<p><em>Atualizada às 10h14.</em></p><p>O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, foi preso pela Polícia Federal na tarde desta quarta-feira (2) em um condomínio de alto padrão em Goiânia. Ele é acusado de ordenar o ataque que incendiou dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, em Manaus (AM), no dia 24 de janeiro. Outras cinco pessoas foram presas.</p><p>De acordo com o G1 Manaus, o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada,&nbsp; informou que as investigações constataram o vínculo do empresário com a atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Roraima. “A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização tanto do Ibama, com utilização dessas aeronaves, quanto da Polícia Federal, no decorrer de 2021", disse ao G1.</p><p>A prisão do empresário faz parte da Operação Acauã, que objetiva apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa, que acarretaram na destruição total de uma aeronave e parcial de outra. Na semana passada foram presos o motorista, suspeito de ter levado e retirado os executores da cena do crime; dois suspeitos de incendiar as aeronaves; e dois suspeitos de intermediar o agenciamento dos incendiários e repassar o pagamento pelos crimes.</p><p>A PF informou que o motorista foi preso um dia após o ataque, a partir da identificação do carro usado na fuga dos suspeitos. A corporação disse ainda que todos os suspeitos detidos na semana passada confessaram participação no atentado e reconheceram o empresário Aparecido Naves Júnior como mandante do crime.</p>

Empresário goiano é preso suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama no Amazonas

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<p class="TEXTO">O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, preso temporariamente pela Polícia Federal (PF) em um condomínio de alto padrão em Goiânia, foi transferido nesta quinta-feira (3) para Manaus (AM).</p><p class="TEXTO">O empresário foi detido nesta quarta-feira (2) no âmbito da Operação Acauã da PF. Ele estava num condomínio de luxo, em Goiânia. Aparecido Naves Júnior é acusado de mandar incendiar dois helicópteros em uso pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no dia 24 de janeiro, em Manaus (AM). Uma das aeronaves foi totalmente destruída e a outra teve danos parciais, um prejuízo estimado em R$ 10 milhões.</p><p class="TEXTO">Em nota, a Superintendência Regional da PF no Amazonas informou que as investigações revelaram que Aparecido Naves Júnior foi o mentor intelectual do ataque às aeronaves do modelo Bell B4, que seria uma represália às operações conjuntas feitas pela corporação e pelo Ibama para frear o garimpo ilegal em Roraima. O alvo maior dos garimpeiros é a reserva Yanomami, onde vivem aproximadamente 28 mil indígenas em mais de 300 comunidades.</p><p class="TEXTO">O empresário, que teria sofrido prejuízos com a destruição de aeronaves de sua propriedade durante ações de órgãos do Governo Federal, foi ouvido em Goiânia, antes da transferência. Em sua casa, avaliada em mais de R$ 2 milhões, a PF teria apreendido carros de luxo.</p><p class="TEXTO">O jornal O Estado de São Paulo (Estadão) revelou que a PF chegou ao nome de Aparecido Naves Junior porque na semana passada foram detidos, também dentro da Operação Acauã, outras cinco pessoas que teriam participado diretamente do incêndio dos helicópteros. Segundo o Estadão, o empresário estava em Manaus dias antes do crime e na data, já se encontrava em Roraima. Ele teria acertado pagar R$ 5 mil a cada um dos envolvidos. Os presos foram os intermediários, os incendiários e o motorista que os levou até o Aeroclube do Amazonas, onde estavam as aeronaves. Todos indicaram Aparecido Naves como o mandante do ataque.</p><p class="TEXTO">Câmeras de segurança registraram o momento em que dois homens pularam o muro do estabelecimento e atearam fogo nos helicópteros. As aeronaves, conforme o Estadão, são de propriedade da empresa Helisul Aviação e foram alugadas pelo Ibama para fiscalização nas áreas de garimpo ilegal. O POPULAR não conseguiu contato com a defesa de Aparecido Naves Júnior.</p><p class="TEXTO">Logo após o ataque, o Ministério da Justiça e da Segurança Pública e o Ministério do Meio Ambiente divulgaram nota informando que “o governo federal repudia qualquer ação contra a estrutura de combate aos crimes ambientais” e que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, o Ibama e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) continuariam “atuando de forma contundente contra os crimes na região da Amazônia”.</p><p class="TEXTO">Em 2021 várias ações foram efetuadas em terras indígenas para frear o garimpo ilegal, com foco na logística que o mantém em funcionamento. Em agosto, na Operação Yanomami, foram apreendidas cerca de 30 toneladas de ouro e 111 aeronaves, das quais 22 delas foram inutilizadas. Também foram apreendidos pelos fiscais dez balsas, 11 veículos e quatro usados nos crimes ambientais. Na ocasião, foram localizadas 87 pistas de pouso e três portos clandestinos. Entretanto, os órgãos de fiscalização estimam que existam pelo menos 277 pistas nos arredores da terra Yanomami.</p><p class="TEXTO">Em novembro, o Ibama, em Roraima, desmontou um esquema de desvio de combustível não tributado, retirado do aeroporto da capital, Boa Vista, e levado para pistas de pouso clandestinas que prestavam apoio logístico ao garimpo ilegal de ouro e cassiterita dentro da terra Yanomami. Pistas de pouso e pontos de abastecimento ilegais foram embargados e apreendidas aeronaves - aviões e helicópteros - ligadas ao garimpo clandestino.</p><p class="TEXTO">O garimpo ilegal na terra Yanomami tem provocado devastação ambiental e levado doenças às comunidades, como desnutrição, malária e, mais recentemente, Covid-19. A Associação Yanomami Hutukara, entidade que reúne representantes de todos os povos indígenas que vivem na reserva, acredita que 20 mil garimpeiros vêm atuando ilegalmente na área demarcada, desmatando a floresta, contaminando os cursos d’água com mercúrio e iodo e erodindo as margens dos rios.</p><p class="TEXTO">Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o desmatamento na terra indígena Yanomami aumentou 516% no período entre 2019 e 2020 em comparação com o período anterior, entre 2017 e 2018.</p><p class="TEXTO">Em maio do ano passado, três garimpeiros que estavam dentro da área Yanomami foram mortos por indígenas. Até novembro, pelo menos sete integrantes de várias comunidades indígenas morreram em razão dos conflitos, entre eles quatro crianças. Duas, de 5 e 7 anos, foram sugadas pela draga usada num garimpo ilegal.</p>

