As cadelas do Corpo de Bombeiros que atuaram na tragédia da barragem de Brumadinho (MG) apresentaram um índice acima do padrão de metais pesado, especialmente alumínio, na corrente sanguínea. O tenente-coronel da Corporação em Goiás, Fernando Caramaschi, explicou que Bruma, Cristal, Hana, Luna, Saori e Vênus desde que voltaram da cidade mineira são acompanhadas por uma equipe da mineradora. “Elas já foram submetidas a três exames, este é o resultado do primeiro. A expectativa é que essa alteração vá se reduzindo gradativamente”, pontou.A coleta de material para este primeiro exame foi realizada no intervalo entre a primeira e segunda viagem do grupo para Brumadinho. A mineradora, de acordo com o militar, contratou um toxilogista e mensalmente uma equipe vem até Goiânia e coleta o material. Caramaschi contou que além da equipe da mineradora as cadelas também são acompanhadas por especialistas da Universidade Federal de Goiás (UFG).Caramaschi afirmou que os animais não apresentaram nenhuma patologia e continuam participando de treinamentos e resgates normalmente. A orientação é que as cadelas não entrem em contato com os metais detectados no exame. “Os metais serão eliminados pelo próprio organismo das cadelas”, afirmou.FilhotesVênus foi a cadela que mais encontrou vítimas mortas e vivas durante os dias que atuou em Brumadinho (MG). A labradora de 8 anos está prenha e o último exame de ultrassom identificou três filhotes. Caramaschi contou que após o nascimento os filhotes serão submetidos a exames e a intenção é inseri-los na corporação. Já Vênus quando completar 9 anos irá se aposentar da corporação.