As escolas de tempo integral da rede pública estadual, chamadas de Centros de Ensino em Período Integral (Cepis), vão abrir 40 mil vagas para 2022. As matrículas começaram nesta segunda-feira (8) e vão até o dia 12 deste mês para alunos que forem renovar o vínculo, e até 8 de dezembro para novos estudantes.Todas as matrículas para as escolas de tempo integral deverão ser realizadas presencialmente na unidade escolar. A partir deste ano, o sistema de matrículas on-line será exclusivo para as escolas de tempo regular.As vagas serão distribuídas em 269 escolas de tempo integral. Deste total, 105 são novos Cepis, que funcionavam antes em período parcial e vão ampliar sua carga horária no início de 2022.Nos Cepis, a jornada escolar é de 7 ou 9 horas por dia, preenchidas com aulas e atividades práticas, como experimentos em laboratório, projetos científicos e clubes juvenis. De acordo com a Seduc, essas unidades seguem metodologias e disciplinas diferentes das escolas regulares. Além das matérias obrigatórias, como Língua Portuguesa, Matemática e Química, os estudantes podem ter aulas de empreendedorismo, robótica, culinária, games e outros temas. Essas matérias optativas, chamadas de eletivas, são escolhidas pelos alunos no início do ano, de acordo com os interesses e afinidades.Confira a lista das escolas de tempo integral <a href="https://site.educacao.go.gov.br/lista-de-escolas-de-tempo-integral/" target="_blank">clicando aqui</a>.

Escolas de tempo integral da rede estadual de Goiás abrem matrículas para 2022

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Estudantes matriculados na educação a distância (EaD) já representam 44,6% do total de matrículas no ensino superior em Goiás. Os dados do Censo da Educação Superior de 2023, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta quinta-feira (3), apontam para uma redução contínua na diferença entre o número de alunos inscritos nas modalidades a distância e presencial. De acordo com a série histórica dos últimos cinco anos, em 2019, apenas 24,5% estudavam na EaD.

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No Estado, foram registradas ao todo 307,7 mil matrículas em 2023. Deste total, 170,5 mil em cursos presenciais, e outros 137,2 mil na modalidade EaD. Na pesquisa feita anualmente pela autarquia federal, o total de matrículas representa o número de alunos em qualquer etapa da graduação. Já os ingressantes são aqueles que entraram no curso no ano específico do levantamento. No caso dos ingressos em Goiás, estudantes na educação a distância já superam o total de novos discentes em cursos presenciais desde 2020.

Conforme o levantamento feito pelo POPULAR com base nos dados do Censo da Educação Superior de 2019 a 2023, em 2020, 51,6% entraram no formato EaD, considerando tanto a rede pública quanto a privada. Um ano antes, apenas 40,8%. Já no ano passado, 60,9% do total de novos alunos ingressaram na modalidade de ensino a distância. O porcentual é puxado especialmente pela rede privada. Dos 161,4 mil ingressantes, 140,2 mil estavam em instituições privadas e, desse total, 69% na EaD, ante 31%no presencial.

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O POPULAR já havia mostrado em outubro do ano passado, quando o Censo da Educação Superior 2022 foi divulgado, que sete a cada 10 novos alunos na rede privada optavam pela EaD. Na ocasião, o gerente de Políticas Educacionais do Todos pela Educação, Ivan Gontijo, destacou que um decreto do então presidente Michel Temer fez a rede privada expandir a oferta EaD, em detrimento do fechamento de cursos presenciais. A normativa de 2017 retirou a obrigatoriedade de que cada curso a distância ofertado deveria ser, também, aberto no presencial.

A Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), em nota, pontua que a EaD “tem se consolidado como principal modalidade de expansão da educação superior” diante da flexibilidade e acessibilidade dos cursos na modalidade, ofertados principalmente na rede privada. “Em 2023, o número de cursos a distância cresceu 232% em relação a 2018, atingindo 3,3 milhões de ingressantes e representando mais de 60% das novas vagas ofertadas. O formato flexível e acessível da EaD tem atraído uma parcela crescente da população, permitindo que o ensino de qualidade alcance regiões remotas e diferentes perfis de estudantes.”

