Em janeiro deste ano, municípios da região Nordeste de Goiás foram assolados com chuvas intensas e os casos foram registrados do Relatório Gerencial - Danos Informados, do Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR). Em Flores de Goiás, a situação de emergência foi decretada no dia 4 de janeiro, após as chuvas terem iniciado ainda no dia 23 de dezembro, conforme atesta o prefeito Altran Avela (UB). “Até hoje está chovendo e estamos com problemas ainda. Já fiz pedido no governo federal para receber mais de R$ 1 milhão para ajudar a reconstruir as estradas e as pontes, mas ainda não chegou nada.”Avelar conta que o registro feito no Relatório do MDR foi feito para protocolar o pedido de ajuda. Em janeiro, ele chegou a receber apoio federal com kits de higiene, água mineral e colchões, e do governo estadual com 600 cestas básicas. “Ajudaram naquela fez, foi uma ajuda de cada. Mas a gente ainda precisa. Ainda temos cerca de 300 famílias isoladas em razão das chuvas. Precisamos muito de maquinário para fazer esse serviço e apoio financeiro”, conta.Para se ter uma ideia, no dia 6 de janeiro, uma casa na zona rural do município ficou submersa em decorrência das chuvas que provocaram a cheia do Rio Paranã. Outras cidades da região também ficaram em situação de calamidade após as chuvas. Para se ter uma ideia, todos os 19 registros de desastres em Goiás ao MDR neste ano são com relação a chuvas intensas e nas regiões Norte e Nordeste do estado. Em Flores de Goiás, os registros ocorreram nos dias 2 e 3 de janeiro.De acordo com o MDR, o “Governo Federal apoia com repasse financeiro quando é acionado pelos entes – após reconhecimento federal de situação de emergência/calamidade e o envio dos planos de trabalho dos Municípios/Estados com a solicitação de recursos de acordo com os danos apresentados”. O ministério reforça ainda “que essas solicitações devem ser realizadas via s2iD (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do governo federal)”.Prejuízos após desastres no estado já somam mais de R$ 1,16 bilhãoOs desastres registrados em Goiás junto ao Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) de janeiro de 2017 a março de 2022 causaram prejuízos a populares e ao poder público na ordem deR$ 1.162.026.945,14. O valor é relativo a residências danificadas ou destruídas, prédios públicos de saúde, educação ou outras pastas que tiveram de ser reformados ou reconstruídos após as ocorrências, e mesmo obras de infraestruturas, como estradas e pontes. Este último ponto é o que mais trouxe prejuízo a Goiás, chegando a custarR$ 1.117.292.996,00, relativos a 817 obras de infraestrutura danificadas e outras 753 destruídas. O caso que mais gerou custos aos cofres foi após uma tempestade em que caiu mais de 70 milímetros de água por metros quadrados em um período de três horas em Ceres, a 178 quilômetros de Goiânia, que danificou 8 locais e destruiu 2, deixando um custo de R$ 17,54 milhões em 2018. No ano anterior a este, o valor de R$ 17,50 milhões foi o estimado pela prefeitura de Aparecida de Goiânia para a reconstrução de cinco obras de infraestrutura destruídas após uma enxurrada. O mesmo desastre derrubou uma escola no município.