A Polícia Civil de Goiânia, por meio da 7ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP), concluiu nesta quinta-feira (28) o inquérito em que se apurava um caso de injúria racial em um bar envolvendo a estudante de pedagogia Sarah Silva Ferreira, de 20 anos, e Francisco Chagas de Almeida, de 74, dono do Buteko do Chaguinha, local do ocorrido. O episódio ocorreu em 31 de outubro de 2020.De acordo com o relato da vítima, ela estava junto com sua irmã e uma amiga sentadas em uma mesa quando o propietário a abordou e disse: “Vim ver se era gente ou se era uma raposa na sua cabeça”. A fala de cunho racista logo foi seguida por risadas do dono do estabelecimento e de um amigo que estava em outra mesa, segundo consta no inquérito.Tanto as testemunhas quanto a vítima foram ouvidas pelo delegado responsável, Manoel Borges de Oliveira. Elas confirmaram o crime e reconheceram o autor do comentário. O proprietário também foi chamado para depor, mas optou por ficar em silêncio, fazendo valer do artigo 5º, inciso 63, da Constituição Federal, proibindo-o de produzir provas contra si mesmo.Francisco Chagas de Almeida foi indiciado pelo crime de injúria racial e caso seja condenado, a pena pode chegar de 1 a 3 anos de reclusão e multa.O POPULAR não conseguiu contato com Francisco. O espaço permanece aberto para manifestação.(Luiz Eduardo Garcez é estagiário do GJC em convênio com a PUC-GO)