-Imagem (1.2520418)A Secretaria Estadual de Educação de Goiás (Seduc) confirmou que a gestora escolar do colégio de Padre Bernardo onde ocorreu um projeto com crianças portando réplicas de fuzis foi exonerada no último dia 5, segunda-feira. A pasta informou, ainda, que instaura um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) “para analisar todas as circunstâncias envolvendo o fato.”A exoneração da diretora acontece poucos dias depois de vir à tona, no final de agosto, um vídeo que mostra crianças dentro do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Santa Bárbara, localizado em Vendinha, distrito de Padre Bernardo, marchando e empunhando o que seriam réplicas de fuzis.Nas imagens, as crianças são orientadas por um homem vestindo trajes militares. O instrutor do projeto seria Hélio Pereira Pinto, de 65 anos. À TV Anhanguera, ele afirmou ser sargento aposentado da Aeronáutica.O caso teve forte repercussão negativa. Na ocasião, a Prefeitura de Padre Bernardo negou qualquer “vínculo empregatício, contrato, convênio e nem mesmo parceria com o instrutor ou com o projeto”. Já a Seduc declarou que o tal projeto não havia tido, de forma alguma, autorização de implementação em unidade escolar da rede pública estadual.”Menos de 10 dias depois, a pasta comunicou a exoneração da gestora do colégio e a instauração de um procedimento para investigar o ocorrido.Veja a nota da Seduc:“Em atenção à solicitação de informações acerca de vídeo envolvendo estudantes do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Santa Bárbara, de Padre Bernardo, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) esclarece que:- A gestora escolar já foi exonerada do cargo e está sendo instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para analisar todas as circunstâncias envolvendo o fato, além de apurar a responsabilidade de todos os envolvidos na questão, incluindo quem idealizou o projeto e quem se omitiu em relação às atividades filmadas;- Desde o ocorrido, a Secretaria de Educação do Estado de Goiás tem enviado equipes à unidade escolar para reuniões pedagógicas e alinhamento de ações, no sentido de reforçar o cuidado com a execução de projetos que promovam a cultura da paz, o respeito e colaborem para a integridade física e moral de toda a comunidade escolar;- A Seduc esclarece ainda que a implantação de qualquer projeto nas escolas públicas estaduais deve ser precedida de protocolo com análise técnica da Secretaria de Educação e posterior autorização, o que, neste caso, não houve.”Leia também:Crianças com réplicas de fuzis marcham dentro de escola, em Goiás; vídeoSecretaria apura como projeto com crianças marchando com réplicas de fuzis foi parar em escola