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Escolas voltam às aulas 100% presenciais em Goiás

Instituições de ensino mantêm programação mesmo com aumento de casos de Covid e gripe. Infectologista afirma que situação é preocupante, mas vacina tende a atenuar riscos

Escolas voltam às aulas 100% presenciais em Goiás

(Marcos Santos/Fotos Públicas)

O retorno presencial das aulas em 2022 não terá muita diferença do que os alunos já experimentaram na retomada do ano passado. A mudança principal é que, agora, 100% dos estudantes voltam juntos à sala de aula. As outras regras, como uso de máscara, higienização das mãos e manutenção de distanciamento continuam valendo. O aumento dos casos de influenza e Covid-19 não interferem nesta volta, mas os representantes das redes de ensino dizem que os pais devem ter consciência e não mandar seus filhos para as unidades escolares em caso de sintomas gripais ou contato com pessoas que testaram positivo.

Presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Flávio Castro afirma que as unidades estão preparadas e que a portaria que permite a volta presencial, assinada pela secretária Fátima Gavioli no dia 4 de janeiro, determina que as regras contra a pandemia devem ser seguidas à risca. "Ainda não saímos da pandemia e todos sabem o que é necessário ser feito. Pela volta no ano passado, percebemos que a escola é um local seguro e será necessário manter a disciplina para termos aulas presenciais sem riscos para alunos, professores, funcionários e familiares."

Flávio também é presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiás (Sepe-GO) e diz que, neste caso, não terá diferença. Sobre a data de retorno, ele explica que as unidades possuem liberdade para definição da data da retomada, desde que obedeçam ao mínimo de 200 dias letivos. As que optam por começar depois podem ajustar os horários para atender à regra. "No geral, o que percebemos foi que o ambiente escolar é seguro e importante para as crianças e adolescentes. Esperamos que até a próxima semana o efeito dos encontros de Natal e Réveillon passe e tenhamos menos casos registrados."

Presidente da Associação das Instituições Particulares do Estado de Goiás (Aipeg), Eula Wamir reforça que o retorno às aulas em 2022 não terá novas regras para alunos e entende que não haverá grandes problemas para. "Ano passado foi tranquilo, com as famílias colaborando. Tivemos poucos casos positivos, que vieram de fora das escolas, mas que foram bem conduzidos pelas comunidades escolares. As escolas são ambientes de disciplina, de organização, e nestes locais não houve disseminação de casos."

Eula entende que com mais variantes circulando, certamente as escolas redobrarão os cuidados. "Mas não são necessárias novas regras, mas cumprir o que já vinha sendo cobrado e contar com a colaboração das famílias." A presidente da Aipeg ainda destaca que a vacinação de professores e funcionários, assim como de muitos adolescentes, é importante para a retomada. "Acompanhamos os dados e percebemos que poucas pessoas têm agravamento do quadro e acreditamos que é por conta da vacina. Esperamos o momento em que as crianças também possam ser vacinadas porque acreditamos que a vacina é importante neste momento."

SES-GO

Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) informou ao POPULAR que as aulas presencias estão autorizadas sob a Nota Técnica nº 9, de setembro do ano passado, segue em vigor no Estado. O documento dispõe sobre as medidas sanitárias para retorno das atividades escolares, entre elas, de distanciamento e uso de máscara.

A SES-GO também informou na nota que essas deliberações são importantes para subsidiar os municípios na elaboração de ações, baseadas, sobretudo, na prevenção e orientação epidemiológica, já que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) dá autonomia para que cada município tome as próprias decisões com relação ao enfrentamento da pandemia da Covid-19, incluindo volta às aulas.

Rede estadual começa dia 19

As escolas estaduais retomam as aulas no dia 19. A superintendente de Organização e Atendimento Educacional da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Patrícia Coutinho, afirma que todas as unidades estão preparadas para o retorno de todos os alunos às salas de aula e que, desta vez, não haverá flexibilização para que alunos, que porventura não se sintam seguros em retornar presencialmente, acompanhem de maneira remota. "As escolas estão prontas e preparadas. A escola é um local seguro e esperamos todos os alunos na modalidade presencial."

