-Imagem (1.886726)A defesa de Ronaldo Miranda, motorista do cantor sertanejo Cristiano Araújo, afirmou que vai recorrer da condenação da juíza Patrícia Machado Carrijo, da 2º Vara Cível, Criminal, das Fazendas Públicas, de Registros Públicos e Ambiental de Morrinhos, pela morte do músico e da sua namorada Alana Morais, em acidente ocorrido em 24 de junho de 2015.#mc_embed_signup{background:#fff; clear:left; font:14px Helvetica,Arial,sans-serif; } /* Add your own MailChimp form style overrides in your site stylesheet or in this style block. We recommend moving this block and the preceding CSS link to the HEAD of your HTML file. */Newsletter O POPULAR - Receba no seu e-mail informação de confiança* preenchimento obrigatórioNome * Email * A magistrada condenou Ronaldo a dois anos, sete meses e 15 dias de detenção, em regime aberto, por duplo homicídio culposo (quando não há intenção). A pena foi substituída pela prestação de serviços à comunidade e pela prestação pecuniária no valor de dez salários mínimos, além de pagamento de R$ 25 mil por danos causados às famílias das vítimas. Em conversa com O POPULAR nesta sexta-feira (19), o advogado de Ronaldo, Ricardo Oliveira, afirma que a juíza não agiu corretamente. "Vamos aguardar a publicação e apelar no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Se o pedido for recusado, podemos levar para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas acho que conseguimos reverter por aqui mesmo", contou Ricardo.O defensor alega que a juíza Patrícia não ouviu os argumentos da defesa e que impôs uma pena que não é prevista no Código de Trânsito Brasileiro. Oliveira ainda afirma que ela levou apenas em consideração as informações dos autos, que, segundo ele, são contraditórios. A defesa também vai questionar a condenação pela falta do uso do cinto de segurança de Cristiano e Alana. "O Ronaldo não tinha poder para fazer os dois usarem cinto de segurança, e essa condenação não está correta", contou o advogado.Segundo a decisão da juíza Patrícia Machado Carrijo, da 2º Vara Cível, Criminal, das Fazendas Públicas, de Registros Públicos e Ambiental de Morrinhos, Ronaldo sabia das más condições em que estavam as rodas instaladas no veículo, do modelo Range Rover, e do risco que a utilização das mesmas oferecia à condução. Portanto, ela considerou que a autoria do crime está comprovada, mediante a imprudência, a negligência e a imperícia praticadas pelo motorista.Para a juíza, a modalidade negligência foi demonstrada pela irresponsabilidade de Ronaldo com relação à segurança das vítimas. O carro trafegava a 179,3 km/h, segundo constatado pela perícia, o que aponta imprudência por excesso de velocidade, conforme analisou Patrícia Carrijo. RepercussãoO irmão mais velho de Cristiano Araújo, Nelson Faleiro, classificou como 'exagerada' a condenação do motorista Ronaldo Miranda pelas mortes do cantor sertanejo e da namorada dele, Allana Moraes. Nelson afirmou que nenhuma punição vai trazer o seu irmão de volta e acredita ser “hipocrisia” pedir a condenação de Ronaldo. No entanto, nem todos da família do cantor Cristiano Araújo estão de acordo com a afirmação. Segundo Nelson, a família está dividida. Alguns parentes realmente não veem motivo para condenar o motorista pelo acidente, porém, outros familiares consideram Ronaldo culpado e concordam com a pena imposta pela justiça.O acidenteRonaldo era o condutor do veículo em que estavam Cristiano Araújo e a namorada Alana Morais. O casal estava no banco traseiro, enquanto Vitor Leonardo Ferreira estava no banco ao lado do motorista, o acusado. Eles retornavam de um show realizado na cidade de Itumbiara, por volta das 3 horas, e se dirigiam a Goiânia. No trajeto, se envolveram em um acidente no km 614 da BR-153, entre Morrinhos e o trevo de Pontalina, na Região Sul do Estado, quando Ronaldo perdeu o controle da direção. O carro saiu da pista, adentrou o canteiro central e capotou várias vezes, parando na pista contrária. Cristiano Araújo e Allana não utilizavam cinto de segurança no momento do ocorrido. Ela foi projetada para fora do veículo, sofreu hemorragia intracraniana e morreu no local. O cantor foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Morrinhos, sendo transferido para a capital em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Móvel, na qual chegou ao Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ele sofreu politraumatismo grave, com múltiplas fraturas, traumas e lesões, que levaram a um quadro de hemorragia abdominal, e não resistiu.