Após dois anos, a família de Suane Peres Leão, de 38 anos, encontrada morta em um lote de Aparecida de Goiânia, se diz aliviada com a condenação do homem acusado pelo crime. Segundo as investigações, Wender Rodrigues da Silva estuprou, esganou e matou a mulher, em março de 2020. Durante o júri popular, realizado nesta terça-feira (31), o réu foi considerado culpado pelo crime de estupro e homicídio doloso contra a Suane. Na sentença, o juiz da comarca de Aparecida de Goiânia, Leonardo Fleury Curado Dias, definiu a pena de 23 anos de prisão para Wender.“Culpabilidade comprovada, sendo a conduta do réu reprovável. Em que pese sua condição especial de surdo-mudo, é pessoa imputável, tinha conhecimento de seus atos, era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com esse entendimento”, descreveu.A irmã da vítima, Karine Leão Da Silva, disse que a família sente que a Justiça foi feita. “A gente aguardava a condenação há mais de dois anos e hoje ele foi condenado. Foi sim um sentimento de alívio para minha família, apesar de saber que minha irmã não vai voltar mais”, afirmou.Segundo ela, Suane deixou seis filhos, sendo dois deles ainda crianças, e uma família, "que vai viver um luto eterno. Mas graças a Deus o Wender foi condenado e nós esperamos que pague pelo que fez na cadeia, pois foi uma barbaridade terrível o que ele fez com a minha irmã”, finalizou.RelembreO corpo de Suene foi encontrado por moradores do setor Jardim Presidente, em Aparecida, na manhã do dia 2 de março de 2020, dentro de um lote baldio. Segundo a Polícia Militar, ela estava sem roupas, com vários ferimentos pelo corpo e apresentava sinais de violência sexual.Durante as investigações, a Polícia Civil identificou o suspeito a partir de imagens de câmeras de segurança próximas ao local onde ela foi encontrada morta. Nas filmagens divulgadas, Wender aparece perseguindo e agredindo Suane enquanto ela voltava de um bar.“As imagens mostram que ele a perseguiu quando saiu do bar para voltar para casa. Ele já estava a importunando e ela tentando se desvencilhar, inclusive, a gente percebe quando ele inicia as agressões, jogando-a no chão, ela levanta, foge e ele a persegue”, disse, à época, o delegado Charles Lobo.Leia também:- Mulher é morta a facadas em Silvânia; ex-companheiro é suspeito- Homem que matou a mãe a facadas é condenado a 24 anos de prisão e a pagar R$ 30 mil de indenização