Suspeito de mandar incendiar helicópteros do Ibama é transferido para AM

<p>O empresário Aparecido Naves Junior, de 35 anos, <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/empres%C3%A1rio-goiano-%C3%A9-preso-suspeito-de-mandar-queimar-helic%C3%B3pteros-do-ibama-no-amazonas-1.2396970" target="_blank">preso temporariamente</a> pela Polícia Federal em um condomínio de alto padrão em Goiânia, deve ser transferido para Manaus (AM), nesta quinta-feira (3). Ele é suspeito de ordenar o ataque que incendiou dois helicópteros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na capital amazonense, no dia 24 de janeiro. Outras cinco pessoas foram presas.</p><p>Segundo a superintendência da Polícia Federal no Amazonas, ele foi preso na tarde desta quarta-feira (2) e já foi ouvido. A prisão do empresário faz parte da Operação Acauã, que objetiva apurar os crimes de incêndio, dano qualificado e associação criminosa, que acarretaram na destruição total de uma aeronave e parcial de outra.&nbsp;</p><p>Na semana passada foram presos o motorista, suspeito de ter levado e retirado os executores da cena do crime; dois suspeitos de incendiar as aeronaves; e dois suspeitos de intermediar o agenciamento dos incendiários e repassar o pagamento pelos crimes.</p><p>A PF informou que o motorista foi preso um dia após o ataque, a partir da identificação do carro usado na fuga dos suspeitos. A corporação disse ainda que todos os suspeitos detidos na semana passada confessaram participação no atentado e reconheceram o empresário Aparecido Naves Júnior como mandante do crime.</p><p>De acordo com o G1 Manaus, o superintendente da PF no Amazonas, Leandro Almada informou que as investigações constataram o vínculo do empresário com a atividade ilegal de garimpo na terra indígena Yanomami, em Roraima. “A motivação do crime foi o prejuízo que ele sofreu em ações de fiscalização tanto do Ibama, com utilização dessas aeronaves, quanto da Polícia Federal, no decorrer de 2021", disse ao G1.</p>

Empresário goiano suspeito de mandar queimar helicópteros do Ibama deve ser transferido para Manaus