Para a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, a expansão da EaD tem sido um fator de preocupação ao se analisar a formação de professores por meio da licenciatura. Em nota encaminhada pela organização, a dirigente destaca que os novos dados “reforçam a importância dos avanços recentes liderados pelo Ministério da Educação (MEC), limitando a carga horária dos cursos à distância a 50% do total – o restante, deve combinar o modo presencial”. “É importante ainda que os próximos avanços contemplem medidas concretas que garantam a qualidade destes cursos”, complementa.

<h2>Experiência</h2>

A servidora pública municipal Célia Faria, de 56 anos, começou os estudos no curso de Administração, na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), no início do ano passado. A decisão foi tomada em meio ao ingresso da filha, de 20, na universidade. A mais jovem, entretanto, optou pelo ensino presencial. Já Célia, com horário limitado diante do trabalho e outras obrigações diárias, abraçou a oportunidade de estudar a distância em sua primeira graduação.

“As oportunidades não vieram antes e escolhi essa que me veio”, conta ela, apontando que não tinha condições financeiras, à época, para ingressar no ensino superior. A servidora pública destaca ter gostado da EaD e, agora, ainda com pouco menos de quatro anos para concluir a primeira graduação, já planeja seguir com os estudos em outra área. “Psicologia é a que eu mais gosto”, diz. Célia pontua que a flexibilidade foi, justamente, o que a fez escolher a modalidade. “Dá para conciliar e ter tempo para outras coisas. É uma oportunidade muito grande para quem não fez na época certa como eu”, conclui.

<h3>Cenário é similar no País: 49% estão na EaD</h3>

Em todo o Brasil, a expansão da educação a distância (EaD) é ainda mais significativa do que a observada em Goiás: 49,3% das matrículas. Conforme os dados do Censo da Educação Superior de 2023, do total de 9,9 milhões de alunos matriculados naquele ano, 4,9 milhões estudavam na modalidade EaD. Já os outros 5 milhões, equivalente a 50,7%, estavam em cursos presenciais. A diferença, nesse ano, foi de apenas 150,2 mil.&nbsp;

Em 2022, com 9,4 milhões de matriculados, a discrepância ainda era um pouco maior. Naquele ano, eram 5,1 milhões (54,1%) discentes no presencial e 4,3 milhões (45,9%) na EaD. Os números demonstram uma diferença de 781,7 mil alunos. Um ano antes, em 2021, a variação representa o dobro: 1,5 milhão de estudantes a mais nos cursos ofertados presencialmente.

Diretor de Estatísticas Educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Carlos Eduardo Moreno pontua a previsão de que o ensino a distância supere o presencial ainda em 2024. A fala foi feita durante a coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (3) para a divulgação dos dados da pesquisa realizada anualmente pela autarquia federal.

Já do total de ingressantes nas instituições públicas e privadas, o ingresso na EaD já ultrapassa o registrado em cursos presenciais: 66,4% e 33,6%, respectivamente. A prevalência de novos estudantes na modalidade a distância ocorre apenas na rede privada. Nestas, 73% dos novos discentes estão na EaD. Já os outros 27%, no ensino presencial. Por outro lado, na rede pública, a maior parte dos ingressos é em graduações presenciais: 85%, ante os 15% observados no ensino a distância.&nbsp;

Ensino a distância chega a 44% em Goiás

Educação superior

Mesmo com a abertura de 17.144 mil novas vagas para Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e Centros de Educação Infantil (CEIs) de Goiânia, mães e pais ainda enfrentam dificuldades para matricular os filhos. A Secretaria Municipal de Educação (SME) deu início à fase de pré-matrícula para o ano letivo de 2024 nesta quinta-feira (11), às 12h. Pouco tempo depois, muitas famílias já se encontravam na fila Enquanto isso, obras de unidades educacionais seguem sem previsão de conclusão.

A dificuldade para conseguir vaga em unidades da educação infantil é uma realidade ano após ano para várias famílias. Em dezembro passado, o&nbsp;POPULAR mostrou que a fila era de 9 mil crianças em Cmeis. Para esse ano, a superintendente de Gestão de Rede e Inovação Educacional da SME, Clarislene Domingos, explica que ainda não é possível estimar quantos alunos não serão contemplados. Mas, garante, ainda há vagas disponíveis em unidades da capital.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/obras-de-escolas-licitadas-ha-seis-meses-ainda-n-o-comecaram-em-goiania-1.3097020">Obras de escolas licitadas há seis meses ainda não começaram em Goiânia</a> 
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Para a dona de casa Aline Medeiros, de 26 anos, mãe de três crianças, sendo uma menina de 4 anos e 6 meses, um de 3 anos, e outro de 10 meses, restaria apenas a possibilidade de fazer a matrícula em uma unidade a 10 quilômetros (km) de distância de casa, localizada no Setor Morada do Sol, região Noroeste de Goiânia. Em um Cmei próximo à residência dela, a resposta para a pré-matrícula dos filhos foi de fila de espera. “A mais velha está com 15 crianças na frente dela. O do meio com 28, e o menor com 43”, relata.

