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Goiás zera óbitos de gestantes por Covid-19

Estado não teve nenhuma grávida morta pela doença no primeiro semestre. Sucesso é resultado da vacinação do grupo, dizem especialistas

Goiás zera óbitos de gestantes por Covid-19

(Diomicio Gomes / O Popular)

Goiás conseguiu zerar o número de gestantes mortas pela Covid-19 no primeiro semestre de 2022. Mesmo com uma alta de 121% no número de casos registrados entre abril e junho deste ano, nenhuma grávida morreu por conta da doença. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-GO) e especialistas consultados pelo POPULAR atribuem o resultado positivo à vacinação do grupo, que chegou a enfrentar uma letalidade de 7,79% em abril de 2021, antes do início da imunização.

"É claro que os aprendizados médicos em relação à melhor conduta para tratar os pacientes contam, mas a vacina foi um divisor de águas, Vemos isso claramente em junho, quando tivemos um aumento de casos, mas mesmo assim nenhuma morte", diz Flúvia Amorim, superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO.

A ginecologista e obstetra Ana Tamiris Perini, que atua no Hospital e Maternidade Célia Câmara (HMCC), em Goiânia, conta que há muitos meses não atende nenhuma gestante com sintomas graves da doença. "O que vemos são algumas apresentando sintomas gripais ou até mesmo assintomáticas que, por algum motivo, fazem o teste e dá positivo."

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  • Ana Tamiris relata que desde que a vacinação do grupo começou, a maioria das grávidas que ela acompanhou e que precisou de internação por conta da Covid-19 estava com o esquema incompleto.

    "Assim como com outras vacinas, aqui nós sempre as incentivamos a tomarem todas as doses do imunizante contra a Covid-19 e manter o cartão em dia", afirma.

    Grupo de risco

    No início da pandemia, as grávidas não eram parte do grupo de risco da Covid-19. Entretanto, a partir do início de 2021, o cenário mudou e elas começaram a apresentar quadros que evoluíam com gravidade de forma muito rápida. Estudos indicam que a circulação de variantes mais virulentas como, por exemplo, a delta, podem ter influenciado na mudança de dinâmica das gestantes.

    O infectologista Marcelo Daher explica que no início da pandemia não se tinha tanto conhecimento sobre os grupos de risco da doença e que, por isso, as gestantes não foram incluídas inicialmente. "Não víamos casos entre elas e chegamos a essa conclusão", lembra.

    Entretanto, no decorrer da pandemia, fatores de risco começaram a se evidenciar. "Por exemplo, pacientes obesas e com hipertensão. Além disso, percebemos que a Covid-19 no final da gestação adiantava o parto e que essas mulheres, depois de terem os bebês, evoluíam com complicações. Posto isso, constatamos que elas faziam, sim, parte do grupo de risco", esclarece Daher.

    Ana Tamiris relembra ainda que a gestação, por si só, faz com que as mulheres tenham a imunidade diminuída, além de sofrerem alterações na respiração. "Sabemos que a Covid-19 é uma doença que causa sobrecarga principalmente no sistema imunológico e no sistema respiratório. Levando em consideração esse contexto, a vacinação surgiu como o melhor risco-benefício para essas mulheres", explica a ginecologista e obstetra.

    Recomendações continuam

    A vacinação das gestantes, puérperas e lactantes contra a Covid-19 representou um alívio para os profissionais de saúde que atuam diretamente com esse público. "Estou na linha de frente desde o início da pandemia e posso dizer que agora vivemos um dos momentos mais tranquilos. Respiramos aliviados desde a chegada da vacina", diz a ginecologista e obstetra Ana Tamiris Perini, que atua no Hospital e Maternidade Célia Câmara (HMCC), em Goiânia.

    O final do primeiro semestre de 2021 foi um período complicado para os profissionais que atuam nessa área. Os meses de março, abril, maio e junho tiveram letalidade acima de 2,7% e registraram juntos 50 óbitos de grávidas, o que representa 61% das mortes que ocorreram desde o início da pandemia.
    "Foram meses terríveis. Trabalhávamos no limite. Recebíamos muitas pacientes com falta de ar e necessidade de intubação ou então do uso de cateter de alto fluxo. Várias precisavam de uma Unidade Terapia Intensiva (UTI) ou pelo menos de permanecerem internadas depois do parto", relembra a médica.

