Três entidades ligadas à Universidade Federal de Goiás (UFG) pediram, nesta quarta-feira (22), que a instituição recorra da decisão que suspendeu a implementação do passaporte da vacina na Universidade. O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), o Sint-Ifesgo e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) assinam o pedido.O objetivo é que a UFG recorra ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar o habeas corpus cível do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, que suspendeu a implantação do certificado de vacinação contra a Covid-19 nas dependências da instituição de ensino.AutonomiaO ofício ressalta a autonomia das decisões do Conselho Universitário. “A decisão da desembargadora Ângela Catão ignora a autonomia universitária e as deliberações da comunidade acadêmica, formada por professores, servidores e estudantes”, diz o documento. O passaporte de vacinação foi aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni/UFG) em 26 de novembro. No total, foram 55 votos favoráveis e duas abstenções.Ensino presencialNo documento, as três entidades informaram à Universidade que não apoiarão a retomada das atividades presenciais sem que o passaporte seja implantado. “Sabemos da importância do ambiente acadêmico para a formação, mas entendemos que a preservação da vida deve ser sempre prioridade”.Suprema CorteO ofício lembra, ainda, que o próprio STF, corte máxima do Judiciário, decidiu adotar o comprovante de imunização para que qualquer pessoa tenha acesso às suas dependências. As entidades também ressaltaram que medidas legais já estão sendo estudadas para reverter a decisão.