A tentativa, entretanto, não é de agora, Aline conta que desde 2021 tem buscado uma vaga para a filha mais velha. Em 2022, deu início à saga para conseguir matricular o filho do meio. Entretanto, nunca conseguiu. Agora, no início deste ano, buscou também uma oportunidade para o bebê. E segue em espera.

No início de 2023, entrou de licença maternidade e, após passado o período, optou por acordar a demissão junto à empresa. “Fiquei quatro meses recebendo seguro-desemprego e queria retornar (a trabalhar) em fevereiro. Fiz os cálculos para colocar os dois na escola, e o menor com a minha cunhada. Não dá para deixar os três com ela porque dá muito trabalho. Fui organizando tudo para fazer assim, criei expectativa. É um descaso com a gente, todo ano. Não tem como ficar tentando vaga por três anos e não conseguir”

Sem conseguir vaga para os filhos mais velhos, conta ela, não tem como retornar ao trabalho. E sem o seguro-desemprego, a única fonte de renda é o salário do marido, que não chega a dois salários mínimos. “Agora não tem como, tem que correr atrás, e não sei o que fazer”, diz. A mãe acrescenta que irá procurar a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) para conseguir garantir a vaga, pois encontrou nas redes sociais um comentário de uma mãe que relatou ter conseguido a vaga por meio do órgão.

A diarista Saiara Pinheiro, de 33 anos, vê com preocupação a falta de vaga para a filha de 5 anos. Ela tenta desde 2021 fazer a matrícula da menina, mas até o momento não conseguiu. Neste ano, ela ficou na sexta posição na fila de espera para um Cmei próximo da residência da família, no Residencial Monte Pascoal, na região Oeste. Por receber o benefício do Bolsa Família, há a obrigatoriedade de matricular crianças de até quatro anos na escola.

“Quando deu 12h já estava tentando fazer (a pré-matrícula). Fui no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Vera Cruz. (A atendente) falou que tinha que correr atrás porque era um direito. Me aconselhou a ir no Conselho Tutelar. Tenho risco de perder o Bolsa Família. E a culpa não é minha”, relata.

Saiara conta ainda que, por vezes, precisa deixar a filha mais nova com a mãe para poder trabalhar em faxinas. “Está um caso sério de vaga. Não sou só eu nessa situação. São várias crianças sem estudar. Ela (filha) é bem inteligente, se estivesse estudando já estaria bem avançada.” Para tentar ajudar a filha, a mulher diz que busca ensinar em casa. “O que eu posso também, porque a vida da gente é uma correria”, finaliza.

Mãe de um menino de 2 anos e 8 meses, a autônoma Andréia Menezes, de 35 anos, tentou uma vaga este ano. É a segunda vez que fica na espera. Ela conta que, ao fazer a pré-matrícula nesta quinta-feira, teve problemas com o site, que ficou travado. Quando enfim conseguiu acesso, 45 minutos depois da abertura do processo, o filho já estava na 24ª posição. “Pretendo voltar a trabalhar e não sei como vai ser”, diz.

Para conseguir a vaga, garante que vai solicitar ajuda à DPE-GO. “Ano passado ele ficou na fila, mas minha mãe falou ‘pode deixar que olho ele’. Passou o ano e nem chamou. Este ano não tenho ninguém pra deixar, minha mãe não consegue mais. Queria ter algo garantido (para voltar ao trabalho). A minha insegurança é me recolocar no mercado de trabalho e cadê a vaga do menino?”, lamenta.

Conforme Andréia, o sentimento é de frustração. “Já estava ali em ponto (no horário de abertura). A gente fica meio frustrado, ver que seu filho não conseguiu vaga. Tinha que ter mais transparência na quantidade de vagas, de vagas disponíveis nas unidades, tempo de espera da fila. O sistema não tinha que estar travando e falhando. As informação são muito vagas.”

