-Imagem (1.2441934)A Justiça tornou réu e manteve preso Yuri Ribeiro de Brito, de 25 anos, acusado de matar com golpes de machadinha dentro de uma igreja católica Maria Elizabeth Castro de Oliveira, de 60, no dia 20 de abril, em Santa Terezinha de Goiás.Em sua decisão, o juiz Alex Alves Lessa confirmou a autorização do exame de insanidade mental no réu, atendendo a pedido feito tanto pela Polícia Civil como pela defesa do jovem.Maria Elizabeth estava sozinha na igreja, por volta de 17h30, quando Yuri se aproximou por trás e desferiu cinco golpes com a machadinha na cabeça da vítima.Em seguida, ele se dirigiu de bicicleta até uma loja e avisou ao dono que matou uma mulher. Quando os policiais militares chegaram, ele não esboçou resistência e se entregou. Com ele, foi encontrada uma bolsa com a machadinha suja de sangue, uma faca, um hd externo e um celular.Para o dono da loja, Yuri contou que teve um surto e correu para a igreja, onde encontrou a mulher e a matou. Já na delegacia, o rapaz afirmou que entrou na igreja e ao sentar próximo de Maria Elizabeth pensou ter visto ela “tirando um sarro dele”, depois ao sair do templo disse ter ouvido ela rindo alto dele e voltou aonde ela estava, golpeando-a com a machadinha. Ainda no depoimento, Yuri contou que antes da igreja teria saído de casa para ir a um rio mergulhar, mas encontrou dois pescadores e desistiu da ideia, dirigindo-se então até a igreja. Ele afirma que anda com a machadinha e com a faca para defesa própria, pois teria sido assaltado oito anos atrás.Durante as investigações, a mãe de Yuri contou aos policiais que o filho sofre de esquizofrenia, costuma falar sozinho e tomava remédios após alegar ouvir vozes, mas suspendeu os medicamentos recentemente. Ela também afirmou que ele tentou suicídio em 2021 e que antes de sair de casa no dia do crime o jovem foi a um hospital levar o resultados de alguns exames e voltou “agoniado”, bastante nervoso.A defesa também apresentou laudos e receitas médicas para comprovar os transtornos mentais apontados em Yuri. O material “demonstra que ele tinha alucinações e escutava vozes, sinais vitais de esquizofrenia, distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza”, afirmou a defesa no pedido de soltura negado pela Justiça.Em decisão que manteve a prisão preventiva, nesta quinta-feira (19), o juiz afirmou que é dever do Estado evitar que novos homicídios sejam praticados em situações semelhantes ao de Maria Elizabeth e que, portanto, “pelo alto risco que o investigado representa à sociedade”, iria mantê-lo preso na cadeia em Ceres. “Trata-se de investigado extremamente violento, perigoso e imprevisível, que não pode, neste momento, responder o processo em liberdade, pelo risco à ordem pública, decorrente das circunstâncias narradas”, afirmou.Leia também:Idosa é morta com golpes de machadinha dentro de Igreja Católica em Santa Terezinha de GoiásPrisão de homem que matou idosa com machadinha dentro de igreja é convertida para preventivaPastora de 79 anos é assassinada em igreja com golpes de barra de ferro, em Goiânia