Patrícia Coutinho destaca que a decisão leva em conta várias questões, mas que a convivência e o aprendizado coletivo estão entre os mais importantes. "Adquirimos ainda no ano passado, máscaras para professores e alunos, álcool, protetores faciais, termômetros e tudo mais que é necessário. Agora os alunos poderão estar presencialmente, aprender com a dúvida do colega, interagir e ter mais relações com seus pares. Com certeza será bom e importante para todos."
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que, atualmente, a previsão de retorno das aulas em Goiânia é para o dia 19 de janeiro. A pasta também reforça que, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), avalia diariamente o cenário epidemiológico da Covid-19 na capital e esclarece que seguirá as normas técnicas elaboradas pelas autoridades em saúde da capital.

Vacina infantil deve reduzir preocupação

A retomada das aulas neste início de ano, quando os casos de Covid-19 e de influenza aumentaram consideravelmente é motivo de preocupação, segundo o infectologista Boaventura Braz de Queiroz. Ele destaca, no entanto, que existem fatores que podem minimizar esta preocupação, como a ampliação da vacinação, inclusive com a previsão de imunização de crianças de 5 a 11 anos a partir da próxima semana. "Se pensarmos se é um motivo de preocupação (volta às aulas 100% presenciais), eu digo que com certeza é. O lado negativo é que as crianças ainda não estão vacinadas, mas com a previsão de início em breve, isso fica menos preocupante."

Além disso, o infectologista ressalta que o impacto emocional, psicológico e comportamental dos meses de aulas remotas e distantes dos colegas e professores foi muito negativo. "O que precisamos é que os protocolos sejam cobrados pelas autoridades e seguidos pelas comunidades escolares. Sabemos da importância da aula presencial e para que isso seja mantido, todo mundo tem de fazer a sua parte."

O médico infectologista diz que os consultórios estão novamente lotados, mas que as UTIs ainda não estão lotadas. "Isso tudo é reflexo da vacinação. Com pais, professores, funcionários e demais pessoas vacinadas, temos este dado. Mas relembro que essas pessoas devem procurar os postos para tomar a dose de reforço. Não podemos deixar a imunidade cair, isso significa aumentar casos mais sérios." Ele comenta que recentemente atendeu paciente em situação grave que se recusou a tomar o reforço. "Isso é sabido, é comprovado. Se chegou a sua hora, vai lá e toma o reforço. Por enquanto, a Ômicron tem se comportado como doença benigna, sem evolução, mas não podemos deixar os índices caírem."

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Alerta de tempestade com rajadas de vento é lançado para Goiás; veja regiões mais afetadas

Chuva intensa pode acontecer com rajadas de vento de até 60 km/h. Há risco de alagamentos

Alerta de tempestade com rajadas de vento é lançado para Goiás; veja regiões mais afetadas

(Wildes Barbosa/O Popular)

Goiás tem alerta de chuvas intensas com formato de tempestade para este final de semana. A previsão, segundo a coordenadora do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet-GO), Elizabete Alves Ferreira, é de pancadas isoladas com volume entre 20 e 30 milímetros por dia, além de rajadas de vento e raios. As regiões mais afetadas são o norte, nordeste e noroeste do estado. Há risco de alagamentos.

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Conforme Elizabete, a chuva em Goiás é causada devido à combinação de calor e umidade. Em todo o estado, a umidade do ar deve ficar entre 50% e 95%, enquanto as temperaturas máximas podem ultrapassar os 30ºC.

Tem abertura de sol e com a umidade acaba ocasionando essas pancadas de chuva no período da tarde, por isso nós [Inmet] colocamos esse alerta para toda a parte região norte do estado", explicou a meteorologista em entrevista ao POPULAR.

A chuva intensa pode causar alagamentos em alguns municípios, enquanto as rajadas de vento, que podem chegar aos 60 km/h, a queda de árvores e galhos.

"Pode acontecer alagamento em cidades que tenham pontos de alagamentos, como Porangatu e São Miguel do Araguaia. Se for uma chuva de 10 mm em 10 minutos enche bem rápido, então a gente pode ter sim essa condição de alagamento", detalhou.

De acordo com o boletim informativo do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), os municípios que devem ser mais afetados pela chuva são:

  • Ipameri
  • Porangatu
  • Três Ranchos
  • Morrinhos
  • Formosa
  • Santa Helena
  • Pirenópolis
  • Cocalzinho de Goiás
  • São Miguel do Araguaia
  • Elizabete ainda explicou que, inicialmente, o alerta é válido para as regiões norte, nordeste e noroeste de Goiás, porém pode se estender a partir da próxima segunda-feira para as outras regiões, atingindo, inclusive, a Grande Goiânia. Mas ressalta que, mesmo sem alerta, os moradores da capital podem ser surpreendidos com chuvas rápidas e isoladas entre esta sexta (11) e domingo (13).

