Um homem de 30 anos foi preso, na última quinta-feira (29), suspeito de agredir e ameaçar sua mulher, em Planaltina, Entorno do Distrito Federal. De acordo com a vítima à Polícia Civil, o suspeito, que é ex-sargento do Exército Brasileiro, tinha o costume de espancá-la após discussões do casal. No dia 11 de dezembro, após uma briga, ele a teria agredido até ela perder a consciência e chegou a fraturar sua mandíbula. Antes da prisão, o homem teria debochado quando soube que havia uma medida protetiva contra ele.Segundo informações da Polícia Civil, o ex-sargento convivia há cerca de um ano com a mulher, de 26 anos, com quem tem uma filha de 4 meses. No dia 11, os dois estavam em um evento festivo com amigos quando começaram a discutir. O casal foi para casa e lá, conforme a polícia, ele agrediu a mulher com socos e chutes.A vítima compareceu à delegacia no dia seguinte, 12 dezembro. Ela apresentava “diversas lesões, por toda parte do corpo”. “Uma delas no rosto, em que era visível a lesão grave em seu maxilar. Após o atendimento, a vítima foi encaminhada para o hospital, onde ficou internada por alguns dias, devido às lesões, e se confirmou que a mandíbula estava com fratura completa”, detalhou a Polícia Civil.A vítima informou aos policiais que as agressões já eram rotina, e que o homem costumava espancar a mulher sempre que eles brigavam ou quando ele era contrariado.Passagens pela políciaDurante a investigação do caso, o ex-sargento ainda teria demonstrado descrença com as instituições, enviando mensagens para conhecidos dizendo que nada aconteceria com ele. “O agressor enviou uma mensagem, via rede social, a uma pessoa informando ter conhecimento da medida [protetiva para a vítima], e, em tom jocoso, disse que teria que ‘gastar com advogado’”.A Polícia Civil informou que o homem possui diversos registros policiais, dentre eles outra violência doméstica contra uma ex-companheira e uma infração em que desacatou e quebrou o braço de um policial, durante uma abordagem.O ex-sargento foi preso preventivamente pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Planaltina pelos crimes de lesão corporal grave, ameaça e violência psicológica contra a mulher. Eles estava em um chácara nas imediações de Planaltina.No entanto, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) entendeu que o suspeito também cometeu os crimes de descumprimento de medida protetiva de urgência e fraude processual.Uma vez que o nome do ex-sargento não foi divulgado, a reportagem não conseguiu localizar sua defesa.Leia também:<a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/homem-%C3%A9-preso-suspeito-de-esfaquear-a-ex-mulher-em-an%C3%A1polis-1.2586377" target="_blank">Homem é preso suspeito de esfaquear a ex-mulher, em Anápolis</a><a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/suspeito-de-matar-maquiadora-por-ci%C3%BAmes-vai-a-j%C3%BAri-popular-em-an%C3%A1polis-1.2585142" target="_blank">Suspeito de matar maquiadora por ciúmes vai a júri popular, em Anápolis</a>

Ex-sargento do Exército é preso suspeito de fraturar mandíbula de sua mulher, em Planaltina

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Matéria - Cidades

WEB STORIES ESTUDANTE GO-118

<img attr-cid="policy:1.3264945" attr-version="policy:1.3264945:1747427825" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3264945/ssece.jpg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Rodrigo da Costa Rodrigues, de 24 anos, era membro ativo da atlética de medicina, em Goianésia (Reprodução/Redes sociais)

O estudante de medicina Rodrigo da Costa Rodrigues, de 24 anos, morreu após se envolver em um <a href="https://opopular.com.br/cidades/motorista-morre-apos-bater-o-carro-de-frente-com-caminh-o-em-planaltina-dizem-bombeiros-1.3264741" target="_blank">acidente entre dois carros e um caminhão, em Planaltina, no Entorno do Distrito Federal (DF).</a> O jovem estava indo para um congresso em Formosa, segundo a família.&nbsp;

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O acidente aconteceu na manhã desta quinta-feira (15), na GO-118. O Corpo de Bombeiros informou, que conforme relato de testemunhas, um carro modelo Renault Sandero saiu de uma estrada vacinal e entrou na rodovia, sentido Planaltina.&nbsp;&nbsp;

Rodrigo, que estava conduzindo o carro modelo Chevrolet Celta no mesmo sentido, bateu na traseira do Renault, perdeu o controle da direção e invadir a pista contrária, ocasião em que colidiu de frente com o caminhão.&nbsp;

O jovem ficou preso às ferragens e morreu ainda no local. O caminhoneiro não precisou de socorro médico.

