Um homem foi preso na terça-feira (26) suspeito de matar a esposa e colocar uma corda no pescoço dela para simular um suicídio, em Cristalina, no entorno do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu no dia 23 de maio deste ano e não havia indícios de que a mulher tenha provocado a própria morte.A corporação chegou a apurar as circunstâncias do suposto suicídio, porém, nas investigações verificaram que o marido seria o suspeito pela morte. “Para tanto, [o companheiro da vítima] amarrou fios em uma árvore e prendeu ao pescoço [dela]”, revelam em publicação oficial.Com isso, as investigações identificaram que o suicídio foi simulado e que o suposto autor seria o atual companheiro da vítima. As provas foram anexadas ao inquérito, que será concluído no prazo de 30 dias e o relatório final enviado ao Poder Judiciário, afirmou a Polícia Civil.O Ministério Público aceitou o pedido de prisão temporária feito pela corporação, que foi cumprida pelo Grupo Especial de Repressão a Narcóticos e Crimes contra o Patrimônio (Genarc/Gepatri). De acordo com a Polícia Civil, o homem poderá responder pelo crime de feminicídio.Leia também:- <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/personal-que-foi-filmado-espancando-namorada-em-goi%C3%A2nia-ir%C3%A1-responder-por-les%C3%A3o-corporal-1.2499456" target="_blank">Personal que foi filmado espancando namorada em Goiânia irá responder por lesão corporal</a>- <a href="https://opopular.com.br/noticias/cidades/homem-suspeito-de-matar-namorada-a-facadas-em-urua%C3%A7u-%C3%A9-preso-no-piau%C3%AD-1.2498165" target="_blank">Homem suspeito de matar namorada a facadas em Uruaçu é preso no Piauí</a>

Homem é preso suspeito de matar e tentar simular suicídio da esposa, em Cristalina

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Quantas mulheres ainda serão mortas no Brasil, simplesmente por serem mulheres, caso a prevenção e o combate ao feminicídio e à violência de gênero não sejam tratados com a devida diligência? O Mapa da Segurança Pública 2025 revela que o país teve 1.459 feminicídios em 2024 – o maior número dos últimos 5 anos. São, em média, 4 mulheres assassinadas por dia, na maioria por companheiros ou ex-companheiros.

O contexto, alarmante, deve ser visto não mais como de urgência: agravou-se para de emergência nacional. Na medicina, a emergência é uma situação de risco iminente de morte que exige a adoção imediata de medidas de suporte à vida. Já a urgência, ainda que grave, permite algum tempo de resposta.

Aplicado à atual epidemia de feminicídio, o diagnóstico revela-se preciso: as milhares de vidas de mulheres ceifadas caracterizam emergência pública de gênero e os números de mortes continuarão em escalada, a cada dia em que uma resposta sistêmica seguir protelada.

Para enfrentar esse gravíssimo cenário, o Ministério Público brasileiro, a partir de chamamento da Corregedoria Nacional do CNMP, desencadeou uma série de medidas para fortalecer a atuação institucional com perspectiva de gênero, que inclui capacitação de membros e membras para a consolidação de uma nova cultura jurídica, que seja de abolição de estereótipos e preconceitos, realização da igualdade material e de proteção integral a mulheres e meninas.

Essa atuação deve se dar com a utilização de novas lentes, que ampliem e apurem o olhar em relação às desigualdades verificadas em razão do gênero feminino, de modo que, reconhecidas, não constituam obstáculo para a realização dos direitos daquelas. As diretrizes e ações recomendadas buscam a concretização de tratados e normas, como a Declaração de Pequim, a Lei Maria da Penha e o Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e devem envolver a transversalidade das atribuições de Procuradorias e Promotorias de Justiça, nas diversas áreas do Direito.

O MPGO está mobilizado para um agir mais vigoroso, considerando não apenas os termos da Recomendação Nacional, mas especialmente os compromissos institucionais de afirmação dos direitos humanos de todos e todas, de defesa do regime democrático e dos interesses sociais que sustenta há décadas e os alarmantes números que indicam a região Centro-Oeste como a que manteve a maior taxa de feminicídios do país (1,87/100 mil).

