Uma representação foi protocolada no Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), na última sexta-feira (3), contra o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) e o secretário de Educação, Wellington Bessa, em relação ao término de contrato com a empresa de transporte escolar prestadora de serviço na rede pública municipal. Cerca de 400 alunos estão há quase um mês sem frequentar as aulas, no Madre Germana II.O autor da ação é o vereador Mauro Rubem, oposição ao prefeito Rogério Cruz na Câmara Municipal. O parlamentar disse que foi surpreendido ao saber que crianças de vários bairros da capital estavam sem ir às aulas por não terem condições de se locomover. Ele afirmou ter se reunido com moradores do Residencial Santa Fé, Residencial Forteville, Residencial Fidelis, Residencial Rio Verde, Residencial Maria de Oliveira e Madre Germana, que relataram a situação.“É uma pauta grave”, afirmou. De acordo com ele, no Madre Germana o caso é ainda mais preocupante. “São quase 400 crianças que saem para estudar no Jardim América e que estão há quase 30 dias sem ir à escola”, afirmou Mauro Rubem.Para ele, não é só a falta de transporte escolar que é dramática, mas o fato de a Prefeitura ainda não ter criado uma unidade de ensino que atenda todos esses estudantes. “Não justifica não construir uma escola no Madre Germana. É muito distante do Jardim América. Fazer esse percurso todos os dias é muito complexo”, disse o parlamentar. A distância total percorrida pelos alunos diariamente, até a unidade, é de 40 quilômetros.Na representação consta que o contrato com a Ita Empresa de Transporte Ltda foi assinado em março de 2016 e o sexto e último termo aditivo foi assinado em janeiro de 2022. Vencido há cerca de um mês, o acordo não foi renovado.RespostaPor meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que "todas as providências estão sendo tomadas pela gestão municipal para o reestabelecimento do transporte escolar" e que "o serviço foi temporariamente suspenso em virtude da falta de interesse da empresa em prorrogar o contrato, o que motivou, inclusive, a judicialização do caso".A SME ainda afirmou que está em processo de contratação de uma nova empresa, em caráter emergencial, para que o serviço possa ser reestabelecido até a próxima quarta-feira (8).Leia também: - Educação apura se algum aprovado em concurso para professor apresentou certificado falso, em Goiânia- Vereadores falam em ‘enquadrar’ secretário, após cobrança sobre duodécimo- Acidente com Kombi de transporte escolar mata estudante e motorista, em Alto Paraíso de Goiás