    Apesar do cenário positivo, Ana Tamiris alerta que as grávidas não deixaram de fazer parte do grupo de risco da doença. "Outros cuidados além da vacina ainda são necessário como, por exemplo, o uso de máscara e a atenção redobrada com a higienização das mãos. Além disso, a recomendação para evitar locais com aglomerações continua", destaca a ginecologista e obstetra.

    Grávidas dizem que vacina é sinônimo de segurança

    Depois de permanecer em isolamento quase uma semana, na última sexta-feira (8), a psicanalista Mayara Orlandi, de 32 anos, recebeu o resultado negativo para o exame da Covid-19. Ela está grávida de 36 semanas, mas não teve nenhum sintoma da doença. Essa é a terceira vez que Mayara se contamina com o vírus.
    A primeira foi em janeiro de 2021, quando ainda não havia nenhuma vacina para a doença disponível. "Tive muitos sintomas. Perda de olfato, perda de paladar, muita sonolência, febre e mal-estar", relata a moradora de Goiânia. Ao longo do ano passado, ela tomou a primeira e a segunda doses da vacina contra a Covid-19.

    No dia 19 de janeiro deste ano ela tomou a dose de reforço. No dia 22 do mesmo mês, testou positivo para a doença. Mayara estava grávida de 13 semanas. "Foi tranquilo. Mantive a calma e os leves sintomas foram embora do mesmo jeito que vieram. Entretanto, meu filho, de 5 anos, que não estava vacinado, teve cinco dias de febre", conta.

    Nos primeiros dias de julho, ela testou positivo novamente para a doença. "Fiquei apenas com o nariz entupido durante a noite. Estive praticamente assintomática", relata. A psicanalista diz que decidiu tomar a dose de reforço porque com ela se sente mais segura contra a doença. "Julgo ser de extrema responsabilidade não só comigo, mas com a minha filha que estou esperando", destaca Mayara.

    A segurança também foi o motivo que levou a técnica em enfermagem Weslane Rodrigues, de 31 anos, a se vacinar. Ela, que também é mãe de uma garota de 5 anos, está grávida de 31 semanas, de um menino. "Quando engravidei, já tinha tomado duas doses. Quando descobri a gravidez me afastei do trabalho, pois atuava em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Mesmo assim, decidi tomar a dose de reforço logo no início da minha gestação."

    Apesar do marido e da filha já terem contraído a doença, Weslane nunca se infectou. A moradora de Aparecida de Goiânia afirma que faz de tudo para se proteger e evitar se contaminar com a Covid-19. "Sou da área da saúde. Já vi o que essa doença pode fazer. Evito ficar em ambientes lotados e tomo todos os outros cuidados básicos", diz.

    Dupla proteção

    A ginecologista e obstetra Ana Tamiris Perini, que atua no Hospital e Maternidade Célia Câmara (HMCC), em Goiânia, explica que a vacinação contra a Covid-19 não protege somente as mulheres que estão grávidas, mas também os bebês. De acordo com ela, já existem estudos que indicam que a proteção da vacina pode passar para o feto pela placenta.

    "Ela (placenta) é o órgão nutridor do bebê. Sabemos que vários anticorpos conseguem passar pela barreira que ela tem. A vacina dTpa, por exemplo, tem um componente anticoqueluche neonatal. Nós aplicamos esse imunizante na mãe, mais para proteger o bebê. Acreditamos que a vacina da Covid-19 possa funcionar mais ou menos com a mesma lógica. Ainda estão sendo feitos estudos, mas já foram detectados anticorpos específicos para a doença em bebês que nasceram de mães vacinadas."

    Busca pelo reforço está baixa, o que pode comprometer resultados

    Das 30 mil gestantes goianas que tomaram a primeira dose da vacina, 27,1 mil (90%) voltaram para tomar a segunda dose. Entretanto, apenas 11,4 (38%) mil tomaram o reforço. A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim, diz que o número é preocupante pois assim como para o restante da população, a dose de reforço é essencial para que as grávidas mantenham uma alta proteção contra a Covid-19.

    "Elas também precisam desse reforço. Ele é recomendado pelo Ministério da Saúde e é tão seguro quanto a primeira e a segunda doses. É inadmissível que com as informações que temos hoje e com a vacina a nossa disposição, voltemos a ter mortes de grávidas por conta dessa doença", afirma Flúvia.

