Suspeita de atropelar de propósito e matar uma mulher após uma discussão em uma distribuidora de bebidas, em Goiânia, a empresária Murielly Alves, de 27 anos, foi denunciada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por homicídio qualificado e tentativa de homicídio contra outra vítima atropelada no local.O MP entendeu que o crime, ocorrido no dia 21 de abril deste ano, no setor Jardim Pompéia, foi triplamente qualificado por ter sido cometido por motivo fútil, com emprego de meio que resultou perigo comum e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.“O crime foi cometido em virtude de uma simples discussão banal, sendo possível que a situação fosse contornada por meios civilizados, o que revela futilidade na motivação, caracterizando a banalização da vida alheia”, disse o promotor de Justiça Geibson Rezende, titular da 85ª Promotoria de Justiça de Goiânia.Imagens de câmeras de segurança mostram Murielly alterada, discutindo e provocando confusão no local. Conforme a denúncia, duas mulheres, Bárbara Angélica e a companheira, Kamyla Lima, estavam entre as pessoas que acabaram se envolvendo na briga.Em um determinado momento, Kamyla despejou um copo de cerveja na cabeça da suspeita, que foi até o carro e avançou com ele para cima da mulher. Bárbara teria então tentado tirar a chave da ignição do veículo. Neste momento, Murielly a prensou com o veículo contra a pilastra de um estabelecimento.Bárbara morreu ainda no local. Já Kamyla foi levada para o hospital, mas já recebeu alta. A suspeita fugiu do local e foi localizada em Nerópolis, município a 35 quilômetros de Goiânia. Leia também:- Motorista é presa suspeita de atropelar de propósito e matar mulher, em Goiânia- Suspeita de atropelar e matar mulher de propósito em Goiânia alegou ter transtorno, diz políciaAlegação de transtornoEm depoimento à polícia, Murielly Alves alegou aos policiais militares que não se lembrava do crime e que só percebeu que seu carro estava amassado após a abordagem policial.Ela alegou ter transtorno de borderline, cujos sintomas incluem instabilidade emocional, impulsividade e alterações no humor. No entanto, a reportagem não conseguiu acesso a nenhum laudo que comprove tal informação.A defesa de Murielly não foi encontrada até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto.