Salvo por policiais penais de ser morto esfaqueado por um colega de cela na Casa de Prisão Provisória (CPP), no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, o auxiliar de costura Luiz Henrique Batista Maciel, de 28 anos, é acusado de ter participado da morte de outro detento, dois anos antes, quando estava custodiado no Presídio Estadual de Anápolis. Na última quarta-feira (3), agentes penitenciários impediram que Fabrício dos Anjos da Silva, de 21, matasse Luiz Henrique.O auxiliar de costura responde a um processo pela morte de Ícaro Antunes Gonzaga, aos 22 anos, encontrado enforcado no dia 18 de julho de 2020. Com ele na cela estavam além de Luiz Henrique mais quatro presos. Foram eles que chamaram os policiais penais alegando que o detento se matou. Porém, após alguns levantamentos iniciais, descobriu-se que um dos presos era desafeto dele e, posteriormente, os próprios colegas de cela admitiram que ele foi morto.Luiz Henrique também responde por uma tentativa de homicídio ocorrida em outubro de 2013 em Jaraguá. Ele teria confessado o crime, dizendo que o fez a mando de um traficante para quem devia dinheiro.Já Fabrício estava preso por ter matado uma pessoa e tentado matar outra durante uma briga em uma casa onde ocorria uma festa, em junho de 2020, em Aparecida de Goiânia. Ele foi preso em flagrante. O motivo teria sido uma desavença entre ele e um colega adolescente com as vítimas.Entenda o casoPoliciais penais flagraram Fabrício golpeando com um objeto cortando o corpo de Luiz Henrique e atiraram nele para conter a agressão. Os dois presos foram encaminhados a uma unidade de saúde para atendimento e não correm risco de morte.Em nota, a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) afirma que “foram tomadas as devidas providências em relação a ocorrência” e que a causa da tentativa de homicídio teria sido um desentendimento entre os detentos.A DGAP afirmou que Fabrício deverá responder por lesão corporal.Desde o dia 26, quando três presos foram mortos dentro da CPP, o sistema prisional tem passado por uma série de notícias negativas. No dia 27, um quarto detento foi morto. No dia 31, houve a fuga de Ismael e do colega. E no dia 3 de agosto, Fabrício teria tentado matar Luiz Henrique.