Diante da aflitiva emergência, são necessárias ações integradas e interinstitucionais, em que poderes, instituições e sociedade civil atuem para fortalecer as redes de proteção/atendimento e de enfrentamento à violência contra a mulher, estabelecer políticas orçamentárias para o custeio de programas próprios, capacitar agentes de segurança pública, assistência social e saúde para a atuação com perspectiva de gênero e garantir, por fim, prioritariamente, a proteção integral e atenção à vítima que rompam com o ciclo de violência, evitem o feminicídio e assegurem suporte à vida com dignidade.

Ivana Farina Navarrete Pena, procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO)

Os artigos publicados não refletem a opinião de O POPULAR. Sua publicação obedece ao propósito de estimular e fomentar a diversidade e o debate de temas locais, nacionais ou mundiais.

Feminicídio: uma emergência

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Ivana Farina Navarrete Pena

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Igor Porto e Marcela Luise: relação abusiva e violenta desde o início (Reprodução / Redes Sociais)

O fisiculturista Igor Porto Galvão, de 32 anos, foi condenado a 20 anos e 6 meses de prisão pela morte Marcela Luise de Souza Ferreira, de 31 anos, sua companheira. <a href="https://opopular.com.br/cidades/fisiculturista-acusado-de-matar-companheira-espancada-vai-a-juri-popular-nesta-quinta-feira-1.3281270" target="_self">O julgamento foi realizado nesta quinta-feira (26)</a>, no Tribunal do Júri de Aparecida de Goiânia.&nbsp;

A condenação por homicídio qualificado teve como agravantes o meio cruel, a desproporção física entre autor e vítima, motivo fútil e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Como atenuante, contou a confissão do fisiculturista.&nbsp;

A pena terá de ser cumprida, inicialmente, em regime fechado. A defesa dele informou, à TV Anhanguera, que vai recorrer da sentença.&nbsp;

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/fisiculturista-acusado-de-matar-companheira-espancada-vai-a-juri-popular-nesta-quinta-feira-1.3281270" target="_self">Fisiculturista acusado de matar companheira espancada vai a júri popular nesta quinta-feira</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/fisiculturista-vai-a-juri-por-morte-da-mulher-apos-espancamento-1.3208933" target="_self">Fisiculturista vai a júri por morte da mulher após espancamento</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/fisiculturista-muda-vers-o-sobre-morte-de-sua-mulher-1.3166841" target="_self">Fisiculturista muda versão sobre morte de sua mulher</a></div>

Marcela Luise morreu no dia 20 de maio de 2024, dez dias depois de ter sido levada a um hospital pelo próprio Igor. Ela tinha diversas fraturas e traumatismo craniano. Na unidade de saúde, o fisiculturista afirmou que a mulher sofreu um acidente doméstico enquanto limpava a casa.&nbsp;

Porém, em virtude da gravidade das lesões, a equipe que atendeu a vítima desconfiou da versão e acionou a polícia. Durante o inquérito, a polícia encontrou inconsistências e conseguiu um mandado de prisão, executado em 18 de maio. O relacionamento dos dois, segundo a investigação, tinha histórico de agressões.

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Fisiculturista é condenado a 20 anos por matar a companheira

Condenação

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Fisiculturista é suspeito de espancar a companheira, Marcela Luise, de 31 anos, e depois levá-la para o hospital (Reprodução / Redes Sociais)

O fisiculturista e nutricionista Igor Porto Galvão, de 32 anos, acusado de espancar até a morte sua companheira, está sendo julgado pelo Tribunal do Júri nesta quinta-feira (26), em Aparecida de Goiânia, cidade onde o crime ocorreu, em 10 de maio de 2024. A vítima, a dona de casa Marcela Luise de Souza Ferreira, de 31 anos, morreu após mais de dez dias internada.

O julgamento, iniciado às 8h30, é conduzido pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias e pelo promotor Milton Marcolino dos Santos Júnior. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o júri é composto por sete jurados e contará com o depoimento de nove testemunhas ao longo do dia.

O POPULAR entrou em contato com a defesa de Igor Porto para informações sobre o julgamento, mas não conseguiu retorno até a última atualização desta matéria.&nbsp;

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O tribunal informou ainda que o fisiculturista responde por homicídio qualificado, com as seguintes agravantes: motivo fútil, meio cruel, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio, por ter sido cometido contra uma mulher em razão da condição de sexo feminino.

