As duas adolescentes de Jataí suspeitas de terem assassinado a universitária Bianca Mantelle Pazinatto, de 18 anos, na segunda-feira, são de famílias conhecidas no município e ficaram amigas neste ano. Elas cursavam o 3º ano colegial, estavam se preparando para prestar o vestibular e estudavam na mesma classe de uma tradicional escola particular da cidade. A relação das duas se estreitou nos últimos três meses, conforme observou professores e servidores do colégio e, em julho, durante as férias, elas passaram os dias praticamente juntas. Açougue A garota M., de 16 anos, estudava na escola desde o ensino fundamental. Já L., de 17, foi matriculada neste ano e, portanto, era pouco conhecida pelos professores e vinha sendo avaliada ainda. M. é a caçula de cinco irmãos e filha de pais donos de um açougue em Jataí. O açougue é o mesmo onde o pai de Bianca Pazinatto comprava carne, às vezes, e que permanece fechado desde a segunda-feira, dia do crime. Por telefone, uma das irmãs de uma das garotas presas declarou chorando que ninguém está em condições de falar sobre o assunto e que ainda não deu tempo de ninguém visitar M. em Goiânia. Ontem, as adolescentes foram transferidas para o Centro de Atendimento Socioeducativo (Case). A amizade das jovens já era motivo de preocupação nas famílias, em razão da forte proximidade. L. passou a morar com a mãe há dois anos, depois que o pai se mudou para trabalhar em outras cidades do Estado. Ninguém jamais imaginava que algo do tipo poderia ocorrer. M. era a única que recebia atenção especial na escola, mas por causa do tratamento da meningite que contraiu, quando estava no 1º ano colegial e dos medicamentos fortes que poderiam prejudicar o aprendizado. “Estamos todos abalados e sem condições de falar. Não tivemos tempo nem de visitá-la em Goiânia. Foi um baque muito grande.” Irmã de M., uma das suspeitas pelo assassinato da estudante universitária Bianca Mantelle pazinatto-Imagem (Image_1.370933)