<h2>Reestruturação ampliou atendimento</h2>

Em 139 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) e 58 Centros de Educação Infantil (CEIs) de Goiânia, há quase 40 mil vagas. Destas, 17,1 mil são para alunos novos. A superintendente de Gestão de Rede e Inovação Educacional da Secretaria Municipal de Educação (SME), Clarislene Domingos explica que foi possível abrir esse quantitativo tanto pelo “fluxo de rede normal” quanto pela “reorganização de espaços, de demanda e otimização do atendimento.” E cita, a exemplo, o uso de espaços até então subutilizados para construção de salas, além de obras de novas unidades.

Após a fase de pré-matrícula, pais e responsáveis devem efetuar a entrega dos documentos na unidade educacional para garantir a vaga. Aquelas que não tiverem a confirmação, voltam ao sistema e ficam disponíveis para quem está na fila. É o que explica a superintendente. São dez dias para que a matrícula individual seja efetivada. Já o ano letivo terá início no dia 22 de janeiro.&nbsp;

Conforme ela, ainda há vagas disponíveis na capital. “A demanda é variada por região. Tem região que talvez não consiga atender 100%”, relata. E acrescenta que, em alguns casos, a família não consegue vaga por não ser no local onde deseja.

Entretanto, a superintendente reconhece que as vagas em creches ainda são uma dificuldade à administração. “Creche é nosso gargalo. (A exemplo) na região Noroeste ainda precisa ampliar mais para conseguir atender (todo mundo).” A situação, explica, ocorre porque as unidades são em tempo integral. “Se fizesse o atendimento parcial não teria fila de espera.”

<cite>Teremos previsão daqui uns 15 dias. Dia 22 começam as aulas, (e conseguimos ter um) balanço do que conseguiu atender e o que ficou para atender durante o ano.”</cite>

<h2>Obras</h2>

O POPULAR mostrou na edição do dia 2 de janeiro que <a href="https://opopular.com.br/cidades/obras-de-escolas-licitadas-ha-seis-meses-ainda-n-o-comecaram-em-goiania-1.3097020">obras licitadas há ao menos seis meses ainda não tiveram início</a>. Das 36 obras licitadas no primeiro semestre de 2022, sendo 16 de construção de Cmeis e 10 para conclusão de centros já iniciados, ainda não houve nenhuma liquidação de empenho, ou seja, quando o Paço confirma que serviço ou etapa dele foi concluída. Também não houve pagamento. Na ocasião, a SME informou que as obras teriam início após fase de certificação e emissão das ordens de serviço.&nbsp;

A superintendente acrescenta que há unidades “em construção, licitados, empenhados, outros em fase adiantada”. O quantitativo de vagas, entretanto, será informado pela pasta “conforme a obra fica mais próxima de inaugurar”. As obras são tidas como uma possível solução para a falta de vagas. O POPULAR mostrou em dezembro passado que a expectativa da pasta é que até o final deste ano sejam entregues 12 novos Cmeis, com abertura de 2,5 mil vagas.&nbsp;

Uma das obras paralisadas é a do Parque Atheneu, iniciado em 2014. A intervenção está em fase de licitação para retomada.

Cmeis abrem matrículas em Goiânia e pais vão para espera

Educação

O programa piloto Jornada para o Futuro, que vai oferecer curso técnico inédito no país de Desenvolvimento Web e Cyber Security a alunos do ensino médio da rede estadual de ensino em Goiás, deve ser lançado neste mês pelo estado. A iniciativa tem objetivo de permitir que os alunos concluam o ensino médio já com diploma do curso técnico, favorecendo sua entrada no mercado de tecnologia, no qual a demanda é crescente e os salários estão entre os melhores oferecidos atualmente.

O programa é realizado por meio de uma parceria das Secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), responsável pelas Escolas do Futuro de Goiás (EFGs), e de Educação (Seduc), responsável pelos Centros de Ensino em Período Integral (Cepis).

“O projeto piloto cria um curso inédito no país, ou seja, um curso que não compõe o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Portanto, após avaliação do curso e validação no MEC, teremos como debater a possibilidade de expansão para novas regiões do estado”, explica a Seduc.