Igor Porto e Marcela Luise mantinham um relacionamento havia nove anos e tinham uma filha. Contudo, conforme investigação da Polícia Civil, a relação era marcada por episódios recorrentes de violência física e psicológica. No dia do crime, segundo a denúncia, Igor teria agredido Marcela com socos e chutes, provocando múltiplas lesões, incluindo traumatismo cranioencefálico.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/fisiculturista-vai-a-juri-por-morte-da-mulher-apos-espancamento-1.3208933" target="_blank">Fisiculturista vai a júri por morte da mulher após espancamento</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/fisiculturista-muda-vers-o-sobre-morte-de-sua-mulher-1.3166841" target="_blank">Fisiculturista muda versão sobre morte de sua mulher</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/morre-mulher-espancada-por-fisiculturista-que-alegou-que-ela-caiu-enquanto-limpava-a-casa-diz-familia-1.3138185" target="_blank">Morre mulher espancada por fisiculturista que alegou que ela caiu enquanto limpava a casa, diz família</a></div>

Antes de levá-la ao hospital, já inconsciente, o fisiculturista deu um banho na vítima e afirmou aos profissionais de saúde que ela havia sofrido um acidente doméstico. Inicialmente, alegou que Marcela escorregou enquanto limpava urina dos cachorros no chão da casa.

Posteriormente, ao ser interrogado pela Justiça, Igor mudou sua versão. Disse que a companheira se feriu ao cair durante uma discussão, após ele empurrá-la. Segundo o réu, Marcela teria batido a cabeça na parede e no chão, e só mais tarde teria apresentado sintomas graves, como convulsões decorrentes do ferimento.

<h2>Entenda o caso</h2>

As investigações começaram no dia 14 de maio de 2024, após a equipe médica suspeitar da versão do marido de que ela havia caído enquando limpava a casa, devido as múltiplas lesões que Marcela tinha pelo corpo.&nbsp;Imagens de câmeras de segurança do hospital mostram o fisiculturista Igor Porto carregando a mulher espancada ao chegar na unidade de saúde (assista abaixo).

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Ao apurar a versão do marido, a delegada responsável pelo caso, Bruna Coelho, afirmou que no local não havia desníveis e nem escadas que justificassem a queda. Além disso, Igor tinha histórico de agressão contra a esposa, como também contra ex-namoradas, vizinhos e atendente de um supermercado. Dessa forma, o marido dela foi preso no dia 18 de maio, onde permaneceu até o julgamento.&nbsp;

<h2>Histórico de violência</h2>

O casal morava em Brasília e se mudou para Aparecida de Goiânia no dia 21 de janeiro de 2021.&nbsp;Em um depoimento dado na Polícia Civil do DF contra Igor em dezembro de 2020, a&nbsp;própria Marcela&nbsp;afirmou que era agredida verbalmente e fisicamente desde o início do relacionamento, em 2014.&nbsp;

<cite>Testemunhas relataram que sempre que viam Marcela ela estava machucada. Seja um olho roxo, a falta de um dente, um braço machucado, então ela sempre tinha uma lesão, mas nunca falava do que se tratava. Como ele [Igor] é uma pessoa agressiva, já conhecida, encrenqueiro e às vezes explosiva, segundo os relatos, todos já desconfiavam que se tratava de agressões por parte do companheiro", pontuou a delegada.</cite>

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(Reprodução / Redes Sociais)

Na ocasião, ele a tinha agredido com socos no rosto dentro do carro por não ter gostado da forma como ela se manifestou sobre algo e dias depois por culpá-la pela filha do casal, na época com dois anos, ter tocado em um anabolizante dele. Neste mesmo dia, o fisiculturista quebrou o celular da mulher ao vê-la ligando para a mãe para falar sobre as agressões.

Vista como uma pessoa muito reservada, muito educada e gentil, Marcela só era vista saindo de casa para deixar a filha brincar com outras crianças da vizinhança. Sempre que a conversa com algum vizinho entrava no relacionamento dela, ela se calava ou mudava de assunto. Era comum ela ficar dias sem ser vista por ninguém ou com marcas nos braços.

Em depoimento na delegacia, testemunhas também contaram que Marcela sempre foi ativa nas redes sociais, mas desde que fez uma cirurgia para implante de prótese nos seios encerrou a conta que tinha no Instagram.

