A Defesa Civil vai divulgar, ainda nesta semana, um relatório contendo os detalhes do vazamento de óleo provocado pela explosão da caldeira de uma usina de asfalto na região do córrego Almeida, que desagua no ribeirão Santo Antônio, em Aparecida de Goiânia. O documento, que também será enviado à Polícia Civil, que investiga o caso, deve apontar o nível de absorção da substância no solo e na água da região.O vazamento aconteceu no último dia 10 de novembro. Uma caldeira da usina Goiás Asfaltos explodiu por volta de 3h30, fazendo com que o óleo escorresse para o solo e dentro do manancial Santo Antônio.Na ocasião, o mau cheiro proveniente da queima de óleo se espalhou pela região e assustou moradores. Diversos bairros de Goiânia e Aparecida, como Parque Atheneu, Jardim Bela Vista, Jardim Luz e Setor Pedro Ludovico, registraram um cheiro forte que começou na madrugada e se dissipou no fim da manhã.De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Juliano Cardoso, o vazamento de óleo foi estancado logo após a explosão. Agora, o órgão pretende mensurar qual o nível de dano gerado pela ocorrência. “Após a ocorrência demandada, e foi cessado o vazamento, inicia-se o trabalho do monitoramento de seus reflexos. A inspeção se ocupou de fazer um trabalho nas imediações, nos reflexos que essa ocorrência ocasionou para a população, até onde essa mancha de óleo chegou no manancial, qual foi a profundidade que esse óleo chegou no solo”, explicou.Autoridades investigamO relatório será remetido à Delegacia do Meio Ambiente (Dema), Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Aparecida (Semma), Vigilância Sanitária, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad) e para o Ministério Público de Goiás (MP-GO), além da Secretaria Municipal da Fazenda de Aparecida, uma vez que, segundo Cardoso, foi verificado que a empresa não possui a documentação necessária para atuar.Titular da Dema, Luziano Carvalho afirmou ao POPULAR que aguarda as provas materiais, incluindo o laudo pericial e o relatório da Defesa Civil. Ele confirmou que a usina não tinha as licenças exigidas, mas disse que vai aguardar o envio das provas para poder ouvir os representantes da empresa. No entanto, o delegado disse que a ocorrido "abre um leque de responsabilidades."A reportagem tentou contato com a Goiás Asfaltos, que foi interditada após o ocorrido do vazamento, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto.Leia também:Usina responsável por mau cheiro que assustou moradores de Goiânia e Aparecida é interditadaExplosão em usina provoca vazamento de óleo com mau cheiro e assusta moradores da Grande Goiânia