    Portanto, a orientação do Inmet para todo o estado é:

  • Em caso de rajadas de vento, não se abrigue debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas;
  • Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda
  • Evite usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada;
  • Obtenha mais informações junto à Defesa Civil (199) e ao Corpo de Bombeiros (193).
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    Mãe recebe alta e vai ao enterro das filhas que morreram em acidente de ônibus

    Devido ao estado de saúde da professora e a complexidade do transporte dos corpos para Goiás, Laura e Lorena foram sepultadas em Araguari, Minas Gerais

    Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

    Laura Costa de Negreiros, de 6 anos, e Lorena Costa de Negreiros, 2, estão entre os 11 mortos no acidente (Divulgação/PMR-MG e redes sociais)

    A mãe das crianças que morreram em um acidente de ônibus , que saiu de Goiás e tombou em uma rodovia de Minas Gerais, recebeu alta e conseguiu acompanhar o enterro delas na manhã desta quinta-feira (10). A professora Luana Costa estava internada com o bebê de 6 meses, no Hospital Universitário Sagrada Família (Husf), em Araguari (MG). Ela e o filho estão entre os 36 feridos no acidente.

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    De acordo com a secretária de saúde de Minas Gerais, Thereza Cristina Griep, Luana e o filho estavam internados desde a terça-feira (8) no hospital universitário. Ela passou por uma cirurgia na clavícula nesta quarta e recebeu alta pouco antes do enterro das filhas, às 10h desta quinta. O bebê também foi liberado.

    A família, que viajava para São Paula onde visitariam os pais de Laura, é moradora de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, mas segundo a tia das meninas, Nataly Negreiros, o sepultamento aconteceu em Minas Gerais, devido ao estado de saúde de Luana e a dificuldade no traslado dos corpos de Laura e Lorena Costa de Negreiros, de 6 e 2 anos, para Goiás.

    Luana acabou de receber alta e não teria como ir se fosse em Trindade. Além de a locomoção dos corpos ser muito delicada por conta do estado em que estavam. Então, a família foi para lá [MG]", detalhou a tia.

    Comoção

    Luana era professora de uma escola particular de Trindade, que divulgou uma nota de pesar e informou que Laura foi aluna da unidade.

    Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas", escreveu a direção (veja íntegra da nota ao final desta reportagem).

    A Prefeitura de Trindade também publicou e enviou para a reportagem um comunicado de pesar. "Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade" (veja íntegra da nota ao final deste texto).

    Tragédia

    Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

    Imagens do ônibus tombado na rodovia (Divulgação/Polícia Militar Rodoviária)

    Laura e Lorena estão entre os 11 mortos na tragédia. Todas as vítimas viajavam em um ônibus da empresa Real Expresso, aconteceu por volta das 3h30 de terça-feira (7), a cerca de 25 quilômetros de Araguari na região do Triângulo Mineiro, em Minas Gerais.

    Segundo a polícia, o veículo havia partido de Anápolis (GO) às 20h30 da última segunda-feira (6), com destino a São Paulo. Antes fez paradas em Goiânia e Caldas Novas. Uma outra parada estava programada para Araguari, cidade mineira, às 2h20.

    A Polícia Militar Rodoviária de Minas Gerais (PMR-MG) relatou que o motorista afirmou ter passado por um radar na MG-413 dentro da velocidade permitida, cerca de 150 metros antes do trevo onde ocorreu o tombamento. Em seguida, ele disse ter visto um vulto no retrovisor e, ao tentar evitar um possível choque, freou bruscamente, fazendo o ônibus colidir com o canteiro e capotar.

    O local, segundo o tenente do pelotão da PMRv, Marcelo Sousa, responsável pela área onde o veículo tomou a PMRv, o local não possui histórico de acidentes por estar equipado com radares. O motorista foi ouvido pela Polícia Civil de Minas Gerais (PC-MG) e liberado.

    A PC-MG informou nesta quarta que as investigações seguem em andamento "para esclarecer as causas do grave acidente envolvendo um ônibus de viagem, registrado na madrugada desta terça-feira (8/4), na rodovia AGR-0747, trecho da MG-223, em Araguari, no Triângulo Mineiro".

