Em ação paralela, no dia 25 deste mês, a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), em parceria com a Diretor Geral de Administração Penitenciária (DGAP), fará uma ação multidisciplinar na Penitenciária Feminina Consuelo Nasser, no complexo prisional de Aparecida de Goiânia, onde 63 mulheres cumprem pena, com sentença condenatória transitada em julgado. A ideia é levar assistência jurídica de maneira integral para que elas tenham informações não apenas sobre o processo penal, mas orientações legais que envolvem família e trabalho. Levantamento feito pela DPE mostra que, das 68 mulheres internas na Consuelo Nasser, apenas oito têm direito a benefícios, como livramento condicional ou redução da pena, pedidos que já estão sob análise judicial. Vinte das presas são assistidas diretamente pela DPE e as demais possuem advogados. “Do ponto de vista de execução penal, não é uma situação grave, mas há muitas outras demandas”, diz o subdefensor público-geral, Tiago Gregório Fernandes.Ele detalha que no dia 25, uma sexta-feira, será feita na penitenciária a entrega de material de higiene arrecadado junto a parceiros, e um atendimento individualizado. O objetivo é verificar a situação penal de cada uma, regularizar documentos e resolver questões relacionadas à família. “É muito comum quem está privado de liberdade não possuir documentos pessoais, o que impede a possibilidade de trabalhar na própria unidade prisional. Muitas mulheres com bom comportamento têm a possibilidade de reduzir a pena através do trabalho, mas não conseguem sem documentação. Por isso, alinhamos com a DGAP esse mutirão”, reforça Tiago Fernandes.