A falta de chuvas em Goiás agrava a situação de incêndios e baixa umidade. A média diária de focos de calor no estado nos primeiros quatro dias deste mês é de 50, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Diante do cenário, municípios da região da Chapada dos Veadeiros estão em situação de emergência. A Defesa Civil considera setembro o mês mais crítico. O período chuvoso deve retornar apenas em outubro, conforme a meteorologia.Foram 201 incêndios nos primeiros quatro dias deste mês. Ao todo, já foram 2,9 mil focos registrados em 2022, sendo que o número tem crescido com o passar dos meses e o agravo da estiagem. Os dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO) também levantam um alerta. Em agosto, a corporação atendeu 2,2 mil ocorrências de incêndio florestal e um total de 7,2 mil ao longo do ano.Na última sexta-feira (2), um incêndio se espalhou e atingiu aproximadamente 150 hectares de vegetação, entre uma fazenda e o Parque João Leite, às margens da GO-080, em Goiânia. Nesta segunda, as chamas atingiram o Parque Pirarucu, situado no Parque Balneário Meia Ponte, na capital.Boletim do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), publicado neste domingo (4), apontou que a umidade relativa do ar na casa dos 12% deixa Goiás em estado de alerta. O calor também não deixa de avançar, e as temperaturas máximas podem chegar até 38° Celsius (C) em alguas regiões.Goiás já está há meses sem chuvas regulares. Nesta terça-feira (6), Goiânia completa 150 dias sem precipitações, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão é de que as chuvas retornem de forma mais consistente, apenas na segunda quinzena de outubro, o que faz com que o estado tenha que enfrentar, pelo menos, mais 30 dias de seca.Leia também:- Após atingir 150 hectares, incêndio próximo ao Parque João Leite é controlado- Água some em lagos de Goiânia com o avanço da estiagem- Fogo destrói Morro dos Macacos no Conjunto Vera Cruz, em Goiânia; veja vídeoO Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), mostra que em julho, apesar de não ter tido mudanças nesta condição em relação ao mês anterior, o extremo Sul e Oeste do estado enfrentam seca extrema, enquanto a região Sul de uma maneira geral, tem seca grave. O Centro de Goiás é caracterizado como seca moderada e a região Norte, seca fraca.Apesar de a seca não ser tão severa no Nordeste de Goiás, a quantidade de incêndios florestais nesta porção do estado, especialmente próximo da Chapada dos Veadeiros, fez com que a Defesa Civil Federal colocasse oito municípios goianos em situação de emergência: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Guarani de Goiás, Nova Roma, São Domingos, São João D’Aliança e Teresina de Goiás.No dia 3 de agosto, o governo estadual decretou, considerando a estiagem, emergência ambiental por causa das queimadas. Entre as medidas apontadas no documento, está a permissão de adquirir bens e serviços sem licitação, desde que tenham como objetivo o controle do fogo. Entram nesta lista sopradores, bombas costais, abafadores e equipamentos de proteção individual para brigadistas, entre outros, conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).O chefe do departamento de resposta do Comando de Operações em Defesa Civil de Goiás e capitão do CBM-GO, Marcelo Moura, diz que o pedido para que a situação de emergência fosse declarada na região Nordeste partiu da Defesa Civil do estado. “Este reconhecimento do governo federal da situação de desastre faz com que recursos para o custeio das operações sejam transferidos para nós”, esclarece. O repasse vai ser de R$ 4,5 milhões.AplicaçãoMoura afirma que o dinheiro vai custear a hospedagem de equipes do Corpo de Bombeiros e brigadistas na região e também para comprar equipamentos como, por exemplo, sopradores. “Só o fato de não termos de passar por processos licitatórios para adquirir os equipamentos que são usados nas operações, ajuda na resposta mais rápida do combate ao fogo.”O capitão aponta que o combate aos incêndios na região Nordeste é complexo. “É uma região complicada no que diz respeito à infraestrutura. A comunicação é difícil e o relevo também é muito acidentado. Já montamos brigadas em locais específicos como, por exemplo, Cavalcante. O intuito é combater o fogo o mais rápido possível.”Entretanto, de acordo com ele, outras áreas do estado, especialmente os parques ambientes, não deixaram de ser monitoradas continuamente pela Defesa Civil. “Caso o cenário se agrave em alguma outra localidade, outros municípios também podem entrar em situação