em um local inapropriado”, explicou o delegado.De acordo com a polícia, o funcionário Cezar Ribeiro de Souza, um dos sobreviventes do incêndio, contou em depoimento na última segunda-feira (10) que eles não tinha preparo para realizar aquele tipo de tarefa. “De acordo com o laudo, o pessoal não tinha preparo para lidar com aquele material que era altamente inflamável. Além disso, o mateiral também não estava sendo manuseado em local apropriado”, disse Diogo Gomes. Um vídeo do local mostra o momento em que operários manuseiam os aerossóis e a empilhadeira se aproxima, logo depois houve a explosão.Por conta disso, o dono, os gerentes da empresa e o funcionário que dirigia a empilhadeira podem ser indiciados por homicídio culposo ou doloso, dependendo da conclusão da investigação. O incêndio aconteceu no dia 30 do mês passado. As chamas chegaram a mais de oito metros de altura. Um dos funcionários da fábrica morreu no local. Outros dois morreram no hospital. Cezar recebeu alta na tarde da última quarta-feira (05). Segundo o Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Adriano Silva Castro e Lucas Paca da Silva continuam internados.Permanecem internados em estado grave dois dos funcionários feridos durante incêndio que atingiu, no último dia 30, a empresa de reciclagem EcoVR Valorização de Resíduos Ltda., em Aparecida de Goiânia. Os colaboradores Adriano Silva Castro e Lucas Paca da Silva estão em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage (Hugol) e respiram com o auxílio de aparelhos, ainda sem evolução em seus quadros.Na tarde da última sexta-feira (7), uma terceira pessoa faleceu. Luis Jerferson Almeida Rosa, de 35 anos, também estava internado em uma UTI do Hugol. Com estado grave, ele não resistiu. Por meio de nota, a empresa EcoVR manifestou “profundo pesar e consternação”.No dia do incêndio, morreu o empregado Antônio Filho dos Santos Araújo, que teria sido asfixiado pela fumaça. No dia seguinte, o auxiliar de manutenção Jefferson Andradi Silva, que teve 80% do corpo queimado, não resistiu e veio a óbito.Por meio da assessoria de imprensa, a EcoVR diz ter entregue às autoridades todas as provas "de que cumpria as normas de segurança do trabalho individual e coletiva". Também afirmou que imagens amplamente divulgadas "mostram que os colaboradores faziam uso dos referidos EPIs no momento do incêndio". Confira a íntegra da nota da EcoVRA EcoVR informa que já está disponibilizando às autoridades competentes todas as provas de que cumpria as normas de segurança do trabalho individual e coletiva, o que envolve desde acompanhamentos diários dos colaboradores, treinamentos constantes e orientações para utilização dos equipamentos de proteção e correto manuseio de objetos, instrumentos e veículos. No caso dos equipamentos de proteção individual (EPIs), especialmente, a EcoVR possui todos os registros diários com assinaturas dos colaboradores, atestando que receberam o material no momento de ingresso ao trabalho, e estas provas também serão enviadas às autoridades. Tal fato pode ser evidenciado pelo próprio vídeo do dia do acidente, divulgado por diversos meios de comunicação, onde as imagens mostram que os colaboradores faziam uso dos referidos EPIs no momento do incêndio. Por fim, a empresa esclarece que possui licença ambiental válida até 2022 para a realização da atividade de reciclagem de resíduos industriais, incluindo descaracterização de aerossóis, estando adequada à todas as exigências necessárias para a obtenção do referido licenciamento.