O Hip-Hop foi declarado como patrimônio cultural imaterial do município de Goiânia através da Lei 10.805/2022. A partir de agora, a legislação reconhece a cultura do Hip-Hop como uma expressão social, artística e política, composta pelo grafite, break, MC e DJ, assegurando o fomento e a realização de suas manifestações sem qualquer conduta discriminatória. A lei é de autoria do vereador Mauro Rubem (PT) e foi sancionada pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) no dia 19 de julho. O texto da matéria confere proteção às manifestações da cultura Hip-Hop e veda qualquer tratamento que venha a transgredir os direitos destes artistas por agentes da capital. Além disso, assegura ações de promoção, capacitação e integração de seus profissionais, sejam eles de rima, breaking, grafite, beatmakers ou DJs, em encontros comunitários realizados em espaços públicos e privados. Cruz destacou, ao sancionar a lei, que “este é um passo importante para garantir o respeito e reconhecimento ao trabalho de artistas que se destacam neste cenário, além da promoção de inclusão social, musical e cultural de milhares de jovens”, disse. Espaços de Goiânia que inspiram a cultura Hip-Hop Além da musicalidade do Hip-Hop, em Goiânia espaços públicos são utilizados para a prática de rima e de batalha de rap, como o Martim Cererê, a Feira Hippie, a Estação Ferroviária, a Feira Aberta da Paranaíba e o Coreto da Praça Cívica. Já além das músicas e rodas de rima, o tradicional Beco da Codorna é um dos principais palcos da expressão da cultura do Hip-Hop na capital goiana, como um museu de arte urbana a céu aberto. Ele está situado entre a Rua 9 e a Avenida Tocantins. Logo na entrada, as cores vibrantes das paredes grafitadas já demonstram a vibe descolada do lugar. O grafite é um dos “braços” da cultura do Hip-Hop. Outros espaços que receberam intervenções do grafite são as obras do Completo Viário Jamel Cecílio e o Viaduto Iris Rezende Machado. Os locais fazem parte de um projeto chamado “Arte Urbana”, coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult). A ideia é ilustrar espaços públicos da cidade por meio de grafite e pinturas feitas por artistas goianos. O prefeito Rogério Cruz informou que o viaduto da T-63, que foi incendiado recentemente, também receberá as pinturas com arte urbana logo após a retirada total das suas placas metálicas. Leia também:- Veja artistas que encabeçam a nova geração da música independente de Goiás- Projeto qualificará 60 jovens de Goiânia no breaking, nova modalidade olímpica-Imagem (1.2497675)