    A superintendente aponta que apesar de a adesão das gestantes ao reforço estar abaixo do esperado pela Saúde, ela tem seguido o mesmo padrão do restante da população. Em Goiás, de acordo com o Painel da Covid-19, da SES-GO, existem 2,5 milhões de pessoas com a dose de reforço em atraso e outras 713,6 mil pessoas que não voltaram para tomar a segunda dose.

    "É um número que nos preocupa, já que já estamos administrando até o segundo reforço. Com a doença podendo vir em ondas, não podemos ter a população desprotegida", afirma Flúvia.

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    Vídeo engana ao usar história de criança sul-africana para alegar paralisia por vacina da covid no Brasil

    Vídeo falso usa imagens de garoto da África do Sul que perdeu os movimentos das pernas por causa de uma condição de saúde rara, a Mielite Flácida Aguda (AFM), para dizer que após a aplicação de uma dose da vacina Astrazeneca, em 2021, menino brasileiro ficou paralisado e desenvolveu mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal. No Brasil, a vacinação de crianças começou apenas em 2022 e o imunizante utilizado foi a Pfizer pediátrica. O diagnóstico da criança estrangeira não tem relação com vacinas ou com a covid-19

    Vídeo engana ao usar história de criança sul-africana para alegar paralisia por vacina da covid no Brasil

    Conteúdo investigado: Vídeo em português que mostra imagens de uma criança com dificuldades de locomoção e afirma que a condição teria sido causada por uma vacina contra a covid-19 aplicada fora do prazo de validade. O post alega que o menino de 7 anos se chamaria Vitor e teria ficado paralisado após receber a dose em 2021.

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    Onde foi publicado: X.

    Conclusão do Comprova: Post viral utiliza imagens de uma criança que vive na Cidade do Cabo, na África do Sul, e perdeu os movimentos das pernas por causa de uma condição de saúde rara, a Mielite Flácida Aguda (AFM). O menino não é brasileiro e o diagnóstico não tem relação com a covid-19 ou vacinas. Por meio de busca reversa no Google, descobrimos que o post em português usa trechos de diferentes vídeos publicados originalmente em inglês nas redes sociais pela família do garoto sul-africano.

    O menino nas imagens é Elijah Cottle, de 5 anos, que foi diagnosticado com AFM em 2022. A doença, que apresenta sintomas semelhantes à poliomielite, afeta o sistema nervoso e geralmente é causada por uma infecção viral. No Instagram e no TikTok, a família compartilha a trajetória do garoto e pede doações para que possam comprar um Trexo, exoesqueleto robótico que ajuda crianças com deficiência a andar.

    No Brasil, fotos e vídeos de Elijah começaram a ser publicados em uma conta no Instagram. No perfil, alguém usava imagens da criança e dizia que ele se chamava Vitor e sofria de mielite transversa, uma inflamação na medula espinhal. A história contada aos seguidores era de que o menino havia ficado paralisado após receber uma dose vencida de vacina contra a covid-19. Os posts pediam doações via PIX. Após a repercussão do caso, o perfil foi configurado para funcionar como uma conta privada.

    O vídeo alega ainda que o menino teria recebido a vacina da farmacêutica Astrazeneca em março de 2021. Porém, no Brasil, a imunização contra a covid-19 em crianças de 5 a 11 anos só teve início em 2022. Além disso, o imunizante da Astrazeneca não foi aplicado no público infantil. No país, a campanha de imunização para esse grupo utilizou a Pfizer pediátrica, que posteriormente, em 2024, passou a integrar o Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 5 anos.

    O Comprova não conseguiu entrar em contato com o autor da postagem no X porque o perfil não aceita o envio de mensagens diretas.

    Falso, para o Comprova, é o conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

    Alcance da publicação: O Comprova investiga os conteúdos suspeitos com maior alcance nas redes sociais. Até 11 de abril, o vídeo no X já tinha 433,6 mil visualizações.

    Fontes que consultamos: Google, por meio do qual foi feita a busca reversa utilizando frames do vídeo, as redes sociais de Elijah Cottle, o perfil no Instagram que se passava pelo garoto, o site e a assessoria de comunicação do Ministério da Saúde, além de sites de jornais brasileiros.

    Efeitos adversos são raros

    O vídeo verificado mostra manchetes sobre os supostos efeitos colaterais da vacina da Astrazeneca. Conforme já explicou o Comprova, no Brasil, qualquer medicamento ou imunizante precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) antes de ser distribuído para a população. A vacina da Astrazeneca teve o registro aprovado pelo órgão em março de 2021.

    Segundo a agência brasileira, o registro é dado quando evidências científicas mostram que os benefícios do medicamento superam os riscos potenciais. Esse é o caso da Astrazeneca e de outras vacinas, como aquela aplicada contra o papilomavírus humano (HPV), vírus causador do câncer de colo de útero.

    Um dos efeitos adversos muito raros da Astrazeneca já registrados é a Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (TTS). Em 2023, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz o imunizante no Brasil, esclareceu que eventos como a STT são extremamente raros e possivelmente associados a fatores pré-existentes em cada indivíduo. Um ano depois, em 2024, quando voltou a circular desinformação sobre o medicamento, o Ministério da Saúde reforçou que a vacina é segura.

    Ministério da Saúde esclarece não haver associação causal

    Questionado sobre o assunto, o Ministério da Saúde comunicou que não há evidências que sustentem uma associação causal entre a vacina contra a covid-19 e a ocorrência de mielite transversa em crianças. A pasta destacou que "embora existam relatos isolados na literatura médica de casos que ocorreram após a vacinação contra a Covid-19, isso não significa que a vacina tenha sido a causa", sendo que "diversos estudos epidemiológicos já foram realizados e, até o momento, não há evidências científicas robustas que estabeleçam essa ligação".

    O governo federal ainda ressaltou que para que qualquer suspeita seja analisada com rigor, é fundamental que o caso seja formalmente notificado por um profissional de saúde. "Somente por meio da notificação e de uma investigação criteriosa é possível avaliar a situação com base em dados clínicos, exames complementares e contexto individual. Sem esses elementos, não é possível tirar conclusões seguras", afirmou o Ministério da Saúde.

    Vídeo usa matéria de 2021

    O vídeo viralizado no X mostra uma reportagem publicada pelo jornal Folha de São Paulo em julho de 2021 que aponta que cerca de 26 mil doses da Astrazeneca fora da validade foram aplicadas em 1,5 mil municípios brasileiros. Na época, o Ministério da Saúde esclareceu que não distribui doses de vacina vencidas aos estados e Distrito Federal e acompanha rigorosamente todos os prazos de validade das vacinas contra a covid-19 recebidas e distribuídas.

    O governo federal ainda explicou que de acordo com o Plano de Operacionalização da pasta, os estados e municípios que eventualmente tenham aplicado vacinas vencidas devem fazer a busca ativa e monitorar os casos, inclusive a possibilidade de eventos adversos. Além disso, os casos de pessoas que tenham sido vacinadas com data de validade fora do prazo devem ser notificados como um erro de imunização no e-SUS Notifica.

    Depois da reportagem da Folha de São Paulo, prefeituras negaram a aplicação de vacinas vencidas e disseram haver erro de registro no sistema do governo federal.

    Por que o Comprova investigou essa publicação: O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas, saúde, mudanças climáticas e eleições e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984.

    Outras checagens sobre o tema: O Comprova já mostrou que a desinformação sobre vacinas compromete a confiança pública nos imunizantes, que estudos mostram os benefícios da vacinação infantil contra a covid-19 e ainda desmentiu um post que contesta a segurança dos imunizantes contra o coronavírus. Além disso, o Estadão Verifica também já provou que o vídeo em questão é falso.

    Notas da comunidade: Até a publicação deste texto, o post no X não apresentava notas da comunidade.

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    Grávida é morta com um tiro pelo namorado em Santo Antônio do Descoberto, diz polícia

    O suspeito fugiu para Souzalândia, onde foi encontrado pela polícia e preso no dia seguinte

    Andressa Martins da Silva

    Andressa Martins da Silva (Reprodução/ Redes Sociais)

    Uma mulher grávida de quatro meses foi morta pelo namorado na cidade de Santo Antônio do Descoberto, no entorno do Distrito Federal (DF). De acordo com o 52º Batalhão da Polícia Militar (PM), o suspeito atirou em sua namorada na noite da última segunda-feira (10) e fugiu logo em seguida para o distrito de Souzalândia, que pertence ao município de Barro Alto, onde foi encontrado pela polícia e preso no dia seguinte na casa da mãe.

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    Em nota enviada ao POPULAR a defesa de Paulo César Gonçalves, de 38 anos, afirmou que, conforme depoimento do investigado, o ocorrido foi um acidente. A defesa também pontuou que o investigado está profundamente abalado com a situação e o impacto do ocorrido, tanto pela morte de sua esposa quanto pelo sofrimento emocional que está vivenciando desde o acidente. (Confira a nota na íntegra ao final do texto).