<img attr-cid="policy:1.3264946" attr-version="policy:1.3264946:1747427939" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3264946/WhatsApp Image 2025-05-16 at 16.13.43.jpeg?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Acidente aconteceu na GO-118, em Planaltina (Divulgação/Corpo de Bombeiros)

Já o motorista do Renault deixou o veículo estacionado na rodovia e fugiu, mas foi detido pela Polícia Militar (PM). De acordo com a PM, foi registrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) contra o condutor de 31 anos, por dirigir sem habilitação e fugir do local do acidente.&nbsp;&nbsp;

Por não ter o nome divulgado, O POPULAR não conseguiu localizar a defesa do suspeito para que pudesse se posicionar.

A área foi isolada, e os procedimentos de perícia foram realizados pelo Instituto Médico Legal (IML). Os envolvidos foram encaminhados à delegacia de Formosa, que continuará com as investigações. Os veículos foram liberados conforme avaliação técnica no local.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/estudantes-de-medicina-morrem-apos-carro-sair-da-pista-na-br-060-em-indiara-1.3260093" target="_blank">Estudantes de medicina morrem após carro sair da pista na BR-060, em Indiara</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/estudante-de-medicina-que-se-envolveu-em-acidente-que-matou-colegas-de-classe-esta-entubada-e-em-estado-grave-diz-m-e-1.3261863" target="_blank">Estudante de medicina que se envolveu em acidente que matou colegas de classe está entubada e em estado grave, diz mãe</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/casal-de-professores-aposentados-morre-em-acidente-envolvendo-onibus-com-estudantes-em-pontalina-1.3263354" target="_blank">Casal de professores aposentados morre em acidente envolvendo ônibus com estudantes, em Pontalina</a></div>

<h2>Homenagens&nbsp;</h2>

Ao POPULAR, a prima do estudante, Ana Vitória Rodrigues disse que ele estava indo para um congresso de medicina, em Formosa, quando aconteceu o acidente. Segundo ela, ele era uma pessoa excepcional.&nbsp;

<cite>Queremos enfatizar neste momento é o quanto o Rodrigo era excepcional, tanto como filho quanto amigo”, mencionou.&nbsp;</cite>

Rodrigo morava em Minaçu e cursava o 7º período de medicina na Universidade de Rio Verde (UniRv) no Campus Goianésia, na região central de Goiás. Em nota, a universidade lamentou a morte dele e suspendeu as aulas desta sexta-feira (16).&nbsp;

"Neste momento de dor, a Instituição presta solidariedade a todos os familiares e amigos, prestando as mais sinceras condolências”, descreveu.&nbsp;

Colegas de curso disseram à reportagem que o estudante era membro ativo da atlética, onde atuava como tesoureiro e fazia parte da bateria. Nas redes sociais, a Bateria Manguaça se despediu da “A Lenda” ou “RR” como era conhecido.&nbsp;

<cite>Lamentamos profundamente a perda de um excelente ritmista, amigo e irmão, afinal, somos uma família. [...] Sempre prestativo, responsável e transformava cada momento cansativo em algo leve. Tivemos o prazer de fazer parte da sua história, ou melhor, tivemos o prazer de tê-lo em nossa história”, afirmou.&nbsp;</cite>

O POPULAR não conseguiu as informações do local do velório que continua nesta sexta-feira.&nbsp;

<div attr-cid="policy:1.3265034" attr-version="policy:1.3265034:1747435624" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3265034" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3265034', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3265034">WEB STORIES ESTUDANTE GO-118 (1.3265034)</a></div>

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Estudante de medicina morre após se envolver em acidente na GO-118, em Planaltina

TRAGÉDIA

Ao expor detalhes da violência doméstica a que era submetida, a deputada federal por Goiás Marussa Boldrin (MDB) tomou uma decisão pessoal que pode reverberar coletivamente.A própria parlamentar é exemplo da espiral de silêncio em torno dessa vergonha nacional. Machismo estrutural, medo, manipulação psicológica, jugo social, filhos e família, vergonha, esperança de restauração do relacionamento: são inúmeros os motivos para que situações similares permaneçam nas sombras por longo tempo. É preciso pensar: se uma mulher independente e bem sucedida na carreira tem dificuldade de se livrar dessas amarras, que dirá aquelas sem a mesma visibilidade? Em Goiás, só no primeiro semestre do ano passado, o Ligue 180 — serviço do governo federal específico para denúncias de violência doméstica — recebeu 84 mil ligações. Em Goiás, 56 mulheres foram assassinadas. A partir de agora, cabe apenas à parlamentar a decisão de como lidar com o drama pessoal na seara pública. Mas sua atitude pode estimular outras mulheres a denunciar, e, principalmente, deve — ou deveria — despertar seus pares e governos para a urgência de políticas que realmente promovam a prevenção e garantam o acolhimento das vítimas.

Violência doméstica

Editorial

Matéria - Opinião - Editorial

Causa assombro e perplexidade a constatação de que, conforme dados estatísticos do TJGO, já tenhamos registrado a distribuição de mais de 3 mil processos relacionados à violência doméstica e familiar em Goiás, apenas nos dois primeiros meses deste ano. Os números nos desafiam como magistrados, mas, sobretudo, como sociedade civil. Há algo realmente equivocado em relação ao estabelecimento de marcos civilizatórios, quando o desgaste das relações de afeto é tratado com violência física, emocional ou econômica.&nbsp;

O problema está longe de ser apenas estatístico. A violência contra a mulher é um fenômeno que atravessa gerações e persiste em nossa sociedade. Ela não é fruto do acaso, mas sim de uma cultura que normaliza o abuso, relativiza o sofrimento feminino e perpetua relações de poder desiguais. Não se trata de casos isolados ou desvios de comportamento individuais. Trata-se de um modelo social que tolera, minimiza e, muitas vezes, justifica a agressão.&nbsp;

Em uma edição recorde, a Semana Pela Paz em Casa, que acontecerá entre os dias 10 e 15 de março em todo o Estado de Goiás, realizará 1,9 mil audiências de instrução e julgamento de processos afetos à violência doméstica, mobilizando 44 juízes, além de promotores, advogados e demais operadores do sistema de justiça, em todo o Estado. A Semana é resultado de uma parceria entre o Conselho Nacional de Justiça e os tribunais estaduais de todo o País, com o objetivo de ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), concentrando esforços para agilizar o julgamento de processos envolvendo violência de gênero.

Iniciado em 2015, o Justiça Pela Paz em Casa conta com três edições concentradas por ano e a escolha do mês de março traz consigo toda a simbologia do mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher. Paradoxalmente, se há muito a comemorar – em razão do expressivo número de processos em julgamento, também há muito a se refletir.&nbsp;

Na Semana Pela Paz em Casa, ao entregarmos a prestação jurisdicional, reforçamos nossa esperança em dias menos violentos e mais solidários para as mulheres e na ampliação da conscientização de todos, a fim de que os relacionamentos familiares alicercem-se no respeito, na parceria e na igualdade. No entanto, demonstra que, de alguma maneira estamos falhando enquanto sociedade. Cabe a todos nós a reflexão sobre o que mais podemos fazer.

Para a Coordenadoria da Mulher do TJGO, a violência de gênero é um problema de todos. Cala profundamente à alma feminina, mas está umbilicalmente ligado a quem somos como sociedade e cidadãos. Um lar violento não destrói apenas a mulher que sofre diretamente a agressão. Ele molda filhos e filhas dentro de um ambiente de medo, naturalizando relações de poder desiguais e perpetuando o ciclo da violência. Então, a todos nós o questionamento: que legado estamos construindo para as futuras gerações?

Alice Teles de Oliveira, desembargadora e titular da coordenadoria estadual da Mulher em situação de violência doméstica e familiar do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). Com:&nbsp;Simone&nbsp;Pedra Reis, juíza e primeira vice-coordenadora da coordenadoria

Que sociedade queremos construir?

