A escolha de Angelita Lima pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser a nova reitora da Universidade Federal de Goiás (UFG) gerou bastante repercussão na manhã desta terça-feira (11). Uma série de entidades ligadas a movimentos estudantis e à universidade divulgou uma nota de repúdio pela nomeação.A nota é assinada pelo Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato), o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos das IFEs do Estado de Goiás (Sint-Ifesgo), o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFG, a Associação de Pós-Graduandos da UFG, a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), a União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO), a União Nacional dos Estudantes(UNE) e a Associação de Egressos e Egressas da UFG.De acordo com a publicação, o ato de Bolsonaro e do Ministro da Educação “desrespeita a vontade da maioria dos professores, estudantes, técnicos administrativos da instituição e despreza a autonomia universitária”.Angelita era o terceiro nome da lista tríplice definida pelo Conselho Universitário (Consuni) e encaminhada à presidência da República. No primeiro lugar estava a professora Sandramara Matias Chaves e em segundo Karla Emmanuela Ribeiro Hora. Dos 63 votos válidos, Sandramara, atual vice-reitora e que responde pela reitoria da UFG até o dia 14, recebeu 60.As entidades ressaltam que a escolha “quebrou uma tradição de décadas” e que a medida pode provocar instabilidade na UFG. “Trata-se de um enorme retrocesso contra a democracia da universidade, promovido por um governo que reafirma diariamente seu perfil autoritário e coloca em risco a estabilidade do ambiente universitário”, afirmaram.