Titular da Secti, José Frederico Lyra Netto adianta tratar-se de programa piloto pelo caráter inovador, observando que as boas práticas recomendam esse formato inicial, a partir do qual se pode ajustar, modificar e expandir na rede. “É um novo formato de curso, estamos construindo um novo currículo, um novo desenho, olhando para as novas demandas tecnológicas do mercado”, comenta.

Serão ao todo 14 unidades escolares em tempo integral, que ficam em Goiânia, Trindade, Itumbiara, Aparecida de Goiânia, Silvânia, Piracanjuba, Rubiataba, Palmeiras de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Mineiros e Novo Gama.

A Seduc salienta que, como o projeto será desenvolvido em escolas de tempo integral, além da chance de se tornarem profissionais técnicos, os estudantes podem manter o foco em ingressar nas universidades públicas por meio do Enem, já que a formação geral básica também é ampliada nessas escolas.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/quase-40-mil-criancas-est-o-na-fila-por-vaga-em-creche-em-goias-1.3083503" target="_blank">Quase 40 mil crianças estão na fila por vaga em creche em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/apos-mais-de-40-dias-greve-dos-servidores-da-educac-o-de-goiania-e-suspensa-1.3083287" target="_blank">Após mais de 40 dias, greve dos servidores da Educação de Goiânia é suspensa</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/matriculas-para-colegios-estaduais-de-goias-comecam-nesta-segunda-feira-1.3082873" target="_blank">Matrículas para colégios estaduais de Goiás começam nesta segunda-feira</a></div>

Dentro do novo programa, os estudantes das unidades escolares selecionadas farão a formação geral básica concomitantemente com o curso técnico em Desenvolvimento Web e Cyber Security. Isso significa que, ao concluir o ensino médio, esses jovens estarão qualificados profissionalmente para ingressar no mercado de trabalho.

Segundo a Secti, o programa alcança, a priori, os alunos que entrarão no ensino médio dessas unidades a partir de 2024. Porém, os alunos que já estão cursando o ensino médio nestas unidades também poderão optar por fazer módulos da formação técnica, tendo ao final os certificados dos módulos realizados e a oportunidade de complementar e concluir o curso, garantindo o diploma depois que concluir o ensino médio.

Parcerias

Para desenvolver o programa piloto, as secretarias estaduais têm como parceira a Fundação Telles, cujo foco é dar oportunidade a jovens de famílias de baixa renda. “Priorizamos iniciativas que gerem alto impacto na vida das pessoas beneficiadas, esperamos que estes jovens se tornem agentes de transformação em suas comunidades”, diz o site da organização. Acesso ao trabalho na economia digital é um dos critérios para acolher projetos.

Netto cita também a participação do Instituto Sonho Grande, que trabalha em colaboração com estados e terceiro setor para a melhoria da qualidade do ensino das redes públicas. O projeto, reforça o secretário, foi desenhado com intuito de promover a capacitação e formação profissional de jovens em vulnerabilidade econômica e social.

“Esse programa tem o potencial de impactar na mobilidade social das famílias goianas. Se conseguirmos despertar em uma menina ou menino o interesse por tecnologia, o interesse por programação, ao dar uma boa formação nesta área, a sua inclusão no mercado de trabalho é praticamente garantida. Daqui um tempo estes alunos estarão no mercado de trabalho, elevando a renda de toda a sua família”, afirma ele.

“A via do ensino técnico é muito promissora, mais rápida, um ano e meio, dois anos, prática, voltada ao que o mercado precisa e ainda pouco explorada no Brasil”, comenta o titular da Secti. Para ele, persiste no Brasil “um preconceito infundado” sobre o ensino técnico e diz que “não é assim em países desenvolvidos”.

Exemplo de que o ensino técnico e profissionalizante, principalmente na área de tecnologia e inovação, é uma aposta bem-sucedida, são as próprias EFGs, lembra Netto. Entre 2019 e 2023, mais de 42 mil matrículas foram realizadas.

As EFGs oferecem educação profissional para jovens dos ensinos médio e superior e pessoas que procuram recolocação profissional ou querem empreender. Entre os cursos oferecidos pelas EFGs, estão Aprendizado da máquina (Machine learning), relacionado a inteligência artificial (IA), e Desenvolvimento Web e Mobile, e 58 cursos de capacitação e qualificação de menor carga horária.

