A delegada Caroline Borges, que investiga o caso da estudante Luana Marcelo Alves, de 12 anos, aguarda a conclusão dos laudos da Polícia Técnico Científica para dar andamento ao inquérito. O ajudante de pedreiro Reidimar Silva Santos é suspeito de sequestrar, matar e enterrar o corpo da adolescente no quintal da casa dele, em Goiânia.Até o momento, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) já ouviu o depoimento dos pais da vítima, os familiares do suspeito, do dono do imóvel alugado por Reidimar, dos vizinhos e a dona de uma Lan-House, que forneceu as imagens das câmeras do estabelecimento. "Muitas testemunhas foram ouvidas no mesmo dia do crime, hoje ouvimos o dono da casa e a mulher que disse que viu veículo passando duas vezes pela menor", disse Caroline.Leia também:- Corpo de adolescente morta em Goiânia pode demorar cerca de uma semana para ser liberado do IML- Homem que confessou ter matado menina de 12 anos é transferido para a DECAP- Delegada se assusta com frieza do depoimento do ajudante de pedreiro que matou menina: ‘Crueldade’Segundo a delegada, a investigação aguarda a conclusão dos laudos para dar seguimentos ao inquérito. "A perícia é muito complexa, pois trata-se de um corpo em decomposição, carbonizado e cimentado. Os vestígios de sangue estão sendo confrontados com o DNA do corpo encontrado e isso deve demorar um pouco", enfatizou. Perícia O corpo de Luana ainda estava no Instituto Médico Legal (IML) até às 16h desta quarta-feira (30), informou o órgão. O períto responsável pelo caso, Olegário Augusto, falou ao POPULAR sobre as dificuldades, exames que estão sendo feitos e, segundo ele, a previsão é que a laudo de DNA seja concluído no início da próxima semana, quando o corpo poderá ser liberado para o sepultamento. “O tempo, é o tempo necessário para ter um resultado confiável. Não adiante fazer rápido, temos que ter cuidado. Além disso, tem exames que precisam de procedimentos que demandam tempo”, afirmou. Olegário explica que, inicialmente, será feita a identificação do corpo por meio da perícia florence ou DNA, o que deve ser concluído no início da próxima semana. O perito ainda destaca que as condições em que o corpo foi encontrado dificultam o processo de identificação, pois, após a morte, Luana foi queimada, enterrada no quintal do suspeito e coberta com cimento. Por fim, Olegário afirma que após a identificação os peritos iniciam o precesso de confrontar o material genético com os vestígios encontrados no carro e na casa do suspeito, o que poderá demandar mais tempo para finalizar o laudos. Quem era LuanaA menina Luana Marcelo Alves era dedicada aos estudos para realizar o sonho de ser médica, conforme revelou a avó Fátima Coelho."A Luana era querida e amada por todos. Tinha o sonho de estudar medicina. Uma menina que não dava trabalho, era inteligente, honesta e estudiosa. Para quê fazer isso?", lamentou Fátima Coelho.O pai da menina, Robson Marcelo dos Santos, se desesperou quando a polícia encontrou o corpo da filha enterrado no quintal da casa do suspeito. Chorando muito, ele cobrou justiça pela morte da menina.“Eu só desejo justiça. Não pode chamar de gente ou ser humano uma pessoa dessas”, desabafou Robson Marcelo.Relembre o casoLuana saiu de casa por volta das 9 horas de domingo (27) para comprar salgados em um mercado que fica a 330 metros da residência, no Setor Madre Germana II, em Goiânia.Imagens de câmeras de segurança da região mostram a menina passando em direção ao estabelecimento às 9h29 e voltando pelo mesmo local às 9h34 já com um pacote nas mãos. Depois não foi mais vista.“Ela sempre chega no horário certo, nunca atrasa”, diz o comerciante Robson Marcelo de Santos, de 33 anos, pai de Luana. O caminho até o mercado é conhecido pela estudante, acostumada a andar por ali todos os dias, no quarteirão acima da casa da família.A menina saiu com dez reais para a compra e não portava documentos, nem celular por conta do pequeno trecho que seria percorrido. Além disso, Luana estava com o cabelo de mechas vermelhas preso e usava uma blusa estampada com a logo do aplicativo TikTok e uma bermuda.