Atualizada às 11h41A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) confirmou, nesta quarta-feira (13), dois casos de Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos. Os pacientes são homens, de 26 e 41 anos, residentes na capital. Um deles possui histórico de viagem para São Paulo, onde já foi confirmada a circulação comunitária do vírus. No total, já são quatro casos em Goiás. Os outros dois são de Aparecida de Goiânia.O material para exames dos dois pacientes de Goiânia foi coletado por técnicos da Vigilância em Saúde da SMS no dia 5 de julho. Em seguida, o material foi encaminhado para o Laboratório Estadual de Saúde Pública (Lacen-GO). Ambos já tinham recebido atendimento em um hospital particular e foram orientados a manter isolamento domiciliar. Além disso, passaram a ser monitorados diariamente pela prefeitura.Outras confirmaçõesAs duas primeiras confirmações do estado aconteceram no último sábado (9) pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO). Os pacientes são homens, de 33 e 34 anos, moradores de Aparecida de Goiânia. Eles tiveram boa evolução do quadro e foram monitorados pela Vigilância em Saúde (SVS) do município.Casos descartadosOutros três casos foram descartados na capital incluindo uma mulher que apresentou sinais e sintomas da doença, e estava sendo monitorada. De acordo com a SMS, ela contraiu Parvovírus durante viagem a uma fazenda. Outras duas pessoas que vivem na mesma casa não desenvolveram a doença.Além disso, outros três casos de varíola são investigados na capital.O que se sabe até o momento:No dia 7 de maio de 2022, a Organização Mundial da Saúde foi notificada sobre um caso confirmado de Monkeypoxey, conhecida como varíola dos macacos, no Reino Unido. O primeiro caso havia sido importado da Nigéria, mas uma semana depois, outros quatro casos foram confirmados no país, sem vínculo epidemiológico com o primeiro. No dia 20 de maio, 11 países já havia notificado casos. Agora, mais de dois meses depois da primeira confirmação já são mais de 5 mil casos em todo o mundo.Taxa de mortalidadeDe acordo com o Instituto Butantan existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). Para o primeiro, da África Ocidental a taxa de mortalidade é de 1%, enquanto para o vírus da Bacia do Congo pode chegar a 10%.SintomasFebre, dor de cabeça, cansaço e dores musculares podem ser alguns dos primeiros sintomas da varíola dos macacos. Dessa forma, há possibilidade de confundir a doença com uma gripe ou um resfriado, por exemplo.As erupções na pele passam por diferentes tipos de estágios e podem, inicialmente, se parecer com varicela, ou sífilis, antes de formar uma crosta. No início, podem ser manchas vermelhas e sem volume. Depois, ganham volume e formam bolhas. Por fim, criam cascas.Onde buscar atendimento?Em Goiás não há definido um local específico para atendimentos de casos suspeitos. Dessa forma, a orientação atual é buscar a unidade de saúde mais próxima da sua casa. O tratamento indicado pelos órgãos nacionais e internacionais de saúde são baseados em suporte para aliviar sintomas, tratar complicações e prevenir sequelas.Existe vacina?A vacinação contra a varíola humana terminou em 1980, quando a doença foi considerada erradicada no mundo e por esse motivo não estão mais disponíveis no mercado. Segundo a OMS, foi demonstrado que a vacinação contra a varíola ajuda a prevenir ou atenuar a doença pela varíola do macaco, com uma eficácia de 85%. “As pessoas vacinadas contra a varíola humana no passado, demonstraram ter alguma proteção contra a varíola do macaco”.Leia também: Secretaria de Saúde de Goiás treina profissionais para identificar varíola do macacoVaríola dos macacos: veja o que já se sabe sobre a doençaVaríola dos macacos: como saber se a irritação na pele pode ser a doença?Varíola dos macacos: veja sintomas, formas de transmissão e como se proteger