Rede estadual de ensino em Goiás terá curso inédito

Economia

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Qualificação

A rede estadual de ensino de Goiás deve ter 16 mil novas vagas de período integral até o próximo ano a partir da adesão do estado ao Programa Escola em Tempo Integral, do Governo Federal. Nas redes municipais, 166 das 246 cidades, ou 66%, também aderiram. A política visa a ampliar as matrículas nas escolas de educação básica em todo o Brasil, a partir de uma contrapartida da União aos estados e municípios.&nbsp;

O ministro da Educação, Camilo Santana, esteve em Goiânia na manhã desta terça-feira (5), ao lado do governador Ronaldo Caiado, para assinar o protocolo de formalização da adesão do estado a três programas do Ministério da Educação (MEC). Além deste, voltado às escolas de tempo integral, o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica e o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada.

No estado, ao menos 35 mil estudantes do ensino médio estão matriculados em unidades de tempo integral, e cerca de 32 mil nos anos finais do ensino fundamental, num total de mais de 67 mil alunos. Conforme a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a meta do programa do MEC, ou seja, o quantitativo máximo de novas matrículas, é cerca de 16,4 mil na rede estadual.&nbsp;

O total de vagas contabiliza também as criadas antes da lei de 31 de julho, que instituiu o programa. Dessa forma, as matrículas criadas desde janeiro também são calculadas para o cumprimento da meta. Até 15 de outubro, a Seduc e 166 secretarias municipais podem definir o quantitativo a ser aberto em 2023 e 2024.&nbsp;

Durante a cerimônia desta terça-feira, realizada na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Camilo Santana cobrou aos outros 80 municípios para que façam a adesão ao programa. “Queria pedir para os outros 33% aderirem. Não é obrigado o município (aderir), (mas ele pode fazer) a adesão e ir fazer o planejamento dele. Vamos repassar 50% dos recursos já neste ano.”

O ministro apontou ainda, ao apresentar o Programa Escola em Tempo Integral, que “estudos e evidências demonstraram que uma escola onde o aluno passe o dia inteiro, faça atividades extracurriculares, um curso profissionalizante” oferece mais chance de ingresso na universidade e de ocupação no mercado de trabalho, além de reduzir índices de violência na juventude e de evasão e abandono escolar.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/economia/prefeitura-de-goiania-anuncia-convocac-o-de-mais-de-400-aprovados-em-concurso-da-educac-o-1.3062985" target="_blank">Prefeitura de Goiânia anuncia convocação de mais de 400 aprovados em concurso da educação</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/certificado-de-vacinac-o-para-matricula-de-estudantes-com-menos-de-18-anos-passa-a-ser-obrigatorio-em-goias-1.3062971" target="_blank">Certificado de Vacinação para matrícula de estudantes com menos de 18 anos passa a ser obrigatório em Goiás</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/orf-os-da-covid-podem-ter-prioridade-nas-vagas-em-cmeis-de-goiania-1.3062182" target="_blank">Órfãos da Covid podem ter prioridade nas vagas em CMEIs de Goiânia</a></div>

Na cerimônia, o governador sinalizou que o programa estadual Bolsa Estudo, que concede bolsa de R$ 111,92 a alunos do ensino médio, deveria ser reajustado aos alunos de escolas de período integral. “Muitas vezes (eles) ficam no ensino regular, (às vezes até) desejam ir ao ensino integral, mas alegam que precisam dar um apoio ao pai e à mãe”, relata.

Titular da Seduc, Fátima Gavioli aponta que o programa “está começando pequeno, mas é um começo”. Além disso, acrescenta que, caso encontre “respaldo e seriedade dos gestores, dentro de 10 anos Goiás pode ter mais das metades das escolas de tempo integral, nos municípios e estado.” A rede estadual conta, hoje, com pouco mais de mil escolas, sendo ao menos 252 de tempo integral.

Fátima destaca ainda que a “ampliação de escolas de tempo integral em Goiás não é fácil de ser implantada, pois algumas famílias preferem que os filhos no ensino médio comecem a trabalhar e aí essa criança começa a trabalhar mesmo não tendo idade para tal, e pode ser mesmo um trabalho doméstico.” “Nós temos pesquisas que mostram que em Goiás temos famílias em que um dos responsáveis trabalha e o outro está em casa durante o dia, e mesmo assim eles tiram o filho da escola integral.”