    Vítimas

    Segundo testemunhas, várias pessoas foram arremessadas para fora do veículo. Os feridos foram encaminhados a diversos hospitais da região, mas os nomes e estados de saúde não foram divulgados pelas autoridades. Segundo a secretaria de saúde da cidade, quase todos receberam alta, inclusive uma gestante que precisou de uma cirurgia de emergência. Apenas uma mulher segue em internada em estado grave.

    Sobrevivente

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    Thiago Rocha, de 41 anos, foi um dos sobreviventes do acidente com o ônibus da viação Real Expresso que tombou na MG-223, em Minas Gerais, segundo o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

    Thiago relatou que o ônibus entrou no trevo em alta velocidade e que, em poucos segundos, ele foi lançado da poltrona onde estava, mesmo usando cinto de segurança. Após recuperar os sentidos, ouviu gritos de socorro e, junto com outros passageiros, ajudou a quebrar os vidros de janelas para resgatar feridos.

    Eu travei. Comecei a chorar porque eu vi realmente como estava as pessoas. Pessoas em cima de pessoas, pedaço de braço, pedaço de perna. Então foi muito difícil. Foi uma cena bem forte, impactante. Eu já perdi a conta de quantas vezes caí em lágrimas daquela hora até agora", relatou ao POPULAR .

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    O acidente aconteceu por volta das 3h15 desta terça-feira (8) na rodovia MG-223, no Km 134, em Minas Gerais. Thiago Rocha minutos antes de entrar no ônibus, em Goiânia (Divulgação/PMRv e Arquivo pessoal/Thiago Rocha)

    Atrasos e excesso de velocidade

    undefined / Reprodução

    O sargente da Polícia Militar de Minas Gerais (PM-GO), Amador Júnior disse ao POPULAR que sobreviventes relataram que o motorista dirigia o ônibus em alta velocidade .

    Nesta quarta-feira (9), a empresa foi procurada pelo jornal O POPULAR para comentar sobre as denúncias de excesso de velocidade, mas não respondeu até a última atualização da reportagem.

    Por nota divulgada na terça-feira, a Real Expresso afirmou que o atraso na partida ocorreu dentro da normalidade, devido a paradas programadas. A empresa acrescentou que o ônibus havia passado por manutenção preventiva e corretiva, e o motorista estava descansado. A troca de condutor estava prevista apenas em Uberaba, a cerca de 170 km do local do acidente. A viação declarou não operar com motoristas em dupla, mas sim com substituições ao longo do percurso, para garantir a segurança dos profissionais.

    A empresa também informou que os discos do tacógrafo e as imagens das câmeras internas do veículo foram entregues às autoridades. Conforme a Real Expresso, o sistema de telemetria não identificou condutas fora dos padrões de segurança. Ainda assim, afirmou que tomará medidas cabíveis caso alguma irregularidade seja constatada. Desde o acidente, equipes especializadas foram mobilizadas para apoiar vítimas e familiares, com um canal de atendimento 24 horas disponível pelo número 0800 728 1992.

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), também por nota, lamentou o ocorrido e confirmou que o ônibus estava com toda a documentação e registros em dia para o transporte interestadual de passageiros. O veículo possuía seguro de Responsabilidade Civil (RC), Certificado de Segurança Veicular (CSV) válidos e cronotacógrafo aferido. A ANTT informou ainda que acompanha o caso junto a outros órgãos e instaurou um processo administrativo para monitoramento e apoio às investigações.

    Íntegra da nota da escola

    É com imenso pesar que comunicamos o falecimento das pequenas Laura e Lorena, filhas da nossa querida professora Luana, vítimas do trágico acidente com ônibus com destino a São Paulo, ocorrido na madrugada de hoje.

    Laura foi nossa aluna, o que torna essa perda ainda mais profunda e dolorosa para nós.

    "Que o sorriso delas seja lembrado como um raio de sol que aqueceu os corações de quem teve o privilégio de conviver com elas."

    Estejam orando pela família da nossa professora Luana, ela segue internada e vai passar por uma cirurgia, seu bebê Dante está bem!

    Íntegra da nota da Prefeitura de Trindade

    A Prefeitura de Trindade manifesta, com profundo pesar, sua solidariedade às vítimas do grave acidente ocorrido na madrugada desta terça-feira (08/04), na rodovia MG-223, entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro. A tragédia, que envolveu um ônibus da viação Real Expresso, deixou 11 mortos e dezenas de feridos, causando grande comoção em todo o país.

