A Polícia Civil vai investigar a escola de Rio Verde onde uma bebê fraturou a clavícula após cair de um pula-pula. O caso aconteceu no dia 27 de abril, mas o registro na delegacia só foi feito na última segunda-feira (2) pelos pais da criança. Maria Júlia, de 1 ano e 5 meses, se desequilibrou e caiu na borda do brinquedo. Apesar de ser socorrida por uma funcionária da escola, os familiares não foram informados sobre a queda e procuraram o hospital após a filha reclamar de dor local.Delegada responsável pelo caso, Taisa Antonello afirmou que os pais já foram ouvidos na terça-feira (3) e que os representantes da escola devem ser intimados para a próxima semana. Advogado da escola, Gustavo Santana diz que os proprietários não foram acionados ainda.O empresário Juan Guimarães, pai da pequena Maria Júlia explica que a menina está se recuperando bem e que nesta quinta-feira (5), ela passou por uma nova consulta e que ainda sente um pouco de dor. “Às vezes ela tem um pico de dor, normalmente à noite, mas fora isso estamos bem e ela se recuperando”, completou. Disse também que ele, a esposa Evelyn Guimarães e a filha devem voltar para o Rio de Janeiro nas próximas semanas.O casal mora em Goiás há três anos e ele conta que o retorno estava previsto para agosto, mas que a situação com a escola fez com que a mudança fosse adiantada. Maria Júlia deve passar pelo menos mais 30 dias fora da escola e a nova matrícula já deve ser feita no Rio de Janeiro. “Acredito que esta situação só acelerou nossa possível volta. Vamos esperar só passar esse processo de delegacia e a apuração dos fatos pra retornar tranquilos de que foi feita a justiça”, completa.O casoO caso aconteceu no dia 27 de abril, mas só foi registrado na polícia na última segunda-feira, 2 de maio. Segundo o pai, o empresário Juan Guimarães, a criança chegou em casa chorando. Ao questionar a direção da escola, Juan e a esposa, a administradora Evelyn Guimarães, não foram informados sobre a queda. “Na escola disseram que a Maria Júlia tinha acabado de acordar, que seria manha dela. Mas o choro não era normal”. Os pais perceberam que a menina sentia muita dor quando tocavam na altura de seu ombro. Após levá-la ao hospital foi constatado que ela havia fraturado a clavícula.“Informamos à direção da escola sobre o que havia ocorrido e a diretora afirmou que iria verificar as imagens das câmeras de segurança. Como não deram nenhuma resposta, informamos que levaríamos o caso à polícia. Após isso, a diretora entrou em contato dizendo que estava com a imagens do dia da queda”. De acordo com o pai, a diretora insistia que a fratura teria ocorrido enquanto a criança pulava no brinquedo. Não convencidos, os pais assistiram toda a filmagem e viram o momento exato em que a filha passa pela tela de proteção e cai no chão.Ao POPULAR, o pai afirmou que houve negligência e omissão de socorro por parte da escola. O caso foi registrado na Polícia Civil como lesão corporal.RespostaNesta quarta-feira (4), a direção não tinha conhecimento de que a criança tinha se acidentado no brinquedo. “Depois de buscar as imagens das câmeras de monitoramento, a direção viu que a informação tinha sido omitida. Em seguida, chamou os pais e disponibilizou as imagens do acidente”, explicou o advogado.Ainda de acordo com a defesa, em nenhum momento a direção omitiu o acidente e se dispôs a ajudar com custos ou despesas necessárias para o atendimento da criança. Sobre as funcionárias que estavam com a criança no momento da queda, o advogado informou que uma foi demitida e outra pediu desligamento da escola.Leia também: Bebê fratura clavícula ao cair de pula-pula em escola de Rio Verde; vídeo