    A Força Tática da PM de Santo Antônio do Descoberto informou que o suspeito atirou em sua namorada com uma arma. Ela morreu imediatamente. Durante a prisão, conforme a PM, o suspeito confessou o crime e alegou que a namorada deixou a arma engatilhada embaixo do travesseiro. Segundo ele, quando ele pegou no revólver, a arma disparou e ele acabou atirando nela sem ter intenção.

    De acordo com a PM, o suspeito disse que no momento do disparo só percebeu que a mão dele tinha sido atingida, mas não viu que a namorada foi baleada. Em seguida, ele teria ficado em choque com a morte da namorada e colocado a jaqueta dele por cima do corpo dela antes de fugir para a casa da mãe.

    Feminicído

    A polícia relatou que a mulher, identificada como Andressa Martins Da Silva, de 24 anos, estava na casa dos pais, onde morava, quando foi baleada pelo namorado. Os familiares só perceberam o assassinato no dia seguinte, quando o pai foi chamar ela para almoçar. Mas, ao encontrar a porta fechada, o pai olhou pela janela e viu o chão cheio de sangue e a filha morta, informou a PM.

    A polícia afirmou que o suspeito já possui histórico de ocorrências e que, inclusive, uma antiga namorada dele entrou com uma medida protetiva contra ele. Segundo a PM. uma outra ex-namorada levou um tiro no ombro dado por ele e assumiu a autoria. A defesa de Paulo César afirmou que, até o presente momento, não tem conhecimento das medidas protetivas solicitadas por sua ex-companheira.

    Segundo a polícia, além de feminicídio, o suspeito pode responder por porte ilegal de arma, já que ele não tinha registro de posse do revólver.

    Fuga

    (Divulgação/ Força Tática)

    (Divulgação/ Força Tática)

    A Força Tática relatou que as equipes de inteligência confirmaram o local onde o suspeito se escondia e, ao abordar a mãe do suspeito, ela tentou enganar os policiais. Porém, uma mulher identificada como irmã dele revelou que ele estava escondido em uma propriedade rural a cerca de 10 km de Souzalândia e se ofereceu para levar a equipe até o local.

    De acordo com a polícia, ao chegar na propriedade rural, o dono confirmou que o suspeito estava em um quarto de visitas e permitiu a entrada da equipe. O suspeito foi encontrado, preso e confessou o crime. Ele também informou que entregou a arma do crime para o seu irmão em Santo Antônio do Descoberto.

    Segundo a polícia, Andressa Martins Da Silva foi enterrada em Santo Antônio do Descoberto, na tarde da última quarta-feira (12), às 13h.

    Confira a nota da defesa na íntegra:

    A defesa de Paulo César Gonçalves, investigado no presente caso, vem a público esclarecer que, conforme o depoimento do próprio investigado, o ocorrido foi um acidente. De acordo com Paulo, o disparo da arma foi completamente acidental. Ele afirma que, ao manusear a arma, o gatilho foi acionado de forma involuntária, atingindo inicialmente sua própria mão antes de acertar sua esposa, Andressa. A defesa ressalta que o investigado está profundamente abalado com a situação e o impacto do ocorrido, tanto pela morte de sua esposa quanto pelo sofrimento emocional que está vivenciando desde o acidente. Neste momento, a defesa aguarda o término das investigações, incluindo a conclusão das perícias no local do crime e a juntada do laudo cadavérico, para confirmar a causa da morte. Somente após a finalização das investigações e a análise dos elementos de prova, a defesa se pronunciará mais detalhadamente sobre os fatos. Até o presente momento, conforme a versão de Paulo César, o disparo foi acidental, e ele ainda tentou ajudar a vítima, que já estava ferida. A defesa reafirma que não houve qualquer intenção criminosa e que o disparo ocorreu de maneira involuntária, o que será devidamente esclarecido com o andamento das investigações.

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    Mulher vai ao hospital após passar mal e descobre gravidez horas antes do parto

    Mariane Rodrigues disse que ficou surpresa com a notícia porque não apresentou sintomas comuns de uma gravidez e o ciclo menstrual dela estava normal

    Mariane Rodrigues, o esposo Gerôncio Jean e o terceiro filho do casal

    Mariane Rodrigues, o esposo Gerôncio Jean e o terceiro filho do casal (Arquivo pessoal/Mariane Rodrigues)

    Uma mulher descobriu que estava grávida horas antes do parto após passar mal durante uma viagem de férias ao Tocantins. Ao g1, a assistente administrativa Mariane Rodrigues contou que o esposo Gerôncio Jean acordou com ela dando convulsões severas e buscou ajuda.

