A Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Inovação (Sedi) deu início ao fechamento do Parque da Serrinha. A medida visa a delimitar a área para proceder com o projeto de recuperação de seus trechos degradados, conforme previsto em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado no ano passado entre o governo de Goiás e o Ministério Público Estadual (MPE).A execução do projeto de recuperação do Parque Serrinha é feita em conjunto entre Sedi, Secretaria de Estado de Administração, Procuradoria Geral do Estado, Prefeitura de Goiânia e Ministério Público Estadual.O Morro da Serrinha passa há quase dois anos por um processo de cessão do Estado para a Prefeitura de Goiânia para que o morro possa ser recuperado. Atualmente, o lugar é ocupado, principalmente, por grupos evangélicos que utilizam o espaço para orações e também para projetos sociais. Para que a Prefeitura de Goiânia assuma e construa um parque no local, o Estado precisa promover a retirada das pessoas e as acolha em outra localidade.A área está ocupada há mais de uma década, o que levou o Ministério Público (MP-GO) a ingressar com uma ação civil pública, em 2014, em que relata as consequências da apropriação indevida e requer que sejam tomadas as medidas necessárias à recuperação do local.Como observou o MP-GO, na época, o morro estava deteriorado, tanto pela intensa circulação de pessoas para a prática religiosa como pelos adeptos de mountain bike, que criaram trilhas no terreno acidentado, favorecendo erosões, de vândalos e de usuários de drogas. Até mesmo uma lanchonete funciona no alto do morro sem nenhuma fiscalização. O relatório recomendou que seja criado um parque urbano.APPCom 841 metros de altitude e área superior a 100 mil metros quadrados, o Morro da Serrinha, localizado entre os bairros Pedro Ludovico e Serrinha, é o segundo mais alto da capital, atrás do Morro do Mendanha.Desde 1994 é uma Área de Preservação Ambiental (APP) de Goiânia. Nele foram encontradas mais de 70 espécies do Cerrado, como pequi, jacarandá e cagaita.Segundo a memória oficial de Goiânia, foi ali, nos anos de 1930, sobre o lombo de um cavalo, que o interventor Pedro Ludovico Teixeira teria vislumbrado o horizonte e escolhido o lugar da nova capital.