A Polícia Civil de Goiás prendeu três suspeitos do homicídio de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos. O corpo da jovem foi encontrado no dia 30 de agosto no Setor Jaó, em Goiânia, com sinais de facadas. Segundo as investigações, os envolvidos eram colegas da vítima, e teriam escolhido Ariane de forma aleatória para comprovar se um deles seria psicopata.Conforme informou o delegado Marcos Gomes, responsável pelo caso, uma das suspeitas do crime alegou que saberia se tem o transtorno de personalidade (psicopatia) após matar alguma pessoa, analisando a própria reação após o fato. “A investigada não apresentou nenhum tipo de arrependimento após a morte da vítima”, pontuou o investigador.As diligências apontaram que Ariane foi vista em um veículo logo após enviar áudio em um aplicativo de mensagens para a família, dizendo que algumas amigas haviam chamado para ir até o Setor Jaó lanchar. O carro foi identificado, e a apuração da polícia mostrou que se tratava do mesmo veículo que teria deixado o corpo da jovem já sem vida no mesmo setor de Goiânia. A partir disso, os investigadores chegaram até um dos autores, que confessou o crime.Em seguida, a polícia chegou até as outras duas pessoas suspeitas, que também confessaram envolvimento no homicídio. Uma delas teria sido a responsável por desacordar a vítima e a outra por esfaqueá-la. Após os depoimentos, a investigação concluiu que a vítima foi escolhida de forma aleatória. Os autores teriam feito uma lista de pessoas que poderiam ser mortas por eles, e Ariane foi escolhida em virtude da estrutura física, “o que facilitaria a conclusão do crime em caso de uma possível reação da vítima”, explicou o delegado.CrimeOs suspeitos disseram à polícia que mataram Ariane ainda dentro do carro. Informaram ainda que, no momento da morte, tocariam uma música escolhida pelo grupo e um deles daria o sinal para iniciarem o crime. Em seguida, foram em direção ao Setor Jaó, onde retiram o corpo da vítima e jogaram em um terreno baldio. No local, dois dos autores - que se apresentam como satanistas – ajoelharam-se ao lado do corpo, como se estivessem em um verdadeiro ritual, e por ali ficaram por aproximadamente dez minutos.O inquérito será concluído nos próximos dias e o procedimento encaminhado ao Poder Judiciário.