    Fui levada para unidade básica de saúde local, onde tive um atendimento rápido, preciso e objetivo. E foi confirmado para nossa surpresa que eu estava grávida e precisaria com urgência de uma cesárea", afirmou Mariane.

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    A família, que é tocantinense, vive em Querência (MT) há três anos e chegaram a São Salvador do Tocantins no início de dezembro de 2024. Eles se preparavam para voltar para casa quando Mariane passou mal e descobriu que estava entre 7 e 8 meses de gestação. A mulher precisou fazer um parto de urgência, mas ela e o bebê estão bem.

    Não apresentou sintomas

    Mariane afirma que ficou surpresa com a notícia porque não apresentou sintomas comuns de uma gravidez e o ciclo menstrual dela estava normal. Além disso, a mulher fazia uso de anticoncepcional.

    "Não tinha sintomas de gestação, vida social normal, trabalhando normalmente, rotina de casa normal, filhos, marido! O que percebi desde o início das minhas férias foi a pressão alta, algo que nunca tive, porém achei que fosse calor, tempo quente. Serve de alerta para todas as mulheres", ressalta.

    Colaborou Stefani Cavalcante

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    Grávida entra em trabalho de parto dentro de seção eleitoral em Cidade Ocidental

    Mulher, de 36 anos, estava com 36 semanas de gestação quando a bolsa estourou logo após ela votar

    A gestante, de 26 anos, relatou que tinha contrações a cada 10 minutos (Rogério Freitas / Arquivo Pessoal)

    A gestante, de 26 anos, relatou que tinha contrações a cada 10 minutos (Rogério Freitas / Arquivo Pessoal)

    Uma grávida de 36 anos entrou em trabalho de parto na manhã deste domingo (6) dentro de uma seção eleitoral, em Cidade Ocidental, no Entorno do Distrito Federal (DF). De acordo com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), a mulher estava com 36 semanas de gestação quando a bolsa estourou logo após ela votar.

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    O caso aconteceu por volta das 11h, na Escola Municipal Tiago Correia da Silva, no Parque Nova Friburgo. Ao POPULAR , o enfermeiro do Samu que atendeu a ocorrência, Gustavo da Silva Venceslau, relatou que a equipe foi acionada para atender uma gestante em trabalho de parto. Quando a equipe chegou no local, foram informados que a gestante já havia estourado a bolsa, segundo o Samu.

    Ela estava ainda com perda de líquido, sem sangramento. No momento, ela se queixava de contrações, sendo de duas a cada 10 minutos. Aparentemente os sinais vitais se encontravam estáveis. Ela relatou que já havia votado", explicou o enfermeiro.

    Após a equipe de socorristas estabilizar a gestante, ela foi encaminhada ao Hospital Municipal da Cidade Ocidental. Em seguida, ela foi transferida para o Hospital Regional de Santa Maria, no Distrito Federal.

    Previu o parto

    Grávida previu que poderia entrar em trabalho de parto quando fosse votar (Rogério Freitas / Arquivo Pessoal)

    Grávida previu que poderia entrar em trabalho de parto quando fosse votar (Rogério Freitas / Arquivo Pessoal)

    Ao POPULAR , um amigo da mulher que estava com ela na seção eleitoral, Rogério Freitas, relatou que no sábado (5) a gestante estava sentindo contrações e prevendo que poderia entrar em trabalho de parto depois de votar.

    "A minha esposa até falou ontem quando fomos visitar ela, pegou na barriga dela e falou para a bebê 'você vai esperar a mamãe votar para depois você nascer'. Hoje eu a levei para a escola e ela pegou e falou no meio caminho 'nossa eu estou sentindo que eu vou votar e vou dar trabalho de parto'. Ela votou e depois a gente a colocou na cadeira sentadinha e ligou para o Samu"

    A mulher espera uma menina cujo nome será Thaila Bruna, segundo o amigo. Eles não souberam informar ainda se a bebê já havia nascido. O POPULAR entrou em contato com o hospital e também com a Secretaria Estadual de Saúde do DF, mas não teve retorno até a última atualização dessa reportagem.

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