A secretária defende ainda que, agora, o “governo vai inverter isso, vai pactuar com os prefeitos”. “Quem sabe se a gente começar a educação integral com os pequenos, quando ele chegar ao ensino médio, ele estará adaptado a esta escola de tempo integral?”.&nbsp; 
Vale lembrar que o programa segue a meta 6 do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, que visa que, até o próximo ano, 25% das matrículas sejam no período integral.

Para garantir o cumprimento de uma das 20 metas do plano decenário, o MEC precisa garantir mais 3,2 milhões de matrículas em escolas de tempo integral. “O desafio é enorme”, garante Santana. Por ano, o programa irá destinar R$ 4 bilhões a todos os estados e municípios. Mas ainda não há a definição do quantitativo exato, visto que a fase de pactuação de vagas segue em aberto até outubro. “O valor total será calculado de acordo com o valor referência por aluno da rede”, informa o ministério.

Alfabetização 
O programa Compromisso Nacional Criança Alfabetizada foi aderido pelo Governo de Goiás e pelos 246 municípios goianos. A ideia é garantir, por meio de políticas educacionais subsidiadas pela União, que todas as crianças estejam alfabetizadas até o final do 2º ano do ensino fundamental. Programa semelhante ocorre no estado desde 2021, o AlfaMais. Conforme Fátima Gavioli, o estado direcionou R$ 32 milhões em recursos em 2022.

“A Seduc em parceria com os 246 municípios tem um trabalho coletivo e de cooperação técnica para produzir material, formar os professores da alfabetização. Agora o governo federal vai nos dar um aporte financeiro. Até então a gente fazia por conta própria.” A secretária de educação acrescenta que o valor destinado foi apenas para produção de material pedagógico e para formação de servidores.

Agora, com o programa, o governo federal irá entregar recursos financeiros aos entes federativos. “Estamos apoiando a contratação de dois coordenadores estaduais, regionais e cada município terá um coordenador, escolhido pelo município. Vamos bancar o pagamento de toda a formação, a governança desse projeto. Vamos bancar esse material (pedagógico). Vamos fazer avaliações de fluência, de leitura, e vamos bancar as avaliações”, descreve Camilo Santana.

O ministro da educação aponta ainda que a política educacional irá definir um prêmio nacional aos estados e municípios que tiverem maiores avanços na educação básica, além do MEC estar discutindo “com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um prêmio internacional para as melhores práticas na alfabetização”. “Isso é um estímulo, um conjunto de ações”, conta.

“Nós tínhamos cerca de 49% das crianças que não tinham leitura adequada ao final do 2º ano e isso agravou com a pandemia, em que 61,3% (das crianças) não tem leitura adequada, ler e escrever. Se ela não aprende a ler e escrever, a cada ano aumenta a distorção idade-série, aumenta a evasão, reprovação, abandono”, finaliza.

 
Estado tem 120 obras que podem ser retomadas

Goiás tem 120 obras paralisadas ou inacabadas que podem ser retomadas com o Pacto Nacional pela Retomada de Obras da Educação Básica. Ao todo, serão direcionados R$ 103 milhões da União ao estado e municípios. Até o momento, no entanto, apenas 76 obras foram repactuadas. O prazo se encerra neste domingo (10).&nbsp;

O POPULAR mostrou no dia 5 de agosto que as 120 obras em escolas das redes municipais e estadual abrangem 77 municípios, com intervenções que começaram entre 2007 e 2016. O quantitativo foi levantado por meio das obras que receberam recursos federais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e que não foram finalizadas.&nbsp;

Com a portaria de julho, que regulamentou o programa, ficaram definidas as obras que podem ser repactuadas. As obras são para abertura de unidades de ensino infantil, fundamental e profissionalizante, além de quadras e coberturas.&nbsp;

No estado, 78 intervenções são da rede municipal e 42 da rede estadual, conforme os dados levantados por meio do Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação (Simec). Os municípios com maior quantitativo são Novo Gama (7), Padre Bernardo (5), Planaltina (5), Águas Lindas de Goiás (4) e Itapuranga (4).

“Antes de começar obra nova, vamos resolver esse estoque passado. E a grande novidade está aqui. Como que o prefeito vai acabar obra que está no mesmo valor de anos atrás? A medida provisória (que implantou o programa), que vai ser aprovada como lei essa semana no Congresso Nacional, é permitir que as obras sejam atualizadas nos valores de hoje”, pontua o ministro da educação, Camilo Santana.