Um jovem de 18 anos denuncia ter sido impedido de realizar matrícula no curso de Medicina na Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), em Goiânia, após mudança no edital mesmo com lista de aprovados já divulgada. De acordo com a defesa do estudante, a lista de aprovados em segunda chamada foi divulgada no dia 30 de junho, porém o certame foi alterado no dia anterior, 29.No documento, a defesa de Daniel Castro dos Santos relata que, como a lista foi publicada, os familiares, amigos e o próprio vestibulando comemoraram a aprovação e se organizaram para efetivar a matrícula no dia 4 de julho, como constava no primeiro edital. Porém, na data marcada, foram informados pela secretaria que não haviam mais vagas para o curso.“Muitos participantes e familiares foram surpreendidos com a situação, ficaram emocionalmente abalados pelos abusos cometidos pela instituição de ensino e acabaram por sair aos prantos do local, com a frustração da negativa da vaga”, relatou o advogado Danilo Franco na ação judicial. Segundo ele, a universidade fez um “leilão” das vagas.Danilo descreve que na alteração, feita segundo ele pela “Pró-Reitoria de Graduação poucas horas antes da 2ª Chamada”, a universidade informou ter convocado três vezes o número de vagas. O advogado descreve essa situação como um “leilão” e afirma que isso fere as normas do Código de Defesa do Consumidor. De acordo com o defensor, o caso “desrespeita” os candidatos.A defesa ainda destaca que a família teve que pagar R$ 500 para inscrição no vestibular. Por isso, o jovem entrou na Justiça para pedir a anulação da modificação do edital e garantir o direito à matrícula de todos os candidatos convocados em segunda chamada. Além disso, ele pede uma indenização de R$ 40 mil por dano moral devido aos constrangimentos.DefesaO processo foi recebido pelo 6º Juizado Especial Cível de Goiânia na quinta-feira (28). A reportagem entrou em contato com a Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), que alegou não ter conhecimento desse processo por “não ter sido citado ainda”. O espaço segue aberto para posicionamento referente à denúncia.Leia também:- Concurso dos bombeiros: 550 vagas são destinadas a homens e 62 para mulheres- Ministério Público apura denúncias de suposta fraude em concurso da PMGO