A publicitária Carol Monteiro expôs em seu perfil do Instagram uma situação descrita por ela como "humilhante", que teria vivenciado na sexta-feira (26), no parque aquático Águas Correntes, localizado na Cidade Ocidental, a 197 quilômetros de Goiânia. De acordo com seu relato, ela e sua família teriam sido convidados a se retirar do clube por carregarem na mochila um lanche, previamente aprovado na entrada, para o filho autista, Daniel, de 4 anos."A gente só queria um dia tranquilo mas o Clube Águas Correntes e sua equipe de seguranças extremamente despreparada, rude e ignorante fizeram com que a nossa família tivesse uma experiência péssima e humilhante", afirmou ela em sua publicação na rede social."A gente está sendo expulso do Águas Correntes Park por ter entrado com a comida do Daniel. Ele é uma criança autista, que tem restrições alimentares, não come qualquer coisa. Ele tem seletividade alimentar severa. O Daniel só come um tipo de salgadinho e alguns tipos de biscoito. A gente foi autorizado a entrar no parque, na portaria, com os lanches dele", contou Carol em um vídeo com mais de 600 mil visualizações.Ela também disse que teve o carro revistado e, então, a família foi autorizada a entrar com alguns dos alimentos de Daniel. "Desde que a gente entrou aqui, tem um segurança que não sai detrás o tempo todo. Agora vieram outros seguranças e estão nos expulsando do parque porque entramos com o lanche do Daniel", desabafou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Carol Monteiro (@carolcmonteiro)Na publicação, ela conta que Daniel estava se divertindo no parque até a abordagem ocorrer. Carol ainda contou que "não houve tentativa de mediação por parte dos gestores para corrigir o mal causado". A publicitária disse que chegou a acionar a polícia, que não teria tomado providência alguma. Ela afirmou que decidiu fazer a postagem porque a internet tem sido "ultimamente o único lugar que parece mobilizar e tocar estes espaços com políticas inadmissíveis de tratamento a PCDs".Resposta do clubeUm dia após a manifestação de Carol, o Águas Correntes Park emitiu nota dizendo que a família decidiu sair do parque por "livre e espontânea vontade".O clube informou que apesar de "não ter sido comprovado documentalmente (como exige a legislação), em nenhum momento foi proibida a entrada de alimentos especiais para o filho da referida que, segundo ela, possui Transtorno do Espectro Autista (TEA)", mas que a equipe orientou que não seria permitido entrar com comida para os demais membros da família.Segundo o parque, o vídeo de denúncia da publicitária "causou enorme espanto, pois diferente do que foi dito, a mesma, por livre e espontânea vontade, decidiu deixar as dependências do parque", e completou dizendo que "em nenhum momento os colaboradores a expulsaram ou desrespeitaram".Leia também:- MP pede indenização ao Estado para aluno autista de colégio militar que foi obrigado a cortar cabelo- Vidas são transformadas por cães de projeto social em Goiás- Carteira de Identificação do Autista é aprovada em Goiânia