O boletim epidemiológico estadual divulgado nesta quarta-feira (3) foi o com maior número de mortes registradas em 24 horas: 169. Entretanto, destas, apenas 19 foram de óbitos ocorridos entre os dias 2 e 3 de março. A maioria é de casos antigos – sendo 109 deles de fevereiro - que foram repassados agora ao sistema do Ministério da Saúde. Com isto, o total de vidas perdias chegou a 8.714.Com a última atualização, fevereiro se é o quinto mês com mais mortes por Covid-19 em Goiás, se aproximando de outubro (veja quadro). Como a expectativa é que mais registros atrasados ainda caiam no sistema, os números do mês passado tendem a aumentar.A média móvel de mortes (somando os óbitos dos últimos 7 dias) por data de divulgação também aumentou, passando de 19,14 para 37,43, mas ainda abaixo do registrado há duas semanas, quando estava em 42,71. Porém, como as mortes ocorridas nos últimos dias demoram até 15 dias para entrar no sistema este dado não serve para fazer uma leitura do momento atual.Desde o começo da pandemia esta é apenas a 6ª vez que o boletim estadual registra mais de 100 mortes em 24 horas, mas, segundo o Conselho Estadual de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (Cosems-GO), desta vez isso não se deve a falhas ou dificuldades por parte dos gestores públicos com o sistema, nem por pane neste, como ocorreu nas outras vezes.“Pode ser que sejam óbitos que estavam sob investigação. O lançamento só é feito após a conclusão. Mas da parte dos gestores nenhuma demanda em relação à dificuldade. E sempre que existe esse problema a Secretaria de Estado nos aciona, o que também não aconteceu”, comentou Verônica Savatin, presidente do Cosems-GO.Das 197 mortes registradas em boletins de março, apenas 46 ocorreram no mês. Já em fevereiro, os boletins diários registraram 1.031 mortes, mas 320 delas foram de meses anteriores. Entretanto, o mês passado foi o primeiro em que nenhum boletim registrou zero mortes, algo que ocorreu 8 vezes em janeiro e uma já em março.O boletim do dia 3 atualizou o total de mortes de 41 municípios, sendo que Goiânia foi responsável por 59 dos registros, enquanto Aparecida apareceu com 23 e Jaraguá com 11. Porém, em comparação com os números dos boletins municipais, já há uma defasagem de 16 mortes no estadual.A reportagem não conseguiu retorno da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) nem das prefeituras citadas até o fechamento desta matéria.-Imagem (1.2207115)