    Entre as vítimas fatais, infelizmente, estão duas crianças trindadenses, de apenas 2 e 6 anos de idade. Uma perda irreparável que atinge de forma dolorosa toda a nossa cidade.

    O prefeito de Trindade Marden se solidariza com os familiares neste momento de imensa dor e tristeza, e reforça o compromisso da gestão municipal em prestar todo o apoio necessário às famílias enlutadas. Que Deus conforte os corações de todos os que sofrem com esta tragédia.

    Prefeitura Municipal de Trindade

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    Ex-aluno é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de professora

    Ele também responde por lesão corporal grave e ameaça contra o filho da professora, com pena total de 21 anos e 9 meses de prisão

    Professora atuava na educação há quase 40 anos.

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    O ex-aluno Henrique Marcos Rodrigues de Oliveira foi condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato da professora Cleide Aparecida dos Santos . Por ter esfaqueado o filho dela, Anício Nonato da Silva Júnior, Henrique vai responder por mais um ano e nove meses de reclusão. Somadas as penas, o ex-aluno foi condenado a 21 anos e nove meses de prisão e um mês e 15 dias de detenção - que pode ser cumprido em regime semiaberto ou aberto.

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    Henrique foi levado a júri popular nesta quarta-feira (9) , no Fórum de Inhumas, município que fica na Região Metropolitana de Goiânia. De acordo com a sentença, o ex-aluno responde por homicídio qualificado - crime cometido contra Cleide - lesão corporal grave e ameaça - contra Anício.

    O POPULAR tentou contato com a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), que representa o acusado, por e-mail, para saber se a defesa vai recorrer da sentença e qual o posicionamento inicial, mas não obteve retorno. Antes do julgamento, a defensoria informou que não comentaria o caso.

    Sobre o crime:

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    Professora atuava na educação há quase 40 anos. (Reprodução/Redes Sociais)

    Cleide foi assassinada na madrugada do dia 24 de agosto de 2022 , após ter a casa invadida por Henrique, que fica no Bairro Anhanguera, em Inhumas. Conforme a investigação, o rapaz confessou ter matado a professora como forma de vingança por ela o repreendê-lo por mau comportamento, incluindo a venda de drogas, enquanto estudava na escola em que ela era gestora.

    As desavenças teriam começado anos após Henrique deixar o Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, em Inhumas, unidade de ensino fundamental gerida por Cleide. Conforme apurou o POPULAR , o homem foi aluno do local em 2014, quando conviveu com a educadora. Mesmo após a saída, no entanto, a convivência indireta foi mantida, já que a casa de Henrique Marcos fica a duas quadras do colégio.

    No entanto, na época do crime, a professora já não estava trabalhando na unidade próxima à residência de Henrique Marcos. Conforme registro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Cleide estava atuando como professora assistente no Centro de Ensino em Período Integral Horácio Antônio de Paula, que fica a mais de três quilômetros da casa do homem acusado pelo assassinato e da escola em que o desafeto teria surgido.

    Segundo a denúncia do Ministério Público, Henrique Marcos confessou à Polícia Militar (PM) que consumia e vendia drogas perto e até dentro da escola, situação que fazia com que Cleide o advertisse frequentemente. Isso teria feito com que ele criasse um ressentimento por ela e o desejo de vingança . Além disso, no dia anterior ao homicídio, Henrique tentou invadir a casa de Cleide, mas foi interrompido pelo filho dela, que acionou a polícia. Porém, na madrugada do dia 24, Henrique voltou, quebrou a porta e invadiu a casa.

    De acordo com a polícia, ele esfaqueou Cleide com aproximadamente 17 golpes enquanto ela tentava fugir, e também esfaqueou o filho dela, que tentou protegê-la. Cleide chegou a ser levada a uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu. Um vídeo mostra o ex-aluno fugindo da casa da professora após matá-la (assista abaixo).