de emergência”, finaliza Moura. Ribeirão das Abóboras em estado de alerta A seca em Goiás tem feito com que a estiagem se agrave. O estado registrou uma média de cerca de 50 focos ativos de incêndios por dia no início de setembro, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Municípios da região da Chapada dos Veadeiros estão em situação de emergência. A Defesa Civil de Goiás considera setembro o mês mais crítico. Período chuvoso deve retornar apenas em outubro.Considerando dados coletados até o final da tarde desta segunda-feira (5) no portal do Inpe, Goiás já tinha registrado 213 focos ativos de incêndio em setembro. Ao todo, já foram 2,9 mil focos registrados em 2022, sendo que o número tem crescido com o passar dos meses e agravo da estiagem. Os dados do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO) também levantam um alerta. Em agosto, a corporação atendeu 2,2 mil ocorrências de incêndio florestal e um total de 7,2 mil ao longo do ano. Na última sexta-feira (2), um incêndio se espalhou e atingiu aproximadamente 150 hectares de vegetação, entre uma fazenda e o Parque João Leite, às margens da GO-080, em Goiânia. Nesta segunda, as chamas atingiram o Parque Pirarucu, situado no Parque Balneário Meia Ponte. O boletim meteorológico do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), publicado neste domingo (4), apontou que a umidade relativa do ar na casa dos 12% deixa Goiás em estado de alerta. O calor também não deixa de avançar, e as temperaturas máximas podem chegar até 38° Celsius (C).SecaGoiás já está há meses sem chuvas regulares. Nesta terça-feira (6), Goiânia completa 150 dias sem precipitações, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão é de que as chuvas retornem de forma mais consistente, apenas na segunda quinzena de outubro, o que faz com que o estado tenha que enfrentar, pelo menos, mais 30 dias de seca. O Monitor das Secas, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), mostra que em julho, apesar de não ter tido mudanças na condição de seca em relação ao mês anterior, o extremo Sul e Oeste do estado enfrentam seca extrema, enquanto a região Sul de uma maneira geral, enfrenta seca grave. O Centro de Goiás enfrenta seca moderada e a região Norte, seca fraca.Região NordesteApesar de a seca não ser tão severa na região Norte, a quantidade de incêndios florestais na região Nordeste, especialmente em áreas próximas da Chapada dos Veadeiros, fez com que a Defesa Civil Federal colocasse oito municípios goianos em situação de emergência: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Guarani de Goiás, Nova Roma, São Domingos, São João D’Aliança e Teresina de Goiás.No dia 3 de agosto, o governo estadual decretou, considerando a estiagem, um decreto de emergência ambiental por causa das queimadas. Entre as medidas apontadas no decreto, está a permissão de adquirir bens e serviços sem licitação, desde que tenham como objetivo o controle do fogo. Entram nesta lista sopradores, bombas costais, abafadores e equipamentos de proteção individual para brigadistas, entre outros, conforme a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).O chefe do departamento de resposta do Comando de Operações em Defesa Civil de Goiás e capitão do CBM-GO, Marcelo Moura, diz que o pedido para que a situação de emergência fosse declarada na região Nordeste partiu da Defesa Civil do estado. “Esse reconhecimento do governo federal da situação de desastre faz com que recursos para o custeio das operações sejam transferidos para nós”, esclarece. O repasse vai ser de R$ 4,5 milhões. Moura explica que o dinheiro será usado para custear a hospedagem de equipes do Corpo de Bombeiros e brigadistas na região e também para comprar equipamentos como, por exemplo, sopradores. “Só o fato de não termos que passar por processos licitatórios para adquirir os equipamentos que são usados nas operações, ajuda na resposta mais rápida do combate ao fogo.”O capitão aponta que o combate aos incêndios na região Nordeste é complexo. “É uma região complicada no que diz respeito à infraestrutura. A comunicação é difícil e o relevo também é muito acidentado. Já montamos brigadas em locais específicos como, por exemplo, Cavalcante. O intuito é combater o fogo o mais rápido possível.”Entretanto, de acordo com ele, outras áreas do estado, especialmente os parques ambientes, não deixaram de ser monitoradas continuamente pela Defesa Civil. “Caso o cenário se agrave em alguma outra localidade, outros municípios também podem entrar em situação de emergência”, finaliza Moura.