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Alice Teles de Oliveira

O juiz do Juizado de Violência Doméstica contra a Mulher de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, mandou soltar um suspeito de agredir a companheira. Ele tinha sido preso e na audiência de custódia a juíza Lívia Vaz da Silva converteu o flagrante em prisão preventiva. No entanto, a decisão foi revisada pelo magistrado Felipe Morais Barbosa, que entendeu que a manutenção da prisão foi motivada por "feminismo punitivista".&nbsp;

<cite>Interpretar que o juiz pode de ofício, mesmo com manifestação expressa do Ministério Público pela liberdade e sem pedido da autoridade policial de prisão, viola o sistema acusatório", declarou o juiz, ao POPULAR.</cite>

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O POPULAR não conseguiu o contato da juíza Lívia Vaz da Silva e nem com o contato da defesa do suspeito de agredir a esposa até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

A titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, delegada Tamires Teixeira, citou um dispositivo na Lei Maria da Penha que permite ao juiz decidir pela prisão preventiva mesmo sem pedido do Ministério Público ou da autoridade policial.&nbsp;

<cite>Entretanto, o entendimento majoritário é de que esse dispositivo teria sido revogado pelo Pacote Anticrime, principalmente após a súmula 676 do STJ [Superior Tribunal de Justiça] que proíbe essa decretação de prisão espontânea pelo juiz", destaca a delegada.</cite>

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/mulher-e-arrastada-por-carro-em-movimento-apos-discuss-o-com-o-marido-diz-policia-1.3220112">Mulher é arrastada por carro em movimento após discussão com o marido, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/pm-e-baleado-ao-tentar-proteger-namorada-de-agress-es-do-ex-diz-policia-1.3231962">PM é baleado ao tentar proteger namorada de agressões do ex, diz polícia</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/professora-que-denuncia-ter-perdido-parte-da-audic-o-apos-ser-espancada-pelo-ex-diz-que-precisa-de-remedios-para-dormir-1.3219369">Professora que denuncia ter perdido parte da audição após ser espancada pelo ex diz que precisa de remédios para dormir</a></div>

Segundo Teixeira, a juíza pode ter utilizado do dispositivo como fundamento jurídico para converter o flagrante em prisão preventiva na audiência de custódia.&nbsp;

Acerca das duas decisões controversas, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) informou que "não comenta decisão judicial e os magistrados não comentam os casos que estão julgando". O POPULAR entrou em contato com o MP-GO, para comentar sobre o caso, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.&nbsp;

Na decisão, que concedeu liberdade provisória ao suspeito, Barbosa citou que a juíza Lívia Vaz tinha destacado ser a única mulher presente na sessão e que teria optado "'por romper com o sistema processual acusatório’, acrescentando que enquanto puder salvar a vida de uma mulher manterá o suposto agressor preso". Na sentença, o juiz ressalta que o MP se manifestou pela liberdade do investigado.&nbsp;&nbsp;

<cite>Esse ponto é fundamental para evitar que o feminismo seja capturado por narrativas punitivistas, que não apenas reforçam a seletividade do sistema penal, mas também reproduzem lógicas autoritárias que historicamente prejudicam grupos vulnerabilizados,"&nbsp; comentou na sentença o juiz.&nbsp;</cite>

Embora tenha decidido pela soltura do suspeito, Barbosa determinou medidas cautelares contra o suspeito, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se aproximar da vítima e a participação nas palestras mensais para homens autores ou investigados por delito de violência doméstica.&nbsp;

Na decisão, o juiz também fez críticas ao uso inadequado da Justiça apenas para a imposição de penas privativas de liberdade.

<cite>A história demonstra que não colhemos bons frutos quando o Estado Juiz passa a agir com lógica policialesca, com a lógica do encarceramento, ainda que na defesa dos vulneráveis. Além de poder comprometer a imparcialidade, pela própria lógica da 'dissonância cognitiva' a população mais vulnerável tende a ser a mais afetada", disse Barbosa.</cite>

<h2>Prisão&nbsp;</h2>

O investigado foi preso no último dia 10 suspeito de agredir a companheira depois de uma crise de ciúmes. Segundo a polícia, o homem teria xingado a mulher de "piranha, vadia, vagabunda" e jogado contra ela uma boneca, que causou um ferimento no rosto da vítima. Ele passou por audiência de custódia, no dia 12, e foi mantido preso. E no dia seguinte, em nova decisão, o suspeito foi solto.

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