Goiás teve, em 2021, o menor número absoluto e a menor taxa por 100 mil habitantes de Mortes Violentas Intencionais (MVI) em dez anos. No ano passado, foram 1.881 mortes do tipo, com uma taxa de 26,1. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado na terça-feira (28).Segundo o anuário, que é resultado de estudos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o pico de violência em Goiás ocorreu em 2015, quando houve 3.054 mortes violentas intencionais (que reúnem homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes por intervenção policial). Naquele ano, a taxa de MVI por 100 mil habitantes foi de 46,2, também a maior da série histórica.Desde então, há uma redução constante dos índices. A exceção foi em 2018, quando houve aumento em relação a 2017 nos números absolutos (de 2.676 para 2.705). Ainda assim, mesmo neste comparativo houve queda na taxa por 100 mil habitantes (de 39,5 para 39,1).Com 26,1 mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes, Goiás ocupa da 15ª posição no ranking brasileiro, mas lidera no Centro-Oeste. Mato Grosso teve, em 2021, taxa de 24,9 MVI por 100 mil; Mato Grosso do Sul teve 20,7; e o Distrito Federal ficou com 11,4. O Amapá é o estado mais violento do País, com 53,8 MVI por 100 mil habitantes.De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, Goiás teve 1.239 homicídios, 44 latrocínios, 22 casos de lesão corporal seguida de morte e 576 mortes após intervenção policial. A Bahia lidera o número absoluto de homicídios (5.532), São Paulo, o de latrocínios (183), e o Rio de Janeiro, o de mortes por intervenção policial (1.356).Leia também: MPF de Goiás entra com ação para PRF retomar comissão de Direitos HumanosGoiás teve 43 ocorrências de ameaça e 29 de lesão corporal contra mulheres no primeiro trimestre