O governo do Amazonas confirmou que 40 presos foram encontrados mortos em celas de quatro presídios do Estado nesta segunda-feira, 27. Por causa do massacre, o governo Jair Bolsonaro decidiu enviar um reforço de segurança ao Amazonas. O governo não detalhou quantos agentes federais enviará para o Estado.As mortes, segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), ocorreram por enforcamento no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM I) e no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. E teriam sido causadas por brigas entre membros da facção criminosa Família do Norte. O governo do Amazonas chegou a informar inicialmente ao Estado que houve 46 mortes - em seguida, corrigiu para 42. E, na noite desta segunda, os números foram atualizados para 40 óbitos. Agentes do Grupo de Intervenção Prisional (GIP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar fazem nesta segunda revista e a recontagem dos presos. Um inquérito será aberto para investigar os homicídios.O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou, em nota, que o envio da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária ocorre a pedido do governo do Estado. A solicitação não foi ainda formalizada, mas, segundo a pasta, o Departamento Penitenciário Nacional “já está tomando as providências para o deslocamento da equipe”.CompajAs mortes ocorrem um dia depois que 15 detentos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foram assassinados. No Compaj, ataques com escovas de dentes e 'mata-leão' causaram as mortes. A chacina ocorreu em horário de visita de familiares, o que segundo o secretário de Administração Penitenciária do Amazonas, Marcus Vinícius de Almeida, foi o descumprimento de uma regra entre os criminosos. "Foi a primeira vez no Amazonas".Em janeiro de 2017, uma rebelião comandada pela facção Família do Norte levou a um massacre de 56 detentos no Compaj. Desde então, a Força Nacional de Segurança Pública atua no policiamento externo dos presídios.