Goiás teve alvos da Operação Praga, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Patos de Minas e com apoio do Ministério Público de Goiás. No Estado foram cumpridos quatro mandados de prisão e 20 de busca e apreensão nos municípios de Bom Jesus de Goiás, Santa Helena de Goiás, Santo Antônio da Barra e Goiatuba.A ação apura roubos e furtos de caminhões, tratores e maquinários agrícolas. De acordo com o promotor de Justiça do MPMG Cleber Couto, a operação investiga uma organização criminosa que possui duas células, uma em Minas Gerais e outra em Goiás.“Temos indícios de que essa célula em Goiás é formada por mandantes que encomendam os objetos que são subtraídos de Minas. Alguns destes receptadores têm papel de liderança nessa organização”, afirmou Couto.Ele conta que a operação foi iniciada há aproximadamente um ano e meio. “Nós, do Gaeco de Patos de Minas, começamos as investigações em razão de crimes com o mesmo modus operandi. Roubos e furtos de caminhões, tratores, maquinários de grande porte. Através de autorização judicial e quebra de sigilo telefônico chegamos às informações de uma organização que teria praticado pelo menos 24 crimes. Os indícios apurados são de que esse grupo age de forma orquestrada e com divisão de tarefas”, informou o promotor.Leia também:- Oito são presos na região da Vila Canaã suspeitos de receptação de peças de veículos roubados- Vereador de Formosa é afastado por 180 dias após denúncia de desvio de recursos públicos- Quatro suspeitos são presos em operação contra o tráfico de drogas delivery, em Goiânia Ele diz que a operação “visa o desmantelamento da organização e obtenção de maiores informações. Se há outros integrantes, meandros, outros crimes e características”. Os prejuízos estimados nas seguradoras são de R$ 5 milhões.Operação em GoiásEm Goiás, a coordenação do apoio à operação é do promotor do MPGO Sandro Henrique Silva Halfeld Barros. “Houve prisões em flagrante por porte ilegal de arma, apreensão de documentos e anotações a respeito de uma contabilidade paralela, celulares, apple watch que contém dados, pen drive s e computadores, bem como apreensão de veículos e máquinas agrícolas.De acordo com ele, ainda não foi comprado que o maquinário apreendido foi roubado, mas como os proprietários não conseguiram comprovar a procedência, a origem dos veículos ainda será apurada.Os veículos seriam todos roubados ou furtados em Minas, pela célula local. “O pessoal que visitamos em Goiás são possíveis receptadores ou mandantes dos crimes. Alguns fazem encomendas e outros aceitam comprar bens roubados”, informou Barros.Minas Gerais e São PauloEm Minas, os crimes ocorriam na zona rural de Uberlândia, Uberaba, Araguari, Patrocínio Coromandel, Nova Ponte, Indianópolis, Ibiá, Conceição das Alagoas, Tupaciguara, Perdizes, Pedrinópolis e Sacramento. Lá foram cumpridos 16 mandados de prisão temporária e 32 de busca e apreensão são cumpridos em Minas Gerais. Em São Paulo, no município de Guaíra, foram 2 mandados de busca e apreensão.De acordo com Barros, caso os crimes sejam comprovados, os suspeitos poderão ser indiciados por organização criminosa, roubos, furto, falsidade ideológica em razão de possíveis empresas de fachadas e lavagem de dinheiro.-Imagem (1.2485996)-Imagem (1.2485995)-Imagem (1.2485993)-Imagem (1.2485992)-Imagem (1.2485991)