Os três acusados de matar de Lilian de Oliveira, que desapareceu depois de desembarcar no Aeroporto Internacional de Goiânia em fevereiro de 2020, irão a júri popular. Jucelino Pinto da Fonseca e Ronaldo Rodrigues Ferreira são apontados como mandante e cúmplice, respectivamente. Já Cleonice de Fátima Ferreira teria ajudado no crime. A data do julgamento ainda não foi divulgada.Segundo os autos, Jucelino manteve um relacionamento extraconjugal com a vítima, com quem teve uma filha, hoje com 7 anos. O crime teria sido motivado pelas discussões entre o casal acerca da pensão alimentícia e também por ciúmes, já que Lilian havia viajado para Colômbia para se encontrar com o novo namorado.As investigações apontaram que Jucelino contratou os serviços de Ronaldo Ferreira oferecendo o perdão de uma dívida de R$ 20 mil. Com o apoio de Cleonice, que era babá da filha do casal, Ronaldo teria sido quem buscou a vítima no aeroporto se passando por taxista. Depois disso, Lilian nunca mais foi vista.O inquérito concluiu que Lilian foi morta a marretadas. Como seus restos mortais nunca foram encontrados, a tese mais provável é que corpo tenha sido carbonizado ao ser jogado dentro da fornalha de um laticínio, em Santa Cruz de Goiás, que pertencia a Jucelino. Leia também:PC investiga desaparecimento de mulher que foi vista há 18 dias no aeroporto de GoiâniaApós habeas corpus, suspeitos de matar goiana são liberados do presídio em GoiásMP denuncia três pela morte da goiana Lílian de OliveiraSuspeitos de matar goiana são presos em Pires do Rio e no MaranhãoPrisãoOs réus ficaram presos por três meses no mesmo ano em que o crime foi cometido, mas foram soltos em seguida. Quando as investigações começaram, os três negaram o crime. Depois, Ronaldo admitiu ter participado da morte de Lilian, mas com versões diferentes dos fatos.Em abril de 2021, Jucelino, Ronaldo e Cleonice foram acusados de homicídio qualificado por motivo torpe, sem chance de defesa da vítima, em crime cometido mediante promessa de recompensa e também por ocultação de cadáver. Entretanto, foram mantidos em liberdade por decisão do juiz Eduardo Pio, que julgou não haver requisitos para o pedido de prisão cautelar.