<p>O superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em Goiás, Renato Paiva, explicou como foi a captura da onça-pintada que habitava a região do Morro do Mendanha, Oeste da capital, nesta manhã de quinta-feira (28). De acordo com ele, a ação foi rápida e sem nenhuma complicação.&nbsp;</p><link href="//cdn-images.mailchimp.com/embedcode/classic-10_7.css" rel="stylesheet" type="text/css" /><style type="text/css">#mc_embed_signup{background:#fff; clear:left; font:14px Helvetica,Arial,sans-serif; }                /* Add your own MailChimp form style overrides in your site stylesheet or in this style block.                   We recommend moving this block and the preceding CSS link to the HEAD of your HTML file. */</style><div id="mc_embed_signup"><form action="https://opopular.us8.list-manage.com/subscribe/post?u=914bb578ecf8a94c3ffcea278&amp;id=c3378b7be5" class="validate" id="mc-embedded-subscribe-form" method="post" name="mc-embedded-subscribe-form" novalidate="" target="_blank"><div id="mc_embed_signup_scroll"><h2>Newsletter O POPULAR - Receba no seu e-mail informação de confiança</h2><div class="indicates-required"><span class="asterisk">*</span> preenchimento obrigatório</div><div class="mc-field-group"><label for="mce-FNAME">Nome <span class="asterisk">*</span> </label> <input class="required" id="mce-FNAME" name="FNAME" type="text" value="" /></div><div class="mc-field-group"><label for="mce-EMAIL">Email <span class="asterisk">*</span> </label> <input class="required email" id="mce-EMAIL" name="EMAIL" type="email" value="" /></div><div class="clear" id="mce-responses"><div class="response" id="mce-error-response" style="display:none">&nbsp;</div><div class="response" id="mce-success-response" style="display:none">&nbsp;</div></div><div aria-hidden="true" style="position: absolute; left: -5000px;"><input name="b_914bb578ecf8a94c3ffcea278_c3378b7be5" tabindex="-1" type="text" value="" /></div><div class="clear"><input class="button" id="mc-embedded-subscribe" name="subscribe" type="submit" value="Assinar" /></div></div></form></div><p>A equipe de buscas, formada por agentes do Ibama e técnicos do Instituto Onça-Pintada, começou a seguir um rastro farejado pelos cães no início da manhã. Depois de alguns quilômetros de varredura, o animal foi encontrado em uma região distante da área urbana, próximo ao Morro do Mendanha. A onça foi cercada e acuada pelos cães e buscou refúgio em uma árvore. Em seguida, os agentes, usando armamento não letal, dispararam tranquilizantes no animal que, após alguns minutos voltou para o solo, onde foi capturado.&nbsp;</p><p>Paiva afirma que a ação foi rápida e não causou nenhum ferimento ao animal nem a equipe envolvida. Após a captura, uma coleira com um rastreador foi colocada no pescoço da onça-pintada, que deve ser solta nas próximas 24 horas.&nbsp;<em>(Fabiana Sousa é estagiária do GJC em convênio com a Faculdade Araguaia)</em></p>

Onça-pintada capturada em Goiânia deve ser solta nas próximas 24 horas

<p class="TEXTO">Três armadilhas fotográficas foram reposicionadas para o condomínio que registrou a movimentação da onça-pintada, animal ameaçado de extinção. Duas delas foram instaladas no muro do residencial e outra, no interior do local.</p><p class="TEXTO">Biólogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Leo Caetano afirma que, ao todo, oito câmeras estão sendo utilizadas como armadilhas fotográficas desde que a onça deu os primeiros sinais. Anteriormente, os equipamentos estavam instalados no Morro do Mendanha. Ainda de acordo com ele, as armadilhas de caixa com guilhotina foram retiradas. “Nós desistimos do método da gaiola, porque vimos que não teve efeito. Retiramos em setembro, agosto. Chegamos à conclusão que a armadilha não funcionou para este indivíduo”, relata o biólogo.</p><p class="TEXTO">Nesse tipo de equipamento, explica, existem dois compartimentos: um para a isca viva e outra, para a onça. Mesmo com o felino adentrado o equipamento, não é possível um contato com a presa. “Fomos testando diversos animais para ver se ela se interessava. Tentamos com porco, galinha, carneiro, macaco e cachorros, mas não deu certo”, informa o superintendente do órgão ambiental, Renato de Paiva.</p>