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    Presidente do Goianésia chegou a receber proposta de até R$ 500 mil de comissão para interferir em resultados do time

    Segundo ele, investigado ofereceu pagamentos também por indicações de outros clubes. Pelo menos seis pessoas foram presas durante cumprimentos de mandados em seis estados

    Delegado Marco Antônio Maia disse que foi procurado por aliciador de esquema criminoso (Divulgação/PC-GO e redes sociais)

    Delegado Marco Antônio Maia disse que foi procurado por aliciador de esquema criminoso (Divulgação/PC-GO e redes sociais)

    O presidente do Goianésia Esporte Clube e delegado de polícia Marco Antônio Maia contou que chegou a receber uma proposta de quase R$ 500 mil para interferir nos resultados do time. Ele foi autor da denúncia que deu início à Operação Jogada Marcada , da Polícia Civil de Goiás (PC-GO). Marco Antônio, que dirigiu o time de 2018 a 2024, lembra que os valores ofertados pelo suspeito variavam bastante e eram "altos".

    Foram tantos valores... que variavam bastantes as ofertas. Tinham época que era R$ 300 mil, R$ 400 mil, R$ 500 mil...", recorda o delegado.

    O POPULAR não conseguiu contato das defesas dos suspeitos até a última atualização desta reportagem.

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    A operação policial foi deflagrada na quarta-feira (9) e investiga uma suposta organização criminosa que seria especializada na manipulação de resultados em partidas de futebol. De acordo com a polícia, a apuração aponta para fraudes que podem ter movimentado cerca de R$ 11 milhões, inclusive por meio de plataformas de apostas digitais.

    O delegado, que coordena a operação, Eduardo Gomes, indicou que o suposto investigado ao procurar o time goiano tinha a intenção de aliciar primeiramente os clubes da Série D do Campeonato Brasileiro e depois avançar para as demais divisões dos campeonatos, por meio de indicações de dirigentes.

    Por coincidência, o telefone do presidente consta como se fosse a secretaria. Então, provavelmente, esse aliciador acessou o site do Goianésia, pegou o telefone do presidente sem saber se ele seria um delegado de polícia", suspeita o delegado.

    Nesse esquema, a polícia investiga o envolvimento de jogadores, treinadores e dirigentes de times. Ao todo, foram cumpridos 16 medidas judiciais, entre as quais mandados de prisão e de busca e apreensão em seis estados brasileiros: Goiás, Paraíba, Ceará, Espírito Santo, Maranhão e Pernambuco.

    Delegado Eduardo Gomes, responsável pela Operação Jogada Marcada, em Goiás (Diomício Gomes/O Popular)

    Delegado Eduardo Gomes, responsável pela Operação Jogada Marcada, em Goiás (Diomício Gomes/O Popular)

    A polícia relatou que desses presos: dois são suspeitos de serem aliciadores; um ex-jogador; um árbitro (D'Guerro Xavier, da Paraíba); um ex-presidente de clube (Ivan Barros, do Crato-CE) e um financiador.

    Conforme Marco Antônio, a investigação PC de que uma organização manipulava resultados no futebol começou em 2023, embora ele tenha sido procurado pelo suspeito em 2021, quando ele revelou que registrou uma denúncia ao Ministério Público de Goiás (MP-GO). Contudo, ele acredita que devido ao período da pandemia de Covid-19, a denúncia não teve andamento dentro do órgão.

    O POPULAR entrou em contato com o MP-GO, por e-mail, às 7h45, para obter informações sobre essa primeira denúncia feita pelo dirigente, mas apenas recebeu um aviso automático de que a demanda será respondida no horário de expediente: entre 12h e 19h. Na quarta-feira (9), órgão chegou a responder que nesta atual operação "não tem nenhuma relação" (veja íntegra da nota ao final deste texto).

    Em Goiás

    Ao POPULAR , o dirigente e policial revelou que as manipulações que lhe foram sugeridas poderiam alcançar até R$ 1 milhão e envolviam desde a quantidade de cartões aplicados a jogadores até os resultados das partidas --- como vitória, empate ou derrota --- além do número de gols marcados.

    Esses valores dependiam muito do tanto que eles conseguiriam arrecadar", pontuou Marco Antônio.

    Além das "comissões" por resultados dos jogos, o delegado relatou que o investigado prometia ainda pagamentos extras por indicações de outros times, que aceitassem entrar no esquema. O delegado disse que uma vez que o dirigente topasse fazer parte da organização receberia também valores financeiros. "Só que acabou que não indiquei ninguém", frisa Marco Antônio.

    Imediatamente, eu procurei a direção da PC-GO. Como eu era presidente de um clube e delegado, para dar total transparência às investigações e imparcialidade, optei por não dar continuidade às investigações e repassar para a delegacia. Fui ouvido como testemunha, fiz a ocorrência e juntei todo o material que tinha", apontou Marco Antônio.