Fisiculturista acusado de matar companheira espancada vai a júri popular nesta quinta-feira

JULGAMENTO

WEBSTORIES - Veja como pedir cancelamento de multas em radares

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Radar na Avenida Diógenes Dolival Sampaio, na região dos condomínios fechados perto do Autódromo de Goiânia (Wildes Barbosa / O Popular)

As multas aplicadas por <a href="https://opopular.com.br/cidades/multas-aplicadas-por-sete-radares-em-rodovia-de-goias-ser-o-canceladas-por-erro-em-equipamento-diz-dnit-veja-locais-1.3277975" target="_blank">sete radares que apresentaram erro</a> na BR-040, entre Cristalina (GO) e Brasília (DF), estão sendo canceladas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo o órgão, as infrações foram registradas entre fevereiro e maio deste ano. Desde então, os equipamentos foram desativados e só voltarão a operar após nova aprovação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

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<div attr-cid="policy:1.3279567" attr-version="policy:1.3279567:1750532719" class="p-smartmidiabox">-<a class="p-smartembed" data-onecms-id="policy:1.3279567" data-onecms-type="article" href="javascript:window.parent.actionEventData({$contentId:'1.3279567', $action:'view', $target:'work'})" polopoly:contentid="policy:1.3279567">WEBSTORIES - Veja como pedir cancelamento de multas em radares (1.3279567)</a></div>

De acordo com o Dnit, os radares em questão foram instalados após o órgão reassumir a administração da rodovia, em agosto de 2024. Além disso, os equipamentos reprovados estavam operando desde fevereiro deste ano e foram autorizados com base nas normas técnicas vigentes à época.

<div class="p-readmore-box"><a href="https://opopular.com.br/cidades/multas-aplicadas-por-sete-radares-em-rodovia-de-goias-ser-o-canceladas-por-erro-em-equipamento-diz-dnit-veja-locais-1.3277975" target="_blank">Multas aplicadas por sete radares em rodovia de Goiás serão canceladas por erro em equipamento, diz Dnit; veja locais</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/goiania-ja-tem-pelo-menos-4-mil-cameras-nas-ruas-1.3271570" target="_blank">Goiânia já tem pelo menos 4 mil câmeras nas ruas</a> 
<a href="https://opopular.com.br/cidades/mais-de-4-7-mil-multas-s-o-aplicadas-durante-primeira-semana-de-volta-de-funcionamento-de-radares-em-goiania-1.3250137" target="_blank">Mais de 4,7 mil multas são aplicadas durante primeira semana de volta de funcionamento de radares em Goiânia</a></div>

O POPULAR tentou contato com a assessoria do Dnit para confirmar se os radares permanecem desligados, mas não obteve retorno até a última atualização desta matéria. Em nota anterior, o órgão informou que está tomando as providências necessárias para corrigir os problemas e encaminhar os equipamentos para nova verificação técnica.

<h2>Como pedir cancelamento</h2>

O motorista deve acessar o&nbsp;<a href="https://servicos.dnit.gov.br/multas/consulta-multas" style="font-size: 12px;" target="_blank">Portal de Multas de Trânsito</a>&nbsp;e fazer o login com sua conta gov.br. Em seguida, é necessário enviar os documentos exigidos no sistema, incluindo o&nbsp;<a href="https://servicos.dnit.gov.br/multas/pdf/forms/Formulario_Restituicao.pdf" style="font-size: 12px;" target="_blank">Formulário de Solicitação de Restituição</a>, e aguardar o prazo de análise.&nbsp;Conforme o Dnit, os motoristas que já pagaram essas multas têm direito ao ressarcimento.

Em caso de dúvidas, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (61) 3315-4000 e e-mail&nbsp;<a href="http://multas@dnit.gov.br" style="font-size: 12px;" target="_blank">multas@dnit.gov.br</a>.

<img attr-cid="policy:1.3277978" attr-version="policy:1.3277978:1750170718" class="p-smartimage" src="/image/policy:1.3277978/tabela.JPG?f=default&amp;w=400&amp;q=1" /> 
Local e período das multas que serão canceladas pelo Dnit por erro nos radares. (Reprodução/Dnit)