Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem se reuniram nesta sexta-feira (16) para uma nova manifestação pelo piso salarial em Goiânia. O encontro foi marcado para às 7 horas, em frente do Hospital Estadual Alberto Rassi, o HGG, e a passeata saiu com destino à Praça Tamandaré, no Setor Oeste, onde havia mais manifestantes. A estimativa de participantes, segundo o movimento, é de 400 profissionais.Presidente do Sindicato de Enfermeiros de Goiás (Sieg), Roberta Rios afirma que os votos foram finalizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) decidindo pela suspensão do piso da categoria. A partir de agora, Rios explica que o estado é de mobilização permanente e alerta para uma possível paralisação nacional no próximo dia 21. A greve também não está descartada em Goiás.“O objetivo agora é pressionar governo, legislativo, Câmara e Senado para que se aprovem os projetos das fontes de custeio para o piso. O grande questionamento é dizendo que não há fonte de custeio. A categoria vai continuar mobilizada até que aprovem as fontes de custeio. A liminar vai ser revista pelo STF e a gente acredita que isso vai se dar no prazo mais rápido possível. Se for necessário fazer greve, nós faremos para que sociedade, legislativo e executivo reconheçam a nossa importância e a necessidade de se votar urgente as fontes de custeio para que a gente possa usufruir do piso salarial”, completa.Projeto aprovadoO projeto de piso salarial do senador Fabiano Contarato (PT-ES) foi aprovado em dois turnos no Senado e na Câmara Federal na forma da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 11/2022). No último dia 5 de agosto, foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro com um veto à correção anual pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).A norma, aprovada pelo Congresso, fixou o salário de, no mínimo, R$ 4.750 para os enfermeiros. Técnicos em enfermagem devem receber 70% desse valor (R$ 3.325), e auxiliares de enfermagem e parteiros, 50% (R$ 2.375).Piso suspensoO piso foi suspenso em caráter liminar no dia 4 de setembro pelo ministro do STF, Luís Roberto Barroso. Ele também estabeleceu um prazo de 60 dias para esclarecimentos de impacto financeiro, bem como riscos para empregabilidade do setor.Nesta sexta-feira (16), o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu por manter a suspensão do piso nacional da categoria. A suspensão que tinha sido determinada, em caráter liminar, pelo ministro Luis Roberto Barroso, agora foi também pela maioria do Supremo.O placar foi de 7 votos a 4 sendo que seguiram o voto de Barroso os ministros Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e Luiz Fux. Votaram para derrubar a decisão os ministros Kassio Nunes Marques, André Mendonça, Edson Fachin e Rosa Weber.Impacto financeiro A decisão do STF vale “até que seja esclarecido” o impacto financeiro da medida para estados, municípios e hospitais. Agora, o governo tem um prazo maior para discutir os efeitos da mudança na remuneração no setor.Leia também: STF forma maioria para suspender piso da enfermagem e governo analisa impactosChance de greve na enfermagem em Goiás é tratada com cautelaSuspensão de piso da enfermagem é apenas pausa para encontrar fonte de recursos, diz Barroso -Imagem (1.2530740)