    Entenda a investigação

    Presidente executivo do Goianésia entre 2018 e 2024, Marco Antônio Maia disse que não atuou diretamente na investigação, mas acompanhou o caso de perto por conta da sua gestão do clube.

    Eu tenho capacidade técnica e jurídica para fazer a investigação, mas sempre pautando pela transparência... eu nunca fiz uma investigação contra esse pessoal", explicou o delegado sobre ser testemunha no caso.

    A situação do delegado é semelhante com as denúncias feitas pelo presidente do Vila Nova e major da Polícia Militar de Goiás (PM-GO), Hugo Jorge Bravo, que resultaram na Operação Penalidade Máxima, iniciada em fevereiro de 2023.

    Por coincidência, tem vários dirigentes esportivos brasileiros que são policiais, mas aqui em Goiás eles deram azar que era logo eu no Goianésia e o Hugo no Vila, o que repercutiu. O Hugo é meu amigo pessoal. Ele já sabia dessa operação, eu contei para ele, trocamos informações", revelou Marco Antônio.

    Print com o nome de um dos grupos usados pelos investigados suspeitos de manipulação de jogos. Mandados foram cumpridos em seis estados (Divulgação/Polícia Civil)

    Print com o nome de um dos grupos usados pelos investigados suspeitos de manipulação de jogos. Mandados foram cumpridos em seis estados (Divulgação/Polícia Civil)

    No entanto, para o delegado, muitos dirigentes não registram as denúncias por medo de represálias ou por não saberem lidar com a complexidade do problema. Entre 2023 e 2024, a Operação Penalidade Máxima chegou a investigar e indicar fraudes em jogos de diversos Estaduais e das séries A e B do Campeonato Brasileiro. Conforme a polícia, o esquema era aliciar jogadores para cometer pênaltis, receber cartões ou manipular resultado para favorecer apostas esportivas.

    São esses dois pontos. Primeiro, o Vila Nova e o Goianésia são dois times sérios, e a segurança jurídica que temos de poder fazer uma denúncia dessa, pois estamos acostumados a mexer com crime organizado. Isso é um crime organizado, com ramificações não só no Brasil, mas no mundo inteiro. É uma máfia", declarou o delegado.

    Ele ressaltou que clubes menores, como o Goianésia, são mais vulneráveis a esse tipo de abordagem por conta da limitação de recursos.

    Nesse caso aí, R$ 500 mil para o Goianésia é muito mais dinheiro do que chegar no Flamengo e oferecer R$ 500 mil. Na Copa do Brasil, só a premiação (do Flamengo) já é R$ 3 milhões. Aqui fica mais fácil porque, em tese, cairia em uma tentação mais fácil, mas não foi o que aconteceu com o Goianésia", afirmou o delegado.

    Para ele, essa investigação é a "ponta do iceberg ".

    (Coloborou Felipe Mateus Costa, do g1; e Luiz Felipe Mendes)

    Íntegra da nota do Goianésia Esporte Clube

    O Goianésia Esporte Clube vem a público manifestar seu total repúdio a qualquer tentativa de manipulação de resultados no futebol brasileiro.

    Em 2023, o presidente do Conselho do Goianésia, Marco Antônio Maia, recebeu uma proposta de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para que o clube participasse de um esquema de manipulação de partidas do Campeonato Goiano. Diante da gravidade do fato e do compromisso ético que temos com o esporte, ele imediatamente comunicou as autoridades competentes, contribuindo diretamente para o desencadeamento da Operação Carta Marcada, deflagrada nesta quarta-feira, 9 de abril, pela Polícia Civil.

    É importante ressaltar que, sendo também delegado de polícia, por questões de transparência e imparcialidade, Marco Antônio Maia optou por não conduzir pessoalmente a investigação, garantindo assim a integridade do processo.

    O Goianésia Esporte Clube reafirma seu compromisso com a ética, a honestidade e o respeito ao futebol brasileiro. O clube não compactua com nenhuma prática que prejudique a integridade das competições e continuará colaborando com as investigações para que todos os responsáveis sejam devidamente identificados e punidos.

    Seguimos firmes na defesa de um futebol limpo, competitivo e digno de sua torcida.

    Goianésia Esporte Clube

    Íntegra da nota do MP-GO

    O MPGO não tem nenhuma relação com a referida operação nem está acompanhando seus desdobramento. Portanto, não há nenhuma colocação a ser feito sobre o assunto.

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