Um trecho de 1,6 quilômetro da GO-070, entre Goiânia e Goianira, está sendo usado como experimento para a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). A ideia é buscar uma alternativa mais barata para a melhoria do asfaltamento das rodovias mais deterioradas no Estado, mas com o mesmo material usado atualmente, o concreto usinado betuminoso a quente (CBUQ), ou seja, sem perder a qualidade. A diferença é o método utilizado e, por isso, vem sendo chamado de trecho experimental da Goinfra, como já tem sido visto pelos motoristas que passam pelo local.De acordo com a agência, neste mês de julho foi executado o recapeamento da GO-070, na saída da capital, sentido Goianira, com a aplicação de nova capa asfáltica em CBUQ. O serviço foi realizado “nos pontos mais críticos da rodovia, numa extensão de 1,6 quilômetro (800 metros de cada lado da pista), para avaliar o comportamento da pista ao longo dos próximos meses”. O trabalho, feito durante este período de seca no Estado, deverá ser observado até o fim do período chuvoso do primeiro bimestre de 2022.Este período será necessário para verificar a qualidade do asfalto dos trechos trabalhados tanto durante a seca quanto com a chuva, além de receber o movimento da via por quase um ano. A intenção da Goinfra é promover uma intervenção mais robusta na GO-070 em todo perímetro urbano de Goiânia no próximo ano, “a partir dos resultados observados com o trabalho executado neste mês”. Ou seja, o experimento nos trechos mais problemáticos da via servirá para verificar se apenas o recapeamento foi capaz de manter a qualidade do asfalto.Caso seja verificado que a situação da rodovia não permaneceu a contento, a Goinfra informa que o trecho será totalmente restaurado. Tecnicamente, a diferença entre o método de recapeamento e de restauração tem a ver com a profundidade e a extensão da via que será trabalhada. No caso do recapeamento, que é o utilizado no experimento, apenas a capa asfáltica da rodovia é retirada e substituída por uma nova. Já na restauração, há troca também na base e sub-base, sendo um método mais caro e demorado. Ambas são diferentes do tapa-buraco, em que apenas é jogado uma parte de CBUQ no local com problemas e o mesmo é fresado.A Goinfra pretende adotar o modelo mais barato, com o recapeamento em toda extensão da GO-070 entre Goiânia e Inhumas e, assim, baratear os custos da intervenção na rodovia. “Caso contrário, teremos que partir para uma restauração, que é uma solução mais drástica. Se der certo, adotamos uma solução com menor custo, que vai gerar economia ao erário”, informa a agência. Os trechos que receberam a intervenção estão sinalizados na rodovia com placas da Goinfra informando que se trata de um experimento.Duplicação de trecho da GO-070 deve ser entregue em setembroAinda na GO-070, mas no trecho entre Itaberaí e a cidade de Goiás, a duplicação da rodovia está programada para ser entregue em setembro. Na última semana, o governador Ronaldo Caiado (DEM) esteve no local e confirmou a estimativa de finalização dos últimos trechos da obra. A construção foi retomada pelo Estado em outubro do ano passado, após uma paralisação de cerca de 19 meses. A duplicação foi iniciada em 2017, ainda na gestão Marconi Perillo (PSDB). O investimento total é de R$ 84,2 milhões